terça-feira, 29 de julho de 2025

A COBERTURA DO SHOPPING LIGHT

 

Ao fundo do lado direito, o prédio do antigo Othon Palace Hotel e o Edifício Matarazzo com o jardim suspenso.


Creio que nunca a meteorologia foi tão popular. Há algum tempo surgiu a possibilidade se “seguir” pessoas e sites e sei mais lá o quê. Tempos atrás seguir alguém era um caso de importunação; porém, de uns tempos para cá virou moda. Confesso que não sigo nada nem ninguém. Comento isso porque praticamente todas as pessoas que encontro me informam sobre as condições do tempo para amanhã, para o final de semana ou do mês, o que me leva à conclusão que “seguem” algum site meteorológico. Sem contar meu computador que, sem ser consultado, exibe na barra inferior, a temperatura do momento. No aparelho de TV, o Google exibe a hora e a temperatura. A Defesa Civil faz um bom trabalho, alertando sobre tempestades e enchentes.

Abro a janela e lá está um céu azul, um ventinho gelado... Irei visitar a cobertura do Shopping Light (Rua Coronel Xavier de Toledo, 23), porque ontem, passando por lá, vi a placa com o convite para a visita, mas não quis esperar até o meio-dia, hora em que começam a funcionar o elevador histórico (pantográfico) e o restaurante (considerado por dois anos consecutivos como o melhor de São Paulo pela revista VEJA).

Fiz um caminho diferente da Sé para o Anhangabaú – via Rua Benjamin Constant, que está com as entranhas abertas – trabalhadores trocam encanamento e fiação do subsolo. Paro para um cafezinho amigo na Líbero Badaró antes de atravessar o viaduto. Como ainda faltam cinco minutos para meio-dia vejo algumas vitrines no shopping.

No hall do elevador estranhei muito a fila para ir à cobertura, mas descobri que o pessoal ia mesmo para o quinto andar, espaço gastronômico do shopping. Pensei com meus botões que teria sido mais rápido se eles tivessem usado as escadas rolantes.

Enquanto aguardo o elevador, vejo a placa pedindo aos passageiros paciência com a demora porque, afinal, o equipamento tem 96 anos. Que ninguém se espante com a idade dele, pois funciona muito bem. Apenas as luzes do mostrador dos andares por onde ele passa não funciona, o que deixaria Mr. Mackenzie aborrecido, já que ali era a sede e ele diretor da poderosa The São Paulo Tramway, Light and Power Co. Ltd., responsável pelo fornecimento de energia da cidade.

Desembarquei em um hall muito elegante, atendida por uma jovem simpática e fui até a varanda ver a paisagem urbana. Não me surpreendi muito com o fato de já ter visto cenários mais bonitos do centro da cidade – como o que oferece o Edifício Matarazzo, logo ao lado, com seu jardim suspenso; ou do alto do Sampaio Moreira na Rua Boa Vista ou ainda do prédio Martinelli na esquina da São João com São Bento. Basta olhar da Praça Ramos para observar que o Edifício Alexandre Mackenzie, inaugurado em 1929, está ladeado por prédios mais altos e modernos tanto do lado da Rua Xavier de Toledo quanto do lado da Praça do Patriarca. Ele tem nove andares e cinquenta metros de altura – o CBI Esplanada em frente tem 31 andares e 110m de altura.

Como a visita não demorou muito e o sol estava agradável caminhei até a Avenida São Luís para pegar condução. Foi um ótimo início de tarde.

Ah! O acesso ao restaurante da cobertura é pela Rua Formosa, 157. Tem estacionamento.

Vista da Praça do Patriarca.






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