sexta-feira, 25 de julho de 2025

IVANHOÉ E ROBIN HOOD

 

Estou na fase de amenidades. Ontem assisti ao filme americano Ivanhoé, o Vingador do Rei (1952), uma adaptação do romance de Sir Walter Scott (1771-1832), que li na adolescência. A direção foi de Richard Thorpe (1896-1991). No elenco encabeçado por Robert Taylor (1911-1969), tem Elizabeth Taylor (1932-), no frescor dos seus 20 anos, mas ainda uma atriz imatura. A experiente John Fontaine (1917-2013) parece mais a mãe aborrecida com o namoro da filha do que a noiva enciumada.

Dizem que Walter Scott foi quem criou o romance histórico – ou seja, usou elementos da história inglesa recheados de paixões e intrigas. No caso, a época é o século XII. A Inglaterra era governada por João Sem Terra, irmão do rei Ricardo I, mais conhecido como Ricardo Coração de Leão. Ricardo, após participar da III Cruzada (1189-1182), no retorno para casa, foi sequestrado pelo rei Leopoldo da Áustria que o manteve preso. O romance (e o filme) trata apenas do episódio do resgate – Ivanhoé em busca de Ricardo, já considerado morto, o encontro do monarca e a luta para levantar a quantia exorbitante estipulada para sua libertação. O filme mostra os cavaleiros medievais em justas – competições em arenas (liças), e torneios munidos de lanças bem animados. Tudo promovido pelo João Sem Terra e seus acólitos. 

Ivanhoé é um personagem lendário e, quanto ao rei Ricardo verdadeiro, ele pouco se importou com o fato de que a Inglaterra foi à bancarrota para pagar o seu resgate, pois logo em seguida atravessou o Canal Inglês para cuidar de interesses ingleses na Normandia (França) e nunca mais retornou - o que o filme não conta. É um bom filme para diversão e, quem sabe, despertar o interesse de alguém por História  a real é bem diferente. Assisti à série feita para TV (1958) estrelada por Roger Moore (1927-2017).


                                  

Ontem, foi a vez de outro “capa e espada”: As Aventuras de Robin Hood (1938), que recebeu três Oscar – melhor trilha musical original, melhor direção de arte e melhor edição de filme. Errol Flynn interpretou Robin e Olivia de Havilland, Lady Marian; a direção ficou primeiro com William Keighley, logo substituído por Michael Curtiz. As cenas das batalhas entre os nobres e os plebeus são muito boas. O arqueiro responsável pelos lançamentos foi Howard Hill (1899-1975), o maior profissional de arco e flecha de sua época. Ele interpretou o capitão dos arqueiros derrotado por Robin Hood, que consegue partir uma flecha ao meio. Em tempos de fantásticos efeitos especiais é bom saber que, na verdade, foi Hill quem realizou a proeza. A cena foi feita em apenas uma tomada! Um ótimo entretenimento.  Acima o arqueiro Howard Hill.


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