O antigo navio oceanográfico da USP “Professor W. Besnard” escapou do desmanche e parece que há um futuro digno para ele, afinal a embarcação tem uma rica e inestimável história.
Fiz
algumas reportagens a bordo do histórico navio oceanográfico da USP “Professor W.
Besnard” e em duas ocasiões houve situações inusitadas nos bastidores dos fatos.
Uma delas aconteceu numa cerimônia que reuniu reitor, professores e pesquisadores
do Instituto Oceanográfico e autoridades de Santos. O Capitão dos Portos do
Estado de São Paulo, entretanto, estava atrasado. O distinto grupo, que incluía
algumas professoras, foi levado para uma saleta. Eu resolvi ficar no convés enquanto
o fotógrafo aproveitou a ocasião para fazer fotos da embarcação. Encostada na
amurada perto da escada, observava o cais quase vazio quando chegou o carro
preto oficial e o Capitão dos Portos desceu acompanhado do ordenança. Numa
falha de protocolo, não havia ninguém aguardando a autoridade – o capitão caminhou
para a escada com a confiança de seu cargo. Continuei no meu posto. É admirável
o uniforme dos oficiais da Marinha – eles vestem branco dos pés à cabeça, um
branco que chega a brilhar e qualquer coisa chama atenção. E no caso dele foi o
zíper das calças aberto. Algo que pode acontecer com qualquer pessoa, mas embaraçoso.
Não me senti nem um pouco animada para avisá-lo e, como o ordenança vinha atrás,
ele entrou na saleta se achando todo garboso. Eu fui procurar o fotógrafo e não
sei quem avisou o capitão do descuido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário