Final de agosto com a cantora e compositora paulista Dalva de Oliveira (1917-1972), que fez um imenso sucesso na era de ouro da música brasileira. A vida pessoal, entretanto, foi marcada por relacionamentos conturbados que a tornaram vítima de um explícito e brutal preconceito; foi vítima de calúnias que faziam a festa da imprensa sensacionalista irresponsável da época. Entre os seus grandes sucessos destacam-se “Pedro, Antônio e João” (Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago, 1939); “Rancho da Praça Onze” (Chico Anysio e João Roberto Kelly, 1965); “Máscara Negra” (Pereira Matos e Zé Kéti, 1967) e “Bandeira Branca” (Laércio Alves e Max Nunes, 1970).
sábado, 31 de agosto de 2024
sábado, 17 de agosto de 2024
MOSTRA SOBRE MANDELA
Ainda há tempo para ver a mostra “Nelson Mandela, ícone mundial da reconciliação”, em cartaz até o dia 30 de agosto no Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro,1000). As visitas são gratuitas e podem ser feitas de terça à sexta-feira das 10 às 20 horas e aos domingos das 10h às 18h. A mostra procura mostrar aspectos pouco conhecidos do líder sul-africano Mandela (1918-2013) que dedicou sua vida à luta pela igualdade de direitos humanos e contra o regime de segregação racial da África do Sul, o que o levou à prisão por 27 anos. Mandela foi libertado em 1990 após uma campanha internacional, em 1993 recebeu o Prêmio Nobel da Paz e em 1994 foi eleito presidente. O A Organização das Nações Unidas criou Dia Internacional Nelson Mandela, 18 de julho, para promover a ideia de que cada pessoa tem o poder de transformar o mundo e fazer a diferença, segundo o curador da mostra Christopher Till. Entrada gratuita.
terça-feira, 13 de agosto de 2024
BOM DIA, PINGUIM!
Bom dia, pinguim.
Onde vai assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado.
Não fique assustado
Com medo de mim.
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu jaca,
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca,
Quando você caminha
Parece o Chacrinha,
Lelé da cachola
E um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola.
Pinguim, meu amigo,
Não zangue comigo
Nem perca a estribeira,
Não pergunte por quê,
Mas todos põem você
Em cima da geladeira.
sábado, 10 de agosto de 2024
LEMBRANÇAS DE REPÓRTER
O antigo navio oceanográfico da USP “Professor W. Besnard” escapou do desmanche e parece que há um futuro digno para ele, afinal a embarcação tem uma rica e inestimável história.
Fiz
algumas reportagens a bordo do histórico navio oceanográfico da USP “Professor W.
Besnard” e em duas ocasiões houve situações inusitadas nos bastidores dos fatos.
Uma delas aconteceu numa cerimônia que reuniu reitor, professores e pesquisadores
do Instituto Oceanográfico e autoridades de Santos. O Capitão dos Portos do
Estado de São Paulo, entretanto, estava atrasado. O distinto grupo, que incluía
algumas professoras, foi levado para uma saleta. Eu resolvi ficar no convés enquanto
o fotógrafo aproveitou a ocasião para fazer fotos da embarcação. Encostada na
amurada perto da escada, observava o cais quase vazio quando chegou o carro
preto oficial e o Capitão dos Portos desceu acompanhado do ordenança. Numa
falha de protocolo, não havia ninguém aguardando a autoridade – o capitão caminhou
para a escada com a confiança de seu cargo. Continuei no meu posto. É admirável
o uniforme dos oficiais da Marinha – eles vestem branco dos pés à cabeça, um
branco que chega a brilhar e qualquer coisa chama atenção. E no caso dele foi o
zíper das calças aberto. Algo que pode acontecer com qualquer pessoa, mas embaraçoso.
Não me senti nem um pouco animada para avisá-lo e, como o ordenança vinha atrás,
ele entrou na saleta se achando todo garboso. Eu fui procurar o fotógrafo e não
sei quem avisou o capitão do descuido.
quarta-feira, 7 de agosto de 2024
VILA MARIANA
Agosto,
não sei o motivo, despertou minha curiosidade sobre o bairro em que moro: Vila
Mariana, onde se localiza a Aclimação. Assim, resolvi fazer uma pausa nas
visitas à Zona Leste. Talvez tudo tenha começado com a Mariana que deu nome a essa
região da cidade. Descobri que há duas vertentes. Uma delas diz que a
iniciativa foi do vereador CARLOS Eduardo de Paula PETIT, que resolveu
homenagear a esposa Maria e a sogra Anna, juntou os nomes das duas e daí surgiu
a Mariana, ou seja, não homenageou nenhuma delas. A outra conta que Mariana era
a denominação da estação de trem local, nome dado pelo engenheiro alemão Georg
Albrecht Kuhlmann (1845-1905), que trabalhou na implantação da ferrovia. Mariana
era a esposa dele. A denominação estendeu-se ao novo bairro.
Um
pouco injusto da minha parte enaltecer outras regiões, quando aqui perto temos
história e histórias, cultura, gastronomia, divertimento e tantas outras coisas
interessantes e ótimas. O distrito da Vila Mariana faz divisa com os bairros Bela
Vista, Liberdade, Cambuci, Ipiranga, Cursino, Saúde, Moema e Jardim Paulista.
No
final do século XIX, o Centro (o famoso triângulo) era ligado aos bairros mais
distantes por bondes à tração animal, estes posteriormente foram substituídos
por pequenas locomotivas a vapor. Santo Amaro era um município vizinho aonde se
chegava pelos trens da Cia. Carris de Ferro de Santo Amaro. O trajeto era pela
Domingos de Moraes e Avenida Jabaquara, passando pela área do atual aeroporto
de Congonhas e Brooklin Paulista. Os trens foram desativados em 1914, quando a
Light & Power comprou a empresa e construiu a estação na Vila Mariana (na confluência
das ruas Domingos de Moraes e Affonso Celso com a praça Theodoro de Carvalho) e
implantou os bondes com novo trajeto pela “área rural”.
Até que a história do bairro vem sendo preservada por meio do tombamento de vários prédios importantes. Um deles é o antigo Reservatório da Sabesp, localizado na esquina das ruas Vergueiro com Carlos Petit.
Por
falar em Cinemateca, a Vila Mariana já teve a sua Cinelândia. O pioneiro Teatro
Fênix, por exemplo, teve vários endereços, sempre na rua Domingos de Moraes[2]. Começou a funcionar em
1923. Nessa mesma rua, número 486, foi inaugurado em 1943 o Cine Cruzeiro[3] com capacidade para 2.196
pessoas! O Cine Leblon foi inaugurado em 2 de outubro de 1952; ficava na
Liberdade: rua Vergueiro, 934. Tinha 1.200 lugares! No local foi erguido o Centro Cultural São Paulo. Há muito tempo acabaram os cinemas de bairro. Agora
funcionam em pequenas salas em shoppings. Vila Mariana tem os shoppings Santa Cruz (Domingos de Morais) e Paulista (rua
Treze de Maio).
[1] Largo Sen. Raul
Cardoso, 207. Segundo a prefeitura, Vila Mariana.
[2] O cinema funcionou nos
prédios números 74, 129 e 896.
[3] Quando fechou, no local
funcionou uma padaria e depois uma loja Pão de Açúcar, que encerrou as
atividades recentemente, cedendo espaço para um mega empreendimento
imobiliário.


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