Cresci
ao lado de uma ótima papelaria – a "1001".
Isso muito antes que a
agência McCann Erickson lançasse na década de 1970 a peça publicitária
da lã de aço mais famosa do Brasil. Era lá que o meu material escolar era
comprado. Havia ainda a Papelaria e Tipografia Reis. Tenho certeza de que não
eram as únicas de Santos, mas é delas que me lembro bem.
Aqui em São Paulo conheci algumas ótimas, como
a Papelaria Rosário, na Rua Xavier de Toledo no Centro Histórico, que
infelizmente fechou em 2024. Outra que fechou funcionava no Conjunto Nacional,
ao lado da Li
vraria Cultura. A Papelaria Umabel, na Rua Cristóvão Colombo,
agora vende mochilas, e a Papelaria Estadão, no Viaduto Nove de Julho, resiste.
Eu sempre senti grande atração pelas papelarias onde ia comprar lápis, tinta
para as canetas tinteiro – só usei canetas esferográficas quando fui trabalhar
no jornal –, fita para máquina de escrever, papel carbono, crepom, manteiga, de
seda branco ou colorido (ah! os tempos de balões!). E as caixas de lápis de cor?
No ônibus a caminho do Centro Histórico me
lembrei de duas pequenas papelarias pertinho da Sé; porém, como é sábado, não
me preocupei em descer lá. Fiquei pela Rua Boa Vista, mas decidi atravessar o
Anhangabaú e resolvi entrar no Shopping Light. Com tantas lojas, tudo é
possível. Dito e feito! E achei logo no térreo – papelaria e livraria. Passei
um bom tempo por lá procurando cartões e vendo as novidades da papelaria. Os
cartões foram frustrantes: todos com mensagens descartáveis, óbvias, infantis... Alguns até bonitos, mas nenhum com o interior em branco para que se escreva a própria mensagem.
O que me chamou atenção foi a prateleira do material escolar: Na parte de cima, um objeto denominado “Caderno Argolado”, cheio de parangolés. Ora, ora vejam só! Lembrei-me com saudade do meu fichário, que me acompanhou no curso ginasial.
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