TRÊS LOIRAS INESQUECÍVEIS
Os homens, realmente, preferem as loiras? Não importa qual seja a
preferência mundial, o fato é que, no século passado, um punhado de atrizes
louras (falsas ou verdadeiras) incendiaram as telas do cinema norte-americano. Uma das mais famosas foi Mae West
(1893-1980), que se notabilizou também pelas frases maliciosas (para a época) tanto
em roteiros de cinema e textos teatrais e como em entrevistas. O sucesso só
aconteceu em 1932, quando ela estava com 39 anos! Era baixinha (1m56) e
gordinha, mas nada disso impediu que ela se tornasse o maior sucesso de
Hollywood. Ou melhor, uma lenda sexual. Lenda porque na vida privada era recatada. As
fantasias sexuais que alimentava o público eram baseadas numa aparência falsa:
o busto e os quadris de 110 cm eram à base de enchimentos. O jornalista Ruy Castro
conta, na biografia da atriz, que o segundo filme dela (“Uma loira para três”) salvou a
Paramount Pictures da falência e no terceiro (“Uma dama do outro mundo”), o furacão
Mae West escreveu o roteiro, escalou o galã e dirigiu o diretor nas sequências
em que aparecia. Deixou o cinema aos 50 anos, mas continuou trabalhando até que
em 1970 participou de “Homem e mulher até certo ponto”, com Raquel Welch, Farrah
Fawcett e John Houston.
Jean Harlow (1901-1936) foi outra loira que fez a cabeça das audiências
mundo afora. Começou no cinema em 1930 (“Anjos
do Inferno”), mas o sucesso só começou em 1932, quando filmou “Terra das
Paixões”, dirigido por Victor Fleming. Logo, tornou-se uma estrela reconhecida mundialmente;
entretanto, na vida pessoal não teve tanta sorte: teve escarlatina na
adolescência, casou-se cedo com um empresário, mas logo divorciou-se. O segundo
casamento, em 1932, não se consumou porque o marido, Paul Bern (1889-1932),
produtor da MGM, era impotente e se suicidou dois meses depois. O terceiro
casamento em 1933 também não deu certo e a atriz se divorciou oito meses
depois. Em 1937, Jean Harlow adoeceu durante as filmagens de “Saratoga” e faleceu
dias depois vítima de nefrite aguda. Apesar da morte prematura, Jean Harlow fez
cerca de 40 filmes e ainda escreveu um livro (“Today is tonight”) que só foi publicado em 1965.
A terceira bombshell blond norte-americana é Norma Jean (1926-1962), que, aliás,
era morena. Para quem não lembra ou não sabe, trata-se de Marilyn Monroe. Cresceu
em lares adotivos e orfanatos; casou-se aos 16 anos e aos vinte já estava
divorciada. Durante a II Guerra Mundial trabalhava em uma fábrica, quando conheceu
um fotógrafo, se tornou modelo e logo conseguiu pequenos papeis em filmes até
que no inicio da década de 1950 alcançou o estrelato. Se
nas telas os personagens de Marylin sempre (ou quase) encontravam o príncipe
encantado, na vida real a beleza e a sensualidade não lhe garantiram
felicidade. Casou-se com Joe Dimaggio (1914-1999) e depois com Arthur Miller (1915-2005)
– o primeiro, uma lenda do basebol, e o segundo, premiado dramaturgo. Morreu aos
36 anos, quando era amante do presidente John Kennedy (1917-1963), vítima de
uma overdose de barbitúricos – um assunto que não se esgota. Gosto de me lembrar
dela em “Quanto mais quente melhor”, “Bus
stop”, “Os desajustados” ou “O Pecado mora ao lado”.
Um
fato curioso é que a carreira destas três louras durou uma década, mas elas
prosseguem bem vivas na memória dos fãs de cinema.
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