quinta-feira, 14 de abril de 2016

Bom dia, café! 
De manhã que coisa louca, 
Delicia nossa boca (...) 

Verdade. O dia não começa sem um café. Na casa em que cresci havia um pé de café e eu adorava comer as cerejas vermelhas que periodicamente enfeitavam o arbusto. Naquela época só tomava café com leite condensado (argh!). Custou um pouco para eu apreciar o sabor dessa bebida negra, perfumada e intensa. O primeiro café é sempre de coador e servido com um pouco de açúcar. Os demais, sempre expresso e sem açúcar. O melhor café que já tomei foi na Itália. O pior? Não lembro porque no momento em que tomei era melhor que nenhum.
O café chegou ao Brasil no início do século XVIII, mas a cultura cafeeira só se consolidou internacionalmente no século XIX. O Brasil é o principal produtor de café do mundo – uma posição que mantém há 150 anos. O desenvolvimento do Porto de Santos e a implantação da São Paulo Railway são resultado do crescimento da lavoura cafeeira.
A cidade de Santos floresceu à sombra do café. Muito antes que se falasse em globalização, ela se instalara na cidade praiana no final do século XIX. Bancos, casas exportadoras, agências de navegação, clubes recreativos, igrejas foram testemunhos da presença marcante de ingleses, alemães, franceses nos negócios da cidade. E naturalmente a população da cidade vivia em torno do comércio do café, como comissários, classificadores, ensacadores, provadores, torrefadores, corretores de café. O centro de Santos ganhou um belo prédio para abrigar a Bolsa Oficial do Café, obra de Roberto Simonsen, inaugurada no centenário da Independência do Brasil e, atualmente, Museu do Café.
Hoje é dia internacional do café. “Bom dia, café!”.


Bom dia, café! 
Samba de Victor Simon, gravação de Roberto Luna (Valdemar Farias, 1929).


Bom dia, café! 
O café que a gente toma, 
E que tem o doce aroma, 
Desta terra primaveril. 

Bom dia, café! 
Ouro verde esperança, 
Que a brisa verde balança, 
Nas manhãs do meu Brasil. 

Bom dia, café! 
Bronzeado e moreno, 
Meu cafezinho pequeno, 
Que gostoso que você é. 

Bom dia, café! 
De manhã que coisa louca, 
Delicia nossa boca, 
Bom dia, meu café. 

Soca, soca, soca, pilão, 
Abana Sinhá, peneira na mão. 

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