Estou
na fase de amenidades. Ontem assisti ao filme americano Ivanhoé, o Vingador
do Rei (1952), uma adaptação do romance de Sir Walter Scott (1771-1832),
que li na adolescência. A direção foi de Richard Thorpe (1896-1991). No elenco
encabeçado por Robert Taylor (1911-1969), tem Elizabeth Taylor (1932-), no
frescor dos seus 20 anos, mas ainda uma atriz imatura. A experiente John
Fontaine (1917-2013) parece mais a mãe aborrecida com o namoro da filha do que
a noiva enciumada.
Dizem
que Walter Scott foi quem criou o romance histórico – ou seja, usou elementos
da história inglesa recheados de paixões e intrigas. No caso, a época é o
século XII. A Inglaterra era governada por João Sem Terra, irmão do rei Ricardo
I, mais conhecido como Ricardo Coração de Leão. Ricardo, após participar da III
Cruzada (1189-1182), no retorno para casa, foi sequestrado pelo rei Leopoldo da
Áustria que o manteve preso. O romance (e o filme) trata apenas do episódio do
resgate – Ivanhoé em busca de Ricardo, já considerado morto, o encontro do
monarca e a luta para levantar a quantia exorbitante estipulada para sua
libertação. O filme mostra os cavaleiros medievais em justas – competições em
arenas (liças), e torneios munidos de lanças bem animados. Tudo promovido pelo
João Sem Terra e seus acólitos.
Ivanhoé é um personagem lendário e, quanto ao rei Ricardo verdadeiro, ele pouco se importou com o fato de que a Inglaterra foi à bancarrota para pagar o seu resgate, pois logo em seguida atravessou o Canal Inglês para cuidar de interesses ingleses na Normandia (França) e nunca mais retornou - o que o filme não conta. É um bom filme para diversão e, quem sabe, despertar o interesse de alguém por História – a real é bem diferente. Assisti à série feita para TV (1958) estrelada por Roger Moore (1927-2017).
Ontem,
foi a vez de outro “capa e espada”: As Aventuras de Robin Hood
(1938), que recebeu três Oscar – melhor trilha musical original, melhor direção
de arte e melhor edição de filme. Errol Flynn interpretou Robin e Olivia de Havilland,
Lady Marian; a direção ficou primeiro com William Keighley, logo substituído
por Michael Curtiz. As cenas das batalhas entre os nobres e os plebeus são
muito boas. O arqueiro responsável pelos lançamentos foi Howard Hill (1899-1975),
o maior profissional de arco e flecha de sua época. Ele interpretou o capitão
dos arqueiros derrotado por Robin Hood, que consegue partir uma flecha ao meio.
Em tempos de fantásticos efeitos especiais é bom saber que, na verdade, foi
Hill quem realizou a proeza. A cena foi feita em apenas uma tomada! Um ótimo entretenimento.
Acima o arqueiro Howard Hill.
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