domingo, 14 de agosto de 2016

OS AROS COLORIDOS

No final dos anos 1950, crianças e adultos do mundo se sacudiam loucamente para manter uma ou várias argolas girando em torno do corpo! O brinquedo, que se tornou uma febre, não tinha nada de novo. Os egípcios há mais de três mil anos já conheciam o bambolê, que faziam com fios secos de parreira. Os gregos na Antiguidade também adotavam o brinquedo visto em alguns desenhos em cerâmica.
A tradição não desapareceu, pois em meados do século passado estudantes australianos se divertiam girando na cintura os aros (agora de bambu). Os norte-americanos Arthur Melin e Richard Knerr viram a brincadeira e enxergaram uma oportunidade de fazer um bom negócio. Não se enganaram. Em 1958 produziram as argolas em plástico colorido, batizaram de hula hoop e puseram à venda. Em quatro meses venderam 25 milhões de unidades! No Brasil, o hula foi lançado pela Estrela que lhe deu o nome de bambolê (bambolear). Um sucesso total.
O jornalista Alberto Villas, nos seus tempos no Colégio Dom Silvério, participou de um concurso de twist com um bambolê vermelho: “Baixou alguma coisa em mim, que nao conseguia mais largar aquele bambolê.” Fez todos os malabarismos possíveis, rodando o bambolê na cintura, nos braços, nas pernas e até pescoço. Foi aplaudido de pé. Ele conta o feito em “O Mundo acabou!”(São Paulo: Globo, 2006)”, seu delicioso livro de memórias organizado a partir de produtos que fizeram parte de sua vida e de toda uma geração.
Quanto ao bambolê, atualmente, é indicado para adultos que querem perder peso e afinar cinturas. Parece até que existe o Dia Mundial do Bambolê.



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