quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

LONGE DE CASA

A jovem parou e olhou em torno em dúvida, mas o que me chamou a atenção foi o que ela trazia nas mãos. Algo que reconheci e prontamente me identifiquei com ela. Quantas vezes já me vi em situação igual e sempre encontrei alguém para me guiar! O que ela trazia nas mãos era um mapa grande de Sampa. E, portanto, quando ela pediu informação, retribuí do mesmo jeito. Com um leve sotaque, disse que procurava a Avenida Vinte e Três de Maio, mostrou um ponto verde no mapa e tentou dizer o nome do local de destino, mas foi vencida por um punhado de vogais. A jovem queria ir ao Parque do Ibirapuera. Expliquei que a avenida não era a opção adequada e depois de me certificar de que pretendia ir mesmo a pé, ensinei-lhe o melhor caminho e despedi-me da jovem alemã, que fala um português quase perfeito – desde que não esbarre com palavras indígenas. Ela é da Bavária e passa as férias no Brasil. O sotaque dela não era de Portugal, como é comum entre os europeus que falam o idioma de Camões.

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