quinta-feira, 7 de novembro de 2024

CHOVE

 


Eu insisto em não carregar guarda-chuva. Estava na Vila Madalena, quando a chuva começou. Consegui uma carona de guarda-chuva até o ponto de ônibus mais próximo: Barra Funda, onde desci e peguei o ônibus para Ana Rosa... Há muito tempo não enfrentava os problemas de trânsito em dia chuvoso em Sampa. Lá fora a chuva continua animada. E aqui dentro também. Já troquei de banco duas vezes. A vedação de algumas janelas é precária. No primeiro ônibus, uma senhora reclama porque tiraram o guarda-chuva da bolsa dela, mas bastou uma ligação para descobrir que foi a filha. A menina e os passageiros ouviram toda a indignação da mãe, que estava indo trabalhar. O segundo ônibus rendeu uma enxurrada de palavrões de dois estudantes atrasados para uma prova – se for teste de bom comportamento, zero para a dupla. Vejo lá fora a Casa das Rosas entre os pingos de chuva pendurados nas janelas. Logo estarei em casa.


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