Creio
que nunca a meteorologia foi tão popular. Há algum tempo surgiu a possibilidade
se “seguir” pessoas e sites e sei mais lá o quê. Tempos atrás seguir alguém era
um caso de importunação; porém, de uns tempos para cá virou moda. Confesso que
não sigo nada nem ninguém. Comento isso porque praticamente todas as pessoas
que encontro me informam sobre as condições do tempo para amanhã, para o final de
semana ou do mês, o que me leva à conclusão que “seguem” algum site
meteorológico. Sem contar meu computador que, sem ser consultado, exibe na
barra inferior, a temperatura do momento. No aparelho de TV, o Google exibe a
hora e a temperatura. A Defesa Civil faz um bom trabalho, alertando sobre tempestades
e enchentes.
Abro
a janela e lá está um céu azul, um ventinho gelado... Irei visitar a cobertura
do Shopping Light (Rua Coronel
Xavier de Toledo, 23), porque ontem, passando por lá, vi a placa
com o convite para a visita, mas não quis esperar até o meio-dia, hora em que começam
a funcionar o elevador histórico (pantográfico) e o restaurante (considerado
por dois anos consecutivos como o melhor de São Paulo pela revista VEJA).
Fiz
um caminho diferente da Sé para o Anhangabaú – via Rua Benjamin Constant, que
está com as entranhas abertas – trabalhadores trocam encanamento e fiação do
subsolo. Paro para um cafezinho amigo na Líbero Badaró antes de atravessar o
viaduto. Como ainda faltam cinco minutos para meio-dia vejo algumas vitrines
no shopping.
No
hall do elevador estranhei muito a fila para ir à cobertura, mas descobri que o
pessoal ia mesmo para o quinto andar, espaço gastronômico do shopping. Pensei
com meus botões que teria sido mais rápido se eles tivessem usado as escadas
rolantes.
Enquanto
aguardo o elevador, vejo a placa pedindo aos passageiros paciência com a demora
porque, afinal, o equipamento tem 96 anos. Que ninguém se espante com a idade
dele, pois funciona muito bem. Apenas as luzes do mostrador dos andares por
onde ele passa não funciona, o que deixaria Mr. Mackenzie aborrecido, já que
ali era a sede e ele diretor da poderosa The São Paulo Tramway, Light and Power Co. Ltd., responsável
pelo fornecimento de energia da cidade.
Desembarquei
em um hall muito elegante, atendida por uma jovem simpática e fui até a varanda
ver a paisagem urbana. Não me surpreendi muito com o fato de já ter visto cenários
mais bonitos do centro da cidade – como o que oferece o Edifício Matarazzo,
logo ao lado, com seu jardim suspenso; ou do alto do Sampaio Moreira na Rua Boa
Vista ou ainda do prédio Martinelli na esquina da São João com São Bento. Basta
olhar da Praça Ramos para observar que o Edifício Alexandre Mackenzie,
inaugurado em 1929, está ladeado por prédios mais altos e modernos tanto do lado da Rua
Xavier de Toledo quanto do lado da Praça do Patriarca. Ele tem nove andares e cinquenta
metros de altura – o CBI Esplanada em frente tem 31 andares e 110m de altura.
Como
a visita não demorou muito e o sol estava agradável caminhei até a Avenida São
Luís para pegar condução. Foi um ótimo início de tarde.
Ah!
O acesso ao restaurante da cobertura é pela Rua Formosa, 157. Tem
estacionamento.
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