segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018


AZEVEDO, SEMPRE AFIADO.

      O cinema mal acabava de ser inventado e a novidade já estava fazendo sucesso no Rio de Janeiro dois anos depois. E, imaginem só, já tínhamos também um critico de cinema – ninguém menos do que o escritor, poeta, dramaturgo e jornalista ludovicense Artur de Azevedo (1855-1908). Artur de Azevedo, que escrevera sua primeira peça aos 15 anos e fizera sucesso, se instalara no Rio de Janeiro onde era funcionário público, professor de português, criador de vários jornais literários e colaborador de outros periódicos. Os cinematógrafos já estavam em pleno funcionamento no Rio de Janeiro e, sempre atento às novidades, ele fez a crítica de um filme na edição de 17 de julho de 1897 do jornal “O PAIZ”, onde mantinha a coluna “A Palestra”.
Infelizmente, não consegui saber o teor da crítica nem o tema do filme – que por aquela época durava uns poucos minutos. Certamente não foi o filme realizado pelo italiano Affonso Segretto: “Uma vista da Baía de Guanabara”, que estreou em 1898 na sede do JORNAL DO COMMERCIO (1827-2016) – que havia promovido a primeira sessão de no Brasil em 1896.
Artur de Azevedo foi um dos batalhadores para a construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro; entretanto, não viveu para assistir à inauguração em 1909, pois morreu alguns meses antes. Entretanto, teve tempo suficiente para fazer críticas cáusticas ao pano de boca criado pelo pintor ítalo-brasileiro Eliseu Visconti (1866-1944) para o Teatro Municipal
Ah! Ludovicense é quem nasce em São Luis do Maranhão.  
Pano de boca do Teatro Municipal do Rio. Imagem: Wikipedia. 


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