quinta-feira, 13 de abril de 2017

DIA DO BEIJO

Amigos, amados e amantes aproveitem e troquem esse carinho na escala correspondente aos laços que os unem. Como tudo nos tempos atuais, o beijo também está banalizado. Dois ou três quando se encontra algum conhecido, ao se despedir da tia para ir à padaria da esquina ou quando se acaba de ser apresentado a um completo estranho em uma festa?
No caso dos amantes o cinema tirou o beijo das alcovas. Na rua, no metrô, na praça, enfim, em qualquer lugar – mesmo nos mais improváveis, há pessoas dando vazão à paixão. No escurinho do cinema?  Os tempos do drive-in já passaram. Haverá beijos drive-through?  Sei lá, sejam felizes.
O primeiro beijo da história do cinema foi em 1896 e os protagonistas foram John C. Rice e May Irwin. O título do filme? “O beijo”, de 1896. O ator John Barrymore (1882-1942) no filme “Don Juan” em 1926 bateu um recorde ao dar 191 beijos em diferentes mulheres, o que totalizou um beijo a cada 53 segundos. Haja fôlego!
Foram Jane Wyman (1917-2007) e Regis Toomey (1898-1991) que deram o beijo mais longo do cinema: três minutos e cinco segundos. O filme era “You’re in the Army now” (A serviço de sua majestade), rodado em 1941. Em “From here to eternity” (A um passo da eternidade), Burt Lancaster (1913-1994) e Deborah Kerr (1921-2007) acenderam o fogo na plateia com uma cena tórrida nas areias do Havaí. Era 1953 e o filme levou oito estatuetas do Oscar.
E assim durante todo o período romântico do cinema nenhum filme era bom se no final não houvesse um beijo – foram os bons tempos do happy end. A história do beijo no cinema está resumida no belíssimo filme italiano “Cinema Paradiso”, de Giuseppe Tornatore (1988).
Em fevereiro de 2005, a atriz Natalie Portman (1981) e o ator israelense Aki Avni (1967) foram expulsos da área do Muro das Lamentações em Jerusalém onde filmavam Zona Franca por causa de uma cena de beijo. Os religiosos ortodoxos acusaram o casal de imoralidade

O grande beijo do século XX foi fotografado por Alfred Eisenstaedt (1898-1995) para a revista LIFE. Aconteceu em agosto de 1945 em Times Square, Nova Iorque: durante as comemorações do final da guerra o marinheiro entusiasmado com a vitória surpreende uma enfermeira com um beijo audacioso. A foto conquistou o mundo pela expressividade. Os dois nunca foram identificados, mas ninguém se incomodou com isso. 

Civitavecchia, Itália.

A um passo da eternidade...

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