Embora não creia em assombração,
gosto de filmes de ou com fantasmas. Procurando o que ver, chamou-me atenção “A
Dama Fantasma” (1944), com Ella Raines e Franchot Tones, e dirigido por Robert
Siodmak (1900-1973), um cineasta americano de origem alemã que se destacou e
fez sucesso nos anos de 1940 com filmes noir. Três ilustres desconhecidos para
mim, mas eis que o quarto nome da lista foi uma grande surpresa: Aurora
Miranda, a irmã de Carmen Miranda para quem não sabe. Resolvi assistir ao filme
e, sinceramente, não achei lá grande coisa. A história é bem fraca: um homem
casado entra num bar e convida uma estranha, mulher muito bonita e que usa um
chapéu exótico, para beber, mais tarde vão a um show, em que a estrela é Aurora
Miranda.
Ele se despede de desconhecida, que se recusa a dizer o nome e, quando
ele chega apartamento, encontra a esposa morta. Nas investigações que se
seguem, ele é o único suspeito. Levado a julgamento, é condenado à morte. O
resto é infindável. Aurora imita Carmen – nas roupas e nos trejeitos, claro que
faz papel de uma cantora sul-americana, Estela Monteiro, e encaixa em suas
falas algumas palavras em Português.
O ator Elisha Cook Jr. (1903-1995) interpreta um baterista e tem uma
participação muito boa no filme. Ele foi um ator que trabalhou em grandes
filmes (“O Falcão Maltês”, “Big Sleepy”, “Shane”, “O Bebê de Rosamary” entre
tantos outros), quase sempre como um suspeito ou culpado mesmo e quase sempre
morre no fim.
Ilustrações: Cartaz do filme, Aurora Miranda e Elisha Cook Jr.
Filme assistido no CANAL LIVRE.



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