segunda-feira, 30 de maio de 2016

SEMANA DO MEIO AMBIENTE
Minha avó Maria (1894-1978) costumava contar que em seu tempo de criança havia jacarés para os lados da Ponta da Praia, ainda um espaço coberto de vegetação. Uma história fantástica para quem percorria de bonde a orla santista em plenos anos sessenta. Provavelmente tratava-se do jacaré-de-papo-amarelo, uma espécie típica da América do Sul, que vive em pântanos, charcos e pode ser encontrada em água salgada; mais tarde soube eram comuns nos mangues de ilhas costeiras.  
Parece que os jacarés desapareceram de Santos com a implantação da rede de saneamento da cidade, que cobriu rios e abriu canais para o bem-estar da população que vivia entre surtos de epidemias. Entretanto, eles sobrevivem em na Lagoa da Saudade no Morro da Nova Cintra e no incêndio ocorrido recentemente no Porto, apareceram no Valongo.

Há alguns anos, fazendo uma reportagem sobre o Parque Estadual da Ilha do Cardoso (Cananeia), tive a oportunidade de ver alguns jacarés-de-papo-amarelo com alguns dias de vida e cabiam na palma da mão. Felizmente, a lagoa não secou. (Foto: Chuvisco)

    Visita ao ninho de jacarés-de-papo-amarelo na Ilha do Cardoso.


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