quarta-feira, 31 de março de 2021

RENÉ DESCARTES

Qualquer estudante de ensino médio sabe (ou deveria saber) que a assertiva "Penso, logo existo" é do filósofo francês René Descartes (1596-1650), que nasceu ha 425 anos em La Haye, na Touraine. Descartes se dedicou à procura da verdade, evitou a especulação e com o “Discurso sobre o Método” a história da filosofia e do conhecimento tem um dos mais importantes momentos. Ele era filho de um conselheiro do Parlamento da Bretanha, tinha dois irmãos e a mãe morreu quando ele tinha apenas um ano de idade. Estudou em colégio dos jesuítas; em Poitiers licenciou-se em Direito (que nunca exerceu). Em 1618 foi para os Países Baixos para servir no exército do príncipe Mauricio de Nassau. Na Holanda, conheceu Isaac Beeckman, que o incentivou a desenvolver seus interesses pela Física e Matemática. Viajou pela Alemanha, Dinamarca, Polônia e retornou a Paris. A partir de 1628 Descartes se isolou na Holanda para se dedicar às obras e que deram um novo rumo ao pensamento humano: “Do Mundo” (1633) e “Discurso sobre o Método” (1637).


        Penso, logo existo (ou sou) encontra-se na quarta parte do Discurso. Descartes adota a dúvida metódica (rejeita tudo aquilo em que pudesse imaginar a dúvida: os sentidos e até ideias). “Finalmente, considerando que os mesmos pensamentos que temos quando acordados também nos podem acudir quando dormimos, sem que nenhum seja verdadeiro, resolvi considerar, fingir, que todas as cousas que haviam penetrado no meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões dos meus sonhos. Mas logo após percebi que, quando pensava que tudo era falso, necessário se tornava que eu ‒ eu que pensava ‒ era alguma cousa, e notando que esta verdade ‒ penso, logo existo ‒ era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos céticos não eram capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como primeiro princípio da filosofia que procurava.”

        Descartes foi a grande frustração de seu pai: “de todos os meus filhos, só de um tenho queixa. Para que pus eu no mundo um filho suficientemente ridículo para querer encadernar-se em pergaminho?”. O filósofo não gostava de escrever livros e trabalhava deitado. Descartes não se casou, mas teve uma filha em 1635 com a governanta da casa em que vivia na Holanda. Morreu de pneumonia em Estocolmo, Suécia, onde dava aulas.

Quadro de Franz Halls(1582--1666).





Em tempo: para crianças, há o livro da Editora Martins Fontes, 2012: "O gênio ardiloso do Sr. Descartes", de Jean-Paul Mongin e ilustrações de François Schwoebel. 

terça-feira, 30 de março de 2021

PAULO FRANCIS

“Biografia é o romance favorito da classe média inteligente hoje em dia. No passado, no século XIX, essa gente lia, felizarda, Balzac e Dickens, mas nos nossos dias lê biografias de gente importante. (FSP, 30/06/88) Amado e odiado. Polêmico. Paulo Francis foi jornalista político e cultural, como ele mesmo se definiu. Irreverência para mim apaixonante. Ele era Franz Paulo Trannin Heilborn (1930-1997) interpretando Paulo Francis, um grande personagem. O pseudônimo, aliás, foi dado por Pascoal Carlos Magno (1906-1980), ator e teatrólogo, além de diplomata. 

Abaixo vai um recorte do livro “O Afeto que se encerra ‒ Memórias” (Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1980).

I. BEM...

     “Este livro não é uma autobiografia. Contém passagens autobiográficas. Não é o estudo ou reminiscência de um período histórico. É memória seletiva [...] Somos todos narcisistas. A diferença é o grau de entendimento da nossa condição. E, claro, dos usos que fazemos de nós mesmos.

    [...] Paulo Francis nasceu em 1951. Mexeu de leve nas cargas e castigos de Franz Paulo Trannin Heilborn, eu, antes que Paschoal Carlos Magno me batizasse ‘Paulo Francis’, nome típico de ‘bailarino’ de teatro de revista (Gloria May e Paulo Francis em Cutuca o balaio da negra, de Stanislaw Ponte Preta...). Em Cabeça preciso confrontar a infância e a adolescência de F.P.T.H., que não havia desenvolvido (começava) as defesas de Francis. Franz (nome que detesto) se não bebeu fel de gasolina, andou perto, menino meio gago, excessivamente sensível a rejeições dos raros a quem amou, às vezes brutal, indistinguível de uma besta fera.

[...] E chegamos aos motivos finais. Franz nasceu (me dizem. Ver adiante) em setembro de 1930. Completo (ei) 50 anos em 1980. Acho boba essa mania (e clichê) de imprensa, simplificar a vida em décadas. Confesso, apesar disso, que a expressão ‘meio século’ me fascina um pouco. Não é à toa que fui marxista-trotskista durante 14 anos. Resolvi ter um livro na rua aos 50 anos. Vaidade. E curiosidade.”

[...] Quis ser escritor desde que li Crime e Castigo aos 14 anos de idade. 

[...] Fui bebê e menino bonito. Sim, tenho provas fotográficas.”

segunda-feira, 29 de março de 2021

A INFELIZ INFÂNCIA DE UM MARECHAL



Escolhi um trecho das memórias do Marechal Montgomery ‒ Bernard Law Montgomery, 1º Visconde Montgomery de Alamein
(1887-1976) ‒ que comandou as forças britânicas na II Guerra ‒  pela forma como narra a infância. Ele era filho de um pastor, Henry Montgomery. A mãe Maud Farrar, além de cuidar de nove filhos, tinha muitas obrigações na comunidade decorrentes da posição do marido.

 

DIAS DA INFÂNCIA

"Nasci em Londres, no vicariato de São Marcos, em Kennington Oval, no dia 17 de novembro de 1887. [...] Posso dizer com certeza que minha infância foi infeliz. Deveu-se isso ao choque de vontade entre minha mãe e eu próprio. Meu começo de vida foi uma série de violentas batalhas de que invariavelmente minha mãe saía vitoriosa. Se eu não pudesse ser encontrado em parte alguma, ela tinha de dizer: “vá ver o que o Bernardo está fazendo e lhe diga que pare com isso”. Mas as constantes pelejas e as sovas com uma vara – e estas foram frequentes ‒ de nenhum modo me intimidaram. Não contei com a simpatia de meus dois irmãos mais velhos: eram mais ajeitáveis, de disposição mais pacífica e facilmente aceitavam o inevitável...

Constituíamos uma família vitoriana média.

[...]

Portanto, minha mãe deu à luz a nove filhos ao todo. [...] Sempre nos mantivemos na linha. Nunca houve escândalos na família; nenhum de nós se apresentou às cortes de polícia ou à prisão; nenhum de nós se apresentou às cortes de divórcio. Uma família sem interesse ‒ alguns podem dizer. Mas agora que tudo está dito e feito, reconheço que mamãe foi uma mulher realmente notável, de caráter forte e austero. Fez crescer a família à sua moda; ensinou-nos a falar a verdade, qualquer fosse a consequência e, tanto quanto me lembro, nenhum de seus filhos praticou algo de que ela se envergonhasse.”  

MEMÓRIAS DO MARECHAL  MONTGOMERY. IBRASA: São Paulo, 1960.

domingo, 28 de março de 2021

BILLIE HOLiDAY

Billie Holiday, Lady Day (1915-1959), cantava divinamente bem e felizmente podemos continuar a ouvi-la em gravações memoráveis. Ela teve uma vida penosa,  fez sucesso, enfrentou preconceito, foi admirada pelos grandes nomes da música, mas sucumbiu às drogas que lhe destruíram a voz. A autobiografia “LADY SINGS THE BLUES” não foi escrita por ela que encomendou o livro ao jornalista e amigo William Dufty, do New York Post. Segundo Ruy Castro* nessa “autobiografia” há uma série de coisas que não aconteceram ou aconteceram de outro jeito. E o primeiro erro já está no primeiro parágrafo: os pais dela nunca se casaram. De todo jeito o livro é muito bom e pode-se complementar a leitura com o livro de Donald Clark (1994), recomendado por Ruy Castro, mas que não li.  

*SAUDADES DO SÉCULO 20. Billie Holiday. Aos pés da própria lenda”. Ruy Castro: Companhia das Letras, 1994.

 UMA OUTRA PRIMAVERA

“Mamãe e papai não passavam de duas crianças quando se casaram. Ele tinha dezoito anos, ela, dezesseis e eu, três.

    Mamãe trabalhava como doméstica de uma família branca. Quando eles descobriram que ela estava grávida simplesmente a botaram para fora. A família de papai também quase teve um troço quando ficou sabendo. Eles eram gente fina mesmo, e nunca tinham ouvido falar de coisas desse tipo acontecendo em East Baltimore, onde viviam.

Mas as duas crianças eram pobres. E, quando se é pobre, a gente cresce rapidinho.

Foi um milagre que  minha mãe não tenha acabado num reformatório e eu como uma enjeitada. Mas Sadie Fagan já me amava desde quando eu não passava de uma coisa que lhe dava pontapés na barriga enquanto ela esfregava o chão das casas. Ela foi até o hospital e fez um trato com a chefe. Disse que lavaria o chão e cuidaria das outras vagabundas grávidas internadas lá e assim pagaria seu atendimento e o meu. E foi o que fez. Mamãe tinha treze anos quando eu nasci naquela quarta-feira, dia 7 de abril de 1915, em Baltimore.”

LADY SINGS THE BLUES – Uma autobiografia. Editora Brasiliense. São Paulo, 1985.

 

sábado, 27 de março de 2021

LEON ELIACHAR

Leon Eliachar (1922--1987) foi jornalista, escritor e humorista brasileiro. Nasceu no Cairo. Ele trabalhou no jornal ÚLTIMA HORA e manteve colunas nas revistas CRUZEIRO e MANCHETE. Escreveu seis livros. Em 1956, recebeu o primeiro prêmio na IX Exposição Internacional de Humorismo realizada em Bordighera, na Itália. Ele condensou a história de sua vida de forma bem humorada e original.

 "POR ALTO, BIOGRAFIA"

"Nasci no Cairo, fui criado no Rio; sou, portanto, “cairoca”. Tenho cabelos castanhos, cada vez menos castanhos e menos cabelos. Um metro e 71 de altura, 64 de peso, 84 de tórax (respirando, 91), 70 de cintura e 6,5 de barriga. Em 1492, Colombo descobriu a América; em 1922, a América me descobriu. Sou brasileiro desde que cheguei (aos 10 meses de idade), mas oficialmente, há uns sete anos: passei 35 anos tratando da naturalização.

Minha carreira de criança começou quando quebrei a cabeça, aos dois anos de idade; minha carreira de adulto, quando comecei a fazer humorismo (passei a quebrar a cabeça diariamente). Tive vários empregos: ajudante de balcão, ajudante de escritório, ajudante de diretor de cinema, ajudante de diretor de revista, ajudante de diretor de jornal. Um dia resolvi ajudar a mim mesmo sem a humilhação de ingressar na Política: comecei a fazer gracinhas – fora da Câmara.

Nunca me dei melhor.

Meu maior sonho é ter uma casa de campo com piscina, um iate, um apartamento duplex, um corpo de secretárias, um helicóptero, uma boa conta no banco, uma praia particular e um short. Por enquanto já tenho o short.

Sou a favor do divórcio, a favor do desquite e a favor do casamento. Sem ser a favor deste último não poderia ser dos primeiros. Sou contra o jogo, o roubo, a corrupção e o golpe; se eu fosse candidato isso não deixaria de ser um grande golpe.

O que mais adoro: escrever cartas.  

O que mais detesto: pô-las no Correio. Minha cor preferida é a morena, algumas vezes a loura.

Meu prato predileto é o prato fundo.

O que mais aprecio nos homens: suas mulheres – e nas mulheres, as próprias. Acho a pena de morte uma pena.

Não sou superticioso, mas por via das dúvidas, evito o “s” depois do “r” nessa palavra. Se não fosse o que sou, gostaria de ser humorista.

Trabalho 20 horas por dia, mas, felizmente, só uma vez por semana; nos outros dias, passo o tempo recusando propostas – inclusive de casamento. Acho que a mulher ideal é a que gosta da gente como a gente gostaria que ela gostasse – isso se a gente gostasse dela.

        Para a mulher, o homem ideal é o que quer casar. Mas deixa de ser ideal logo depois do casamento, quando o ideal seria que não deixasse. Mas isso não impede que eu seja, algum dia, um homem ideal."

Leon Eliachar: O HOMEM AO QUADRADO. Editora Francisco Alves, Rio de Janeiro: 1973.

sexta-feira, 26 de março de 2021

AUTOBIOGRAFIAS

Não gosto muito de ler biografias, porém li muitas. Há alguns escritores que têm o dom de escrever sobre uma pessoa de forma tão agradável que elas acabam se transformando em personagens dignos de boa ficção, independentemente, do que foram em vida. As autobiografias, por sua vez, são armadilhas para o leitor já que o autor tentará mostrar o seu lado melhor e colorir o lado mais escuro de sua personalidade, pecando por omissão ou por excesso. Ao limpar arquivos, achei trechos de algumas autobiografias que chamaram minha atenção pelo bom humor, pela criatividade ou pela sinceridade. Em vez de jogar fora, resolvi aproveitar para mostrar como as pessoas famosas se veem. E para começar escolhi o antropólogo DARCY RIBEIRO (1922-1997), que nasceu em Montes Claros e faleceu em Brasília. No prólogo, ele explica que escreveu CONFISSÕES movido “pelo medo-pânico de morrer antes de dizer” a que veio.  

 “EU MESMO”

 “Que é um menino que acaba de nascer, afrontado, arroxeado, chorando aos berros, agarrado pelos pés e suspenso no ar pelo médico? Que médico? No Cedro, onde nasci, não tinha nenhum. Tinha uma mulata parteira, gorda, madurona, comadre de todo mundo. Dava bênção a cada menino que passava. A mim também.

Lá ia ela suspender ninguém pelos pés, como se tivesse pondo no mundo um acrobata? Qual! Incapaz! Ela deve é ter me lavado com água-de-cheiro, morna, tratado com carinho meu umbigo intumescido, me enrolado em panos relavados por mamãe e me posto ali. Ali, onde? Quem me terá dado de mamar pela primeira vez? Sei lá!

Dói pensar naquela bolinha de gente, amarfanhada, banguela, careca, que eu era, saindo do ventre de mamãe. Perdi ali, então, o oco quentinho que, em vão, ando procurando pelo mundo. Expulso de lá, caí na vida.

Nascido, só tinha olhos para sofrer as doidas luzes da claridade. Ouvidos, para me espantar com os ruídos de fora. Aflito, buscaria saudoso, o ritmo perdido das badaladas do coração materno. Algum medo teria, de que me ressurgissem os roncos intestinais de mamãe que eu ouvia no oco.

Meu corpo inteiro armado de tato apalparia, em vertigem o vazio abismal em que caí. E o faro? Creio que meu susto maior ao me ver cá fora terá sido com a fedentina deste mundo. Aromas, ali ao meu redor, não imagino nenhum.

Onde ficou meu cálido nicho? Agitando braços e pernas como um inseto virado de patas pro ar, eu piscava, tossia, chorava. Vivia, afinal, meu destino de ser autônomo, condenado à solidão de uma existência própria, desgarrada.”

* Darcy Ribeiro: CONFISSÕES. Companhia das Letras. SP: 1997.

quinta-feira, 25 de março de 2021

BOBAGEM DO DIA

Como o Planeta vive um momento despreocupado, sem problemas, é preciso aproveitar essa oportunidade para pensar na liderança mais adequada para nos proteger de uma possível incursão por extraterrestres no futuro. Um canal britânico (TV BLAZE) resolveu sair na frente e providenciou uma pesquisa importantíssima para saber quem seria a pessoa mais adequada para lidar com uma invasão da Terra por ETs. Ouvidas duas mil pessoas, o resultado foi que a maioria escolheu, imaginem só, o ator americano Arnold Schwarzenegger de 73 anos. Talvez tenha concorrido para a vitória de Schwarzenegger sua experiência como o matador de alienígena (O Predador) e como ex-governador da Califórnia. O ex-presidente americano Donald Trump de triste memória ficou em oitavo lugar ‒ deve estar pensando em processar o canal. Entre os mais votados destacaram-se outros atores que se viram em um filme ou outro combatendo alienígenas tais como Will Smith e Tommy Lee Jones (Homens de Preto), Tom Cruise (Guerra dos Mundos) e William Shatner (Jornada nas Estrelas). O último colocado foi o presidente Joe Biden, no momento muito preocupado e ocupado em salvar os Estados Unidos. Chama atenção nessa pesquisa indispensável que as pessoas ouvidas concentraram suas escolhas em norte-americanos... Como eles se veem como guardiões do mundo, parece que a campanha funcionou... O público a meu ver deu à pesquisa o devido tratamento.

         Fonte: reportagem da revista PARIS MATCH, 22/03/2021.


O PREDADOR (1987), de John Mc Tiernan. O filme rendeu: US$ 98.3 milhões.


terça-feira, 23 de março de 2021

JUBiLEU DE OURO: COLAÇÃO DE GRAU DA TURMA DE 1967/70.

Algumas datas são muito importantes no decorrer da nossa vida. Entre tantos momentos relevantes destacam-se sem dúvida o primeiro dia na escola, o último dia de aula na faculdade e aquele da colação de grau. Há cinquenta anos fechava esse ciclo que minha família me proporcionou com muito sacrifício. Minha eterna gratidão. O caminho a trilhar escolhi em 1966 por minha conta e risco, quando decidi fazer o vestibular para o curso de Jornalismo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santos (FAFIS).

Santos, 23 de março de 1971. 

      Nem todos se entusiasmaram por uma profissão em que a estabilidade é pouca e os sacrifícios pessoais, muito grandes. As amizades feitas durante o curso são sólidas. Turma pequena e entusiasmada. Eu, particularmente, pouco participei das atividades estudantis por motivos pessoais e só passei a me integrar mais no último ano, quando já estava trabalhando como jornalista. Formados, muitos se reencontraram nas redações dos jornais santistas ‒ A TRIBUNA ou CIDADE DE SANTOS ou ainda na rua correndo atrás da notícia. Desses alguns ficaram em Santos, outros bateram asas para São Paulo. Ao longo dos anos uma parte do grupo sempre manteve contato e quando podemos nos encontramos para lembrar aqueles dias, contar as novidades e falar da família.  Infelizmente, perdemos três queridos amigos: Ana Rosa, Vânia e Sergio, pessoas extraordinárias que deixaram muita saudade. Só posso concluir citando meu querido poeta Fernando Pessoa

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena”. 


A partir da esquerda em pé: Sueli, Cleri, Maria Lúcia, Sérgio, Prof. Eron Brum, Márcia, Nilton, Eunice e Roberto. Sentados a partir da direita: Eli, Judite, Hilda Araújo, Profª. Clara Conde, Benalva, Ana Rosa, Alda, Hilda Soares e Rosamar.  

Em julho de 2009, na despedida do prédio da Faculdade vendido pela mantenedora. 


Um dos encontros  na praia de itararé, São Vicente.

segunda-feira, 22 de março de 2021

FACULDADE DE FILOSOFIA DE SANTOS

Em 29 de dezembro de 1954, a Sociedade Visconde de São Leopoldo teve autorização para o funcionamento da Faculdade Filosofia, Ciências e Letras de Santos - FAFIS, com os cursos de Pedagogia, Letras e Jornalismo, reconhecidos em 24 de julho de 1957. A nova unidade instalou-se na casa da Rua Euclides da Cunha, 247, Pompéia, doada pelo então governador do Estado, Jânio da Silva Quadros. Com o crescimento da instituição e a criação de novos cursos, dois prédios modernos (dois caixotões de concreto) foram construídos nos fundos do terreno; entretanto, em 2009, foi anunciada a venda da propriedade. Felizmente, o casarão eclético foi conservado, restaurado e enfeita a frente do edifício, construído na área remanescente. 


No porão funcionavam os centros acadêmicos dos diversos cursos. No térreo, a diretoria da Faculdade e na parte superior havia algumas salas de aulas. 

 


domingo, 21 de março de 2021

NADA COMO NOSSA CASA

Nossa casa é onde nos sentimos bem, já disse alguém. Não importa onde seja ou o aspecto que ela tenha. Alguns privilegiados já nascem com casa própria ‒ como os caramujos ou as tartarugas. O bicho Homem, entretanto, tem uma trajetória mais prosaica. No princípio, fugindo do frio e das feras o Homem se refugiou na caverna. Provavelmente, vivia em grupo. Nesse abrigo, fez fogo e montou a cama de folhas. Um dia descobriu que podia torná-lo mais agradável e pintou um javali. O abrigo seria o primeiro conceito de casa? Não sei, mas o adorno superou as intempéries e 45 mil anos depois essa obra anônima foi descoberta recentemente. Encontra-se na Indonésia, na caverna de calcário de Leang Tedongnge que se localiza na ilha Celebe. Depois da coleta e da caça, esse anônimo voltava para O lugar onde se sentia seguro e admirava sua arte.

        O tempo passou. O Homem foi evoluindo (?) e construiu moradias que vem aprimorando ao longo dos séculos; só não mudou seu sentimento pela casa. Ulisses levou anos para voltar para sua Ítaca (Ruy Barbosa disse que a pátria é a família amplificada) e Ulisses viveu muitas aventuras para retornar ao lar. Os judeus transpuseram o deserto e o Mar Vermelho para retornar à pátria, o lar... Ainda nesse mundo de ficção, mais recentemente, Dorothy ‒ após suas aventuras e desventuras com o Homem de Lata, o Leão e o Espantalho ‒ voltou para casa e garantiu à tia que “não há lugar como o lar” (there is no place like home). Até mesmo os desafortunados, aqueles “sem eira nem beira”, têm um lugar de preferência ou de referência para colocar sua folha de jornal que lhes serve de cama (Noel Rosa/Kid Pepe).

        Eu acredito que devemos sair em busca da aventura, sim, mas há um momento que só queremos a nossa casa e sentimos necessidade de voltar. No momento, que tal desfrutar da casa (nem todos têm uma) enquanto se espera o momento certo para se aventuras lá fora? 


"Paisagem com casa". Óleo sobre tela de Francisco Rebolo (1902-1980).

quinta-feira, 18 de março de 2021

UMA CASA PORTUGUESA

E já que estamos a falar de casa, que tal a casa de nossos avós? E naturalmente me vem à lembrança “Uma Casa Portuguesa”, canção de que minha avó, filha de portugueses, gostava muito. Sem contar que era fã incondicional de Amália Rodrigues. Quis saber um pouco mais sobre a música e descobri uma história bem saborosa, narrada pelo jornalista português Nuno Pacheco.

Nos anos 1940, a capital de Moçambique ainda se chamava Lourenço Marques (hoje Maputo) e foi lá, num salão do Hotel Girassol (agora Girassol Bahia Hotel), que surgiu a ideia da música. O poeta Reinaldo Ferreira (1922-1959) e Vasco Matos Sequeira (1903-1973) divertiam-se a fazer versos pornográficos, quando o maestro Artur Fonseca (1912-1995), que os acompanhava e provavelmente desaprovou a brincadeira, lembrou-lhes que estavam numa casa portuguesa, ou seja, uma casa de respeito. Reinaldo achou que ali estava um bom título para uma canção e o maestro concordou: “Com certeza!”. Os dois amigos escreveram a canção e o maestro a musicou. “Uma Casa Portuguesa” foi interpretada pela primeira vez pela cançonetista angolana Sara Chaves (1932), e gravada mais tarde por João Maria Tudella (1929-2011). Amália Rodrigues só a gravou nos anos 1950, tornando-a uma das músicas portuguesas mais populares. Nem João Gilberto resistiu...

"Natureza Morta com doces e barros", de Josefa de Óbidos (1630-1684). Ela nasceu em Espanha, mas viveu em Portugal.


quarta-feira, 17 de março de 2021

ANTÔNIO MARIA

No centenário do grande cronista e compositor Antônio Maria Araújo de Morais, bom lembrar sua primeira composição de sucesso gravada em 1952 por Nora Ney (1922-2003), dona de uma voz inesquecível: “Ninguém me ama”. 



terça-feira, 16 de março de 2021

HORA DO IMPOSTO DE RENDA

Março marca a chegada das águas fechando o verão, como disse Tom Jobim. No terceiro mês do ano, o brasileiro tem uma obrigação dolorosa: preencher a declaração de Imposto de Renda referente ao ano anterior. Um trabalhão: juntar a papelada que muitas vezes ficou esparsa e costuma sumir exatamente por essa época. O jeito é vasculhar gavetas, pastas, bolsas e até há quem apele para São Longuinho (Longinus). Felizmente, há os organizados. E os contadores, naturalmente, que nos poupam das angústias contábeis.

        O Imposto de Renda foi instituído no Brasil pelo presidente Arthur Bernardes em 1922 (será que a Receita planeja comemorações para esse centenário?) e a primeira cobrança ocorreu sobre o exercício financeiro de 1924. Mas esse imposto é quase tão velho quanto o mundo. O historiador grego Heródoto (século V a. C.)) narra que no reinado do faraó Amósis IIque governou  entre 570 e 526 a. C. o Egito teve grande prosperidade “não só devido à fecundidade do solo, proporcionada pelo Nilo durante aquele período, de que resultou grande abundância de produtos agrícolas para os habitantes (havia então vinte mil cidades, todas muito bem povoadas), como pelas leis sábias traçadas pelo soberano para regular a economia da nação, como, por exemplo, a que determinava que cada egípcio declarasse, todos os anos, de que fundos tirava sua subsistência”.

Se você se queixa das regras da Receita Federal, fique sabendo que naqueles tempos quem não obedecia ao preceito da lei ou não podia provar que vivia de meios honestos era punido com a morte. Sólon (630-560 a. C.), o legislador e estadista ateniense, quando soube do sistema egípcio tratou de implantar em Atenas, por considerá-lo muito sensato e justo. Tão bom que continua em uso até hoje, mas nos tempos atuais, os faltosos têm punições menos drásticas, mas sempre causam muita dor de cabeça.

No Brasil, o percentual mínimo a ser pago pelo contribuinte é de 7,5% e o máximo, de 27,5%, enquanto nos EUA, as alíquotas variam de 10% a 37%. Em Portugal, a variação é de 14,5% a 48% e na Argentina, de 5% a 35%. Na Alemanha, quanto mais alta for a renda, maior será a alíquota de imposto, sendo a alíquota máxima 47,5%; na China é de 45%. A Suécia tem a maior alíquota máxima de imposto de renda: 61,85%!

O G1 publicou em 2019 uma lista dos países com os porcentuais de IR. Suécia: 61,85; Chade: 60; Costa do Marfim: 60; Aruba: 59; Japão: 55.95; Dinamarca: 55,8; Áustria: 55; Bélgica: 53,7; Holanda: 52; Finlândia: 51,6; Israel: 50. No final da lista, encontrava-se a Bósnia-Herzegovina com alíquota de 10%.

Conselho para os que deixam tudo para a última hora: para evitar problemas futuros é bom aproveitar os próximos dias em casa para fazer a declaração e entregá-la dentro do prazo.

segunda-feira, 15 de março de 2021

A CASA


Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero.

Composição: Toquinho / Vinícius de Moraes.

Boy (Johnny Sheffield), Tarzan (Johnny Weissmuller) e Jane (Maureen O'Sullivan).


A música foi uma homenagem de Vinicius de Moraes ao amigo uruguaio Carlos Páez Vilaró (1923-2014). O artista começou a construir seu ateliê nos anos 1960 em um penhasco à beira mar em Punta Ballena, perto de Punta Del Este. No princípio era uma casa de lata, mas Páez Vilaró foi mudando os materiais à medida que expandia a construção, tornando-a uma verdadeira obra de arte que ele criou sozinho ao longo de trinta anos. A cada visita ao amigo Vinicius de Moraes encontrava uma casa diferente: “era uma casa engraçada”, como define na canção. E como sempre faltavam coisas quando o poeta visitava a casa, ele também moldou a sua visão da obra. Páez Vilaró deu o nome de Casapueblo à sua criação que atualmente é sede de um museu, uma galeria e um resort.

domingo, 14 de março de 2021

DOMINGOS DA INFÂNCIA

OU PARA CASA AGORA EU VOU...

Quando era criança, aos domingos minhas tias me levavam às matinês do Cine Carlos Gomes na Avenida Ana Costa em Santos, onde certamente vi pela primeira “Branca de Neve e os Sete Anões”. Anos 1950. Lembranças imorredouras. “Eu vou, eu vou pra casa agora eu vou...” Na verdade, é onde estou há quase um ano: em casa, saindo apenas para os afazeres essenciais. Sem queixas porque gosto muito da minha casa.



A dublagem de 1938 foi dirigida por João de Barro, o Braguinha. As vozes dos personagens eram de Dalva de Oliveira (Branca de Neve cantando), Maria Clara Jácome (Branca de Neve falando), Carlos Galhardo (Príncipe), Túlio de Lemos (caçador), Cordélia Ferreira (Rainha), Estephania Louro (Bruxa), Almirante (em dois papéis, Espelho Mágico e o anão Mestre), Delorges Caminha (Feliz), Aristóteles Penna (Zangado), Edmundo Maia (Atchim) e o humorista Baptista Jr. (vozes de dois anões, Soneca e Dengoso). Nos anos 1960, o desenho teve uma reedição e por exigência de Disney, foi realizada Nova dublagem, com versões das letras feitas por Aloysio de Oliveira e com a interpretação de outros artistas.


sábado, 13 de março de 2021

NOSSA CASA

Na nossa casa amor-perfeito é mato
E o teto estrelado também tem luar
A nossa casa até parece um ninho
Vem um passarinho pra nos acordar
Na nossa casa passa um rio no meio
E o nosso leito pode ser o mar

A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar

A nossa casa é de carne e osso
Não precisa esforço para namorar
A nossa casa não é sua nem minha
Não tem campainha pra nos visitar
A nossa casa tem varanda dentro
Tem um pé de vento para respirar

A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar.

Letra e Música: Arnaldo Antunes, Celeste Moreau Antunes, Alice Ruiz, João Bandeira, Paulo Tatit, Edith Derdyk e Sueli Galdino


                                                    "Rising Moon" (1964), tela de Hans Hofmann (1880-1966). 

sexta-feira, 12 de março de 2021

CUIDANDO DA CASA

Summer Evening" (1886), do pintor americano Frederick Childe Hassam (1859-1935). 


[...] Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores.  

Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho.  

Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho.  

Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho.  

Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho. 

Estou podando meu jardim  

Estou cuidando bem de mim. 

"MEU JARDIM", do compositor mineiro Vander Lee (1966-2016).


“The Tea”, Mary_Cassatt (1844-1926). Acervo Museu de Belas Artes de Boston. 

quinta-feira, 11 de março de 2021

SOMOS A CASA

“Casa é recanto interior, podemos entrar nela, mas ela está dentro de nós. É o que há de mais íntimo. Somos a casa, estamos nela. Ela está em nós e ao nosso redor. (...) Dentro de casa vivemos nossas experiências familiares. Os conflitos, descobertas, alegrias, frustrações, medos, realizações são todos vividos no interior da casa – tanto a casa que nos abriga como a casa que abrigamos em nós.” (Nilson da Rocha Cordeiro, mestre em Desenvolvimento Urbano pela UFPE.)


"Cena de Família de Adolfo Augusto Pinto", 1891. Óleo sobre tela de Almeida Júnior. Acervo: Pinacoteca do Estado de São Paulo.



quarta-feira, 10 de março de 2021

FICAR EM CASA

“A casa, o domicílio, é a única barreira contra o horror do caos, da noite e da origem obscura; encerra em suas paredes tudo que a humanidade pacientemente recolheu ao longo dos séculos; opõe-se à evasão, à perda, à ausência, pois organiza sua ordem interna, sua civilidade, sua paixão. Sua liberdade desabrocha no estável, no contido, e não no aberto ou no infinito. Estar em casa é reconhecer a lentidão da vida e o prazer da meditação imóvel.” Historiadora Michelle Perrot (1928), História da Vida Privada. 

 

Petites Maisons au bord de l'Oise, óleo sobre cartão de Jean-François Raffaelli (1850-1924).

 

“Canindé’ (1940), óleo sobre tela de Mário Zanini. Acervo: Museu de Arte Contemporânea/USP. 

Fonte: Itaú Cultural, reprodução fotográfica DE Sérgio Guerini.



terça-feira, 9 de março de 2021

O FREVO DO GAGARIN

Não consigo lembrar quando, mas conheci Yuri. Muito simpático. Claro que não resisti e comentei que tinha um belo nome. Ele sorriu e eu evitei comentar o óbvio: a homenagem dos pais dele ao primeiro homem a viajar pelo espaço há quase 60 anos: Yuri Gagarin, o primeiro homem a ver a Terra do espaço e nos revelar que ela é azul. Gagarin nasceu no dia 9 de março de 1934 numa fazenda coletiva na União Soviética, sempre se interessou por astronomia e durante o ensino secundário filiou-se aeroclube local; em 1955 ingressou na Escola de Pilotos de Orenburg, onde teve treinamento militar e dois anos depois já pilotava MiG-15 (avião de caça que atinge 1075km/h). Em 1960 foi selecionado com mais vinte pilotos para o programa espacial soviético.  Além de ter se destacado durante o treinamento, contaram muito para a escolha a personalidade comunicativa e as características físicas: 1m57 de altura e 69 kg. 

No dia 12 de abril de 1961, Gagarin embarcou na espaçonave VOSTOK 1 e deu uma volta completa ao redor da Terra a 315 km de altura, a uma velocidade aproximada de 28 mil km/h. A proeza, que durou 108 minutos, lhe valeu a medalha da Ordem de Lênin. 

Yuri Gagarin tinha 27 anos. O que disse dessa experiência única foi um aviso que, mais do que nunca, deve ser lembrado: “Orbitando a Terra na espaçonave, vi quão lindo o nosso planeta é. Povo, vamos preservar e aumentar essa beleza, não destruí-la”. Após o feito, tornou-se celebridade, viajou pelo mundo divulgando o programa espacial soviético. Esteve no Brasil e o então presidente Jânio Quadros (1917-1992) agraciou-o com a Ordem do Cruzeiro do Sul.

Naturalmente, tal evento não podia ficar fora da grande festa nacional e, assim, o pernambucano Gildo Branco* compôs o frevo “A Lua disse”, música que venceu o concurso de Carnaval promovido pela prefeitura de Recife e que foi sucesso do carnaval de 1962.

A fama gerou problemas com alcoolismo; porém mais tarde, recuperado e já desligado do programa espacial, morreu em 27 de março de 1968 em acidente em voo rotineiro de treino com um MiG-15, que pilotava. 

 Foto: Arto Jousi,  Finnish Museum of Photography, Helsinki, Finlândia. Fonte: Wikipedia.

*Astrogildo Américo Branco Filho (1921-1979)

domingo, 7 de março de 2021

DOMINGOS DA JUVENTUDE

De quem eu gosto da turma da Jovem Guarda? Sem dúvida de Erasmo Carlos, especialmente ao vê-lo aos 80 anos sem brigar com o tempo. Neste momento de tanta amargura, em que festas e shows devem ser evitados porque colocam em risco a vida de todos, bom lembrar em casa a época despreocupada em que as tardes de domingo eram agitadas pelo rock'n'roll bem comportado na TV Record.

Nesta “Festa de Arromba” de Erasmo Carlos (1941) encontramos artistas que marcaram uma época. Alguns ainda estão em atividade e outros, infelizmente, faleceram.  

Ronnie Cord (1943-1986), Prini Lorez (1941) compositor; Rosemary (1945), Meire Pavão (1948), Wanderleia (1946), Cleide Alves (1947-2015), Roberto Carlos (1941), Tony Campelo (1936), Demétrius (1942-1919), Sérgio Reis (1940), Zé Ricardo/José Alves Tobias (1939-1999), Ed Wilson (1945-2010), Rossini Pinto (1937-1985) ‒ cantor e compositor; Wilson Simonal (1938-2000), Jorge Ben/Jorge Ben Jor (1942) e Jair Rodrigues (1939-2014).

As bandas citadas na música: Renato e seus Blue Caps  (1960-2020), The Clevers (1965-1974) e Jet Black's (de 1961 a 2004 com vários intervalos). A banda The Bells atuou entre 1960 e 1970. (https://www.youtube.com/watch?v=psV1cURRRBE

sábado, 6 de março de 2021

ROUPA NOVA

Um ótimo fim de semana, começando com a banda ROUPA NOVA e Whisky a Go-Go (Compositores: Mihail Plopschi / Ivanilton De Souza Lima / Paulo Cesar Guimarães Massadas, 1984). O nome da música é uma referência a WHISKY A GO GO, clube noturno inaugurado em 11 (ou 16) de janeiro de 1963, em West Hollywood, na Califórnia, Estados Unidos, considerado a primeira discoteca do mundo. GO GO é expressão inglesa derivada do francês “à gogo”, que significa em abundancia. Em plena atividade, ROUPA NOVA mantém a mesma formação desde a estreia há 40 anos, período em que lançou 37 discos e vendeu mais de 20 milhões de cópias.  

 

quarta-feira, 3 de março de 2021

AS PRAIAS MAIS BONITAS DO MUNDO

A revista PARIS MATCH publicou ontem o ranking das vinte praias mais bonitas do mundo em 2021 elaborado membros do site de dicas de viagens da empresa TripAdvisor. Há duas praias brasileiras na lista, ambas isoladas: em terceiro lugar a Baía do Sancho, em Fernando de Noronha, e em décimo ficou a Baía dos Golfinhos, na Praia de Pipa, Rio Grande do Norte. As duas primeiras colocadas são Whitehaven Beach, nas ilhas Whitsunday, na Austrália, e Santa Maria Beach, na Província de Villa Clara, em Cuba.

Com a pandemia viagens são desaconselháveis, mas sempre é possível planejar as férias para um futuro próximo ‒ pelo menos assim esperamos todos.

Eis a lista completa:

1. Whitehaven Beach, Ilhas Whitsunday (Austrália)

2. Santa Maria Beach, Província de Villa Clara (Cuba)

3. Baia do Sancho, Fernando de Noronha (Brasil)

4. Grace Bay, Ilhas Turks e Caïques (Território ultramarino britânico)

5. Saint Pete Beach, Florida (Estados Unidos)

6. Turquoise Bay, Exmouth (Austrália)

7. Eagle Beach Palm, Aruba (Território autônomo neerlandês)

8. Plage des lapins, Lampedusa, Sicília (Itália)

9. Ka'anapali Beach, Hawaïi (Estados Unidos)

10. Baía dos Golfinhos, Praia de Pipa, Rio Grande do Norte (Brasil)

11. Plage de Cofete, Morro del Jable (Espanha)

12. Varadero Beach, Varadero (Cuba)

13. Praia de Falésia, Olhos de Água (Portugal)

14. Maho Bay, Beach Cruz Bay, Ilhas Virgens Britânicas

15. Seven Mile Beach, Negril (Jamaica)

16. La Concha Beach, Saint-Sébastien (Espanha)

17. Playa Norte, Isla Mujeres (México)

18. Seven Mile Beach, Grand Cayman, (Território ultramarino britânico)

19. Bavaro Beach, Bavaro (República Dominicana)

20. Bournemouth Beach, Bournemouth (Inglaterra)

Baía do Sancho, Fernando de Noronha. Foto: site 
http://www.noronha.pe.gov.br/turRoteiros.php