sábado, 1 de julho de 2017

O PRIMEIRO EDITORIAL
PARA SERVIR
Cada jornal que se abre há de ser, pelos próprios objetivos da imprensa, uma trincheira a mais na defesa da dignidade do homem e das instituições por ele criadas para garantia da vida comum, na paz e no entendimento, assim como daquelas outras instituições que, transcendendo o humano, refletem e guardam as mensagens e o exemplo deixado por Deus na terra.
Assim se explica havermos colocado junto ao nome deste jornal, para que diariamente penetre, com ele, todos os olhos e alcance todos os corações, o brasão da altiva e generosa cidade de Santos, que justamente se orgulha de sua tradição de ensinar não apenas o amor pela pátria, mas também a grande virtude da caridade.
CIDADE DE SANTOS chega para, em harmonia com os demais que sobre seus ombros tomaram o alto mister do jornalismo no grande porto do café, assim como em todas as áreas que com ele formam a grande metrópole os frutos primordiais da Imprensa, que são, conforme consagrou sua Santidade o Papa Paulo VI, a informação e formação.
Forcejaremos para que o jornal que agora se apresenta à ordeira e laboriosa população santista esteja à altura daquelas tradições que o emblema do município ressalta. A informação imparcial, o comentário sereno, a total independência, a preocupação de ajuntar aos fatos o complemento cultural que contribua para o aperfeiçoamento intelectual, a certeza de que nossas portas e colunas estarão abertas ao diálogo, o empenho em dar à notícia de Santos a divulgação que ela merece, a férrea disposição de defender a justiça social – eis um pouco da matéria-prima de que será feita a CIDADE DE SANTOS.
Contamos, para isso, com o apoio dos leitores, das grandes massas de trabalhadores e dos empresários, veículo que o jornal dos interesses das mensagens de uns e outros. Juntos, haveremos de servir à Pátria e ajudar os homens na sementeira do Amor, a grande força construtiva.

ACERTOS PARA VENCER. Superado o impacto de lançamento, a tiragem do jornal não cresceu por causa dos limites de encalhe. A rotina editorial envolvia denúncias de descalabros na Prefeitura de Santos, de corrupção, especialmente nas empresas públicas e nos postos de gasolina, sem contar golpes imobiliários como o que resultou na grilagem de parte da praia do José Menino, divisa com São Vicente. Todo esse cenário era apresentado ao leitor com a criatividade gráfica de Fraterno.
A tiragem era realmente baixa, apesar do esforço dos repórteres e colunistas. Frias e Caldeira cobravam resultados de Aggio Jr.; Adolfo (Circulação) e de Pires (Publicidade) o pressionavam. “Precisávamos descobrir o que estava acontecendo, pois, teoricamente, tínhamos tudo para crescer.” Diante do problema o triunvirato foi às ruas pesquisar. Freddi, Adolfo e Ággio Jr. ouviram leitores, não leitores e, principalmente, jornaleiros – os que escutam o leitor em primeira mão. E foi uma portuguesa, dona de uma das principais bancas da cidade, quem elucidou o enigma. “Ela apontou para um exemplar do jornal pendurado na banca e, com linguajar rude e direto, proclamou: ‘É vonitinho, mas ordinário. Não tem letras, só vranco. E vranco ninguém lê’.”
Eles voltaram para a Redação e tentaram mostrar a realidade a Fraterno Vieira. Inutilmente. Com muito custo extraíram dele uma pequena alteração nas páginas internas, mas nada de alterar a cara do jornal. A verdadeira modificação aconteceria algum tempo depois, após uma crise interna provocada por Fraterno e que resultou na saída dele. Horley e Torres assumiram a responsabilidade de mudar a apresentação do jornal a partir das próprias concepções gráficas, com resultados positivos nas vendas.

Mais tarde dois profissionais de peso deixaram A Tribuna para se juntar ao novo periódico: o cronista esportivo DE VANEY e o chargista J. C. LÔBO.
ALGUNS FATOS RELEVANTES
#Esmeraldo Soares Tarquínio de Campos Filho, ou simplesmente Esmeraldo Tarquínio (1927-1982) teve uma participação importante na vida do jornal CIDADE DE SANTOS. Flávio Ribas conta que as eleições municipais de 1968 se aproximavam e Sérgio Paulo Freddi tentava em vão conversar com Carlos Caldeira Filho para definir a linha de atuação do jornal. Flávio cobria Porto, onde encontrou Caldeira se preparando para embarcar para Buenos Aires; quando Freddi soube, foi com Flávio para o local de embarque. “Oportunidade única para discutir o assunto e levantar a questão do apoio à candidatura de Esmeraldo Tarquínio, que era deputado estadual. Caldeira esquivou-se, embora Freddi insistisse numa resposta direta. Ele só repetia – ‘eu não vou dizer nada’.” Flávio traduziu a situação: “ele quer dizer que não vai interferir, deixou-nos livres para agir”.
O jornal apoiou a candidatura de Esmeraldo Tarquínio, que se elegeu prefeito com 42.210 votos (39,5% dos votos válidos) em 15 de novembro de 1968. Na edição de 18 de novembro o CIDADE DE SANTOS publicou a biografia do novo prefeito de Santos. Em 13 de dezembro foi baixado o Ato Institucional nº 5 que enrijeceu ainda mais a ditadura. Quase um mês antes da posse Esmeraldo Tarquínio teve seus direitos políticos cassados. O vice-prefeito Oswaldo Justo (1923-2003), solidário ao parceiro político, renunciou. Santos foi declarada “área de interesse da segurança nacional” e perdeu a autonomia que só reconquistaria em 1984.
# Flávio Ribas conta que no final da tarde de 15 de novembro, ele e Ággio Jr. estavam na redação, quando souberam que um amigo do jornal bancara uma pesquisa de boca de urna e o resultado indicava a vitória de Esmeraldo Tarquínio. O trabalho fora realizado pelo Instituto Gallup, que estava se instalando no Brasil. “O contrato era bastante rigoroso e incluía o sigilo sobre a autoria da pesquisa que não poderia sequer ser vendida” – lembra Flávio. Os dois ficaram entusiasmados, pois seria uma matéria e tanto. O jornal assumiria a autoria da pesquisa, entretanto, havia a questão da legalidade. Eram tempos sombrios. Flávio consultou o juiz eleitoral Antônio Carlos Marcondes de Moura, que não viu problema legal na publicação, porque a lei só proibia a divulgação de pesquisas de opinião no período anterior à eleição e, assim, do ponto de vista dele podíamos publicar o resultado da boca de urna. “No dia seguinte, publicamos o resultado e, como dizia a manchete do domingo, 17 de novembro “acertamos em cheio, não apenas na ordem dos candidatos, mas ainda – veja bem – na proporção dos números.”
#O general Osman Ribeiro de Moura fazia parte da diretoria do Santos Futebol Clube por volta de 1970. O time alvinegro passava por uma fase difícil e os jogadores e a torcida estavam descontentes. E naturalmente o assunto era tema de A TOCA, coluna assinada por Rubens Fortes (ERRE). O general reclamou para os diretores da empresa, que deram ordem para o editor Alci de Souza não publicar mais críticas ao general. Alci ignorou e foi demitido. Erre soube apenas no dia seguinte quando não o encontrou; consultou Paulo Vergara que apenas informou que Alci estava de féria e ele deveria continuar escrevendo A TOCA. Erre pediu demissão e informou ao diretor que só voltaria quando Alci retornasse.
 #CUBATÃO sempre mereceu atenção do jornalismo combativo do CS. A cidade sofreu os efeitos devastadores do crescimento econômico a todo custo que lhe deu notoriedade internacional como o vale da morte. A equipe sempre esteve lá encarando as denúncias do chamado CASO RHODIA, que se tornou um dos mais escandalosos casos de poluição ambiental do mundo (ONU). A empresa francesa produzia em Cubatão o famoso “pó da china”,altamente tóxico e que contaminou centenas de trabalhadores.
#Ninguém se intimidou com a maior epidemia de meningite que assolou o país entre 1970 e 1973 e na Baixada mereceu a cobertura correta, apesar da pressão do governo para “amenizar” a situação com a desculpa de evitar pânico da população, sempre cobrando das autoridades ação contra o avanço da doença.
#O problema ambiental no Litoral foi levantado pela Secretaria Especial do Meio Ambiente em abril de 1974, quando o secretário Paulo Nogueira Neto afirmou que as praias de Santos estavam tão poluídas que ele cogitava pedir a sua interdição por dois anos, em defesa da saúde pública.
#No ano seguinte, testes de laboratório revelaram a presença de 790.000 unidades de organismos coliformes para cada 100 milímetros de água das praias do Gonzaguinha, muito acima dos parâmetros aceitáveis de balneabilidade. Ao contrário de Antonio Manuel de Carvalho, o prefeito de São Vicente Jorge Bierrenbach Senra (1924-?) reconheceu a situação, interditou a praia e afixou placas de alerta aos banhistas. Data: dezembro de 1975 e janeiro de 1976.
#DE VANEY lançou em 1976 o livro “A verdade sobre Pelé: as fantasias, os exageros, o mito e a história de um desertor” (Editora Ypiranga). A obra foi resultado da indignação do cronista esportivo com recusa de Pelé de participar da Copa do Mundo de 1974. O livro, que teve uma tiragem de quatro mil cópias, foi posto a venda em bancas, mas recolhido duas semanas depois sem nenhuma explicação. Nem mesmo para o autor. É considerado obra rara.

FUNCIONÁRIOS
Infelizmente, não temos a lista completa dos funcionários do jornal CIDADE DE SANTOS. Lamentamos também que muitas pessoas lembradas apareçam sem o sobrenome ou citadas pelo apelido. Agradecemos àqueles que nos ajudarem a preencher essas lacunas, pois todos foram muito importantes para a história desse bravo matutino santista. 

Abissair ROCHA, ADALBERTO Marques, ADALGISA, ADEMIR Barbosa, ADILSON, ADOLFO Moreira, Adriano Neiva da Motta e Silva DE VANEY, AGUINALDO, AÍLTON Pereira Leal, ALBANO, ALBERONI, Alberto Pereira de NÓBREGA, Alberto WITKOWSKI, ALCI Souza, Alcides de Moura TORRES, ALCÍDIO Lima Barbosa, ALEXANDRE Elias, ÁLVARO Carvalho Jr., ANA MARIA Sachetto, ÂNGELA Gouvêa, Ângelo Mário Costa TRIGUEIROS, Antônio AGGIO Jr., Antonio Carlos MAGALHAES, Antonio Carlos SCHIAVETO, Antonio Cláudio Soares BONSEGNO, ANTONIO FERNANDES Conceição, Antonio Marques FIDALGO, Antonio MOREIRA, Antonio TADEU Afonso, ARAQUÉM Alcântara, Argemiro Pereira DE PAULA; ARYLCE Cardoso Tomaz, ARLETE, ARLETE Villani, ARLINDO Piva, ARMANDO, Armando AKIO, ARMANDO Gonçalves, AUGUSTO de Freitas, AURÉLIO, ÁUREO da Silva, AURORA Lanzilotti, BENALVA Vitório, BENEDITO Cubas, BERNARDINO, BERTIM (SP), Carlos Alberto MANENTE, Carlos Antonio Guimarães de SEQUEIRA, Carlos Augusto CALDEIRA, Carlos Bastos de CASTRO, Carlos CALDEIRA FILHO, Carlos Eduardo FELICIANO, Carlos Eduardo Souza Pires, Carlos MAURI Alexandrino, Carlos NOGUEIRA, Carlos PIMENTEL, Carlos SIQUEIRA, CÁRMINE Orival Francisco, Catarina Caldeira, KATUCHA, CATARINA Vitória La Terza Penna, CÁTIA Ribeiro de Castro, CÉLIA Maria Salgado Seoane, CELSO Bertoli, Celso Bispo, Cesar Augusto FRAGATA, Ciro Lizita, CLÁUDIA Fortes, Cláudio --- PIU-PIU, Cláudio Araújo VAGAREZA, CLÁUDIO Reis, Cláudio RODRIGUES, CLÉA Noronha Reis, CLEINALDO Simões, CLÉOFE Valentim Monteiro, CORIOLANO Carrião Garcia, CORNÉLIO Lima Filho ,CRISTINA  morena, Cristina Guedes; DALMO Pessoa (SP), DARCY – repórter; DEGENAL dos Santo, DELEGADO motorista, DEMIR Triunfo, DENISE Chagas Lima, DIRCEU Fernandes Lopes, DOGIVAL Vieira dos Santos , EDGAR Falcão, EDNA Franklin de Andrade Gimenez, Edson Carpentieri, EDSON Paes de Mello, EDUARDO Leite,  ELAINE Luna, ELAINE Sabóia, ELIANA Pace,  ELIZABETE telefonista, ELIZABETH Miller Melo, EMANUEL LEON, ENEIDA Barreto, ERALDO Silva, ERASMO Emídio de Luna, ERCÍLIA Pouças Feitosa, Ernesto PAPA, ERNESTO Teixeira do Nascimento, ERON Brum, EUNICE Benfica, EUNICE Tomé, Eymar José MASCARO, Fátima Francisco, FEIJÃO, FERNANDO Antonio Queiroz, Fernando Toledo ALLENDE, FLÁVIO GAZETINHA Coelho Ribas, FLÁVIO Roberto Alves, FRANCISCO – motorista, FRANCISCO Aloise, Francisco LA SCALA, Francisco Lopes Rúbio, Francisco M. Sanchez Filho (CHIQUINHO), FRATERNO Vieira, Gabriel TRANJAN Neto, GASPAR–SP, GEANDRÉ, GERALDO Stevanato, GILSON Miguel, GISELDA Bras, GISELDA Tozzi, GLÓRIA Zélia Gontijo Peres, GOULART, GUARACI, HAMILTON Iozzi, HÉLDER Marques, HELOÍSA Coimbra, HÉRCULES Amorim de Góes, HILDA Pereira Prado de Araújo, HILDEBRANDO, HORLEY Antonio Destro, ILDO, INEIDE Di Renzo, INÍVIO Borda, IRANDI Ribas, IRENE Ventura, IRINEU, IRINEU Bardi, ISALTINO Oliveira, ISMAEL, ITAMAR Felício Miranda, IVÃ (SP), IVANI Julião, J. C. LÔBO, J. MUNIZ Jr., J. ZUZARTE Reis, JACIRA Otaviano, JOÃO BATISTA Macedo Mendes Neto, João Carlos MARADEI, JOÃO Gonçalves, João Marcos RAINHA, João Moreira SAMPAIO Neto, JOÃOZINHO – Office- boy, JÓBSON Bérgamo de Barros, JORGE Reed, José Alberto de Moraes Alves BLANDY, José Alberto Pereira SHEIK, José Carlos HERÉDIA, José Carlos Lôbo – J.C LÔBO, JOSÉ CARLOS Rodrigues, José Carlos SILVARES, José DOUGLAS Pereira Pinto, José ESCANDON, José GUIDO Fré, José Luís LOUZADA, Luiz MASCARENHAS JACARÉ, José MEIRELLES Passos, José Roberto FIDALGO, José Roberto PASCHOALINI, José TADEU Alonso, JUAREZ (SP), JÚLIO César, KIKO Penteado Caldas, LENINE Severino, LÍDIA Matos, LÍDIA Maria Mello, LILIAN Garcia, LIZETE, LUDOVICO Labruna, LUIGI Bongiovanni, Luis Carlos de ASSIS, Luiz Antonio Maria FIGUEIREDO, LUIZ CARLOS (SP), Luiz Carlos Ferraz, Luiz Carlos PECE, Luiz ESCANDON, LUIZ Marques, Luiz SÉRGIO Silveira BARRERA,MANUEL Fernandes, MARCELO Cotrim, Marcelo Fernandes CASCIONE, Márcia AMAZONAS, MARCÍLIO Araújo, Marco Antonio DAMY Castro, Marcos LEOMIL, MARIA ALICE Peres, Maria Amélia Krause TITA, Maria APARECIDA de Oliveira, Maria CECÍLIA de Sá Porto, Maria DAS DORES Martins, Maria de Lourdes (suplem. Infantil), Maria EFIGÊNIA FIFA Mena Barreto, MARIA HELENA Castro, MARIA INÊS Monforte, Maria IZILDA, Maria José Gonçalves – ZEZÉ, Maria ZULEIDE de Barros, Marino MARADEI Jr., Mário SKREBYS, MÁRIO Taddei, MARIZA Cardoso Bastos, MARLY, MARTA, MAURICI MENINÃO, Milton PELEGRINI, MILÚ Maria Luiza Garret, MIRIAM Pedro, MIRIAM Ribeiro, MIRIAM Silvestre, MÕNICA Nogueira Lima, NADINE Felipe, NAIR Ribas D’Avila, Nassin MAHAMUD, NELSINHO Luiz da Silva, NESTOR Figueiredo, NEUZA Lemela, NILCE Maria Gonçalves, NILSON Duarte, Nilton TUNA Mateus, NIVAIR Neves, NOEMI Francesca de Macedo, NORIVALDO Pidone, ODILON Pereira da Silva Filho, OLAVO de Carvalho, OSWALDINHO De Mello, Paulo LARA, PAULO Mota, PAULO Passos, Paulo Roberto AQUINO, Paulo Sérgio FREDDI, Paulo VERGARA, PIEDADE, REGINA, REINALDINHO (boy), Reinaldo LÁVIA, Reinaldo Muniz, Paulo POMPEU, Reinaldo SASSI, RENATO Alonso Carneiro, Reynaldo SALGADO, RICARDO Marques, Ricardo SCHIAVETTO, RITA Caramez, Rivaldo CHINEM, ROBERTO Dantas, José Roberto PASCHOALINI, ROBERTO Peres, Roberto SASSI, Roberto SOMOGYL, ROBSON, RÔMULO Merlin, ROSAMAR Rosário, ROSÂNGELA, Rubens Fortes ERRE, SERGINHO, SERGINHO Lopes de Britto, SÉRGIO  motorista, SÉRGIO Aparecido Gonçalves, SÉRGIO Bicudo Avelar, SÉRGIO Luiz Correa, Sérgio MOITA, Sérgio ORÉFICE , Sérgio Ribeiro SERI. SÍLVIA repórter, SÔNIA Ambrósio, SONIA Mateu, SONIA PEDRASOLLI de Mello,SÔNIA REGINA Fernandes da Costa, TATEO Ikura, TÉRCIO, TERUO, TOMÁS DE AQUINO, TONICO Duarte, VALDETE Nivia da Silva, VALDIR Seabra, VANIA Augusto, VÂNIA de Lima Zager, VASCO Oscar Nunes, VERA Lúcia Corrêa, VERA Lúcia Fernandes Sassi, Vera Lúcia Kinjo, Vera Lúcia Rodrigues ,VERA Souza Dantas (Vera Leon), VÍTOR Luís Florenzano, WALTER Mello, WELFER Freitas, WILMA Pavan, WILSON Mello, YASSUO Kinjo, YUKI – ilustrador.

       Esta história foi escrita graças ao trabalho do jornalista Rubens Fortes ERRE, que ao longo dos últimos anos teceu uma rede de comunicação entre ex-funcionários do jornal CIDADE DE SANTOS, possibilitando a narração de histórias pessoais e de experiências vividas naquele período. Agradeço muito a colaboração de Blandy, Flávio Ribas Gazetinha, Ercília, Sheik e Renato Carneiro, que atenderam prontamente ao meu pedido de ajuda, lendo ou dando sugestões. Fonte indispensável é o Novo Milênio, do Carlos Pimentel.
RUA DO COMÉRCIO

O apogeu da Rua do Comércio foi na década de 1930. Um momento histórico da cidade aconteceu em 18 de julho de 1932, quando os contingentes constitucionalistas da cidade se preparavam para embarcar no trem para São Paulo para a frente de batalha. Amigos e familiares reuniram-se a eles na Galeria Odeon e no Café Paulista para as despedidas, enquanto a população dirigia-se ao Largo Marquês de Monte Alegre para apoiar os soldados, lotando as ruas de acesso à Estação Ferroviária.
Em 1936 o Centro dos Comissários de Café de Santos fundou O DIÁRIO, que circulou pela primeira vez em 6 de janeiro daquele ano. Era para ser um veículo comercial, mas logo se tornou noticioso. A redação era na Rua do Comércio, 9/11. No ano seguinte, o jornal foi comprado pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Mas não foi o primeiro (nem seria o último) a se instalar por lá. A rua santista foi o endereço de vários noticiosos. A REVISTA COMERCIAL, primeiro jornal publicado em Santos (02/09/1849), começou em outro endereço, mas em 1858 mudou-se para a Rua Santo Antonio, 60. O MERCANTIL, fundado em 1850, instalou-se no nº 2 da mesma rua. Houve um segundo jornal com o mesmo nome fundado em 1870 e que funcionou na Rua Santo Antonio, 70.
Interessante a história da REVISTA NACIONAL: a redação ficava em São Paulo, mas era composta e impressa em Santos, na Rua Santo Antonio, 64 – tipografia do DIÁRIO DE SANTOS. Surgiu em julho de 1877. Noventa anos depois foi lançado um jornal que era editado em Santos e impresso em São Paulo.


Imagem: Fundação Memória.

sábado, 24 de junho de 2017

S. JOÃO: SEM FOGUEIRA E SEM BALÃO.

O carioca Lamartine Babo (1904-1963) nunca se casou, mas parece que tentou. Pelo menos é o que diz nesta música que todos nós conhecemos muito bem.
  
Isso é lá com Santo Antônio

Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio.
São João disse que não!
São João disse que não!
Tela da paulista Djanira da Motta e Silva (1914-1979).
Isto é lá com Santo Antônio!
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio.
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!

Implorei a São João
Desse ao menos um cartão,
Que eu levava a Santo Antônio.
São João ficou zangado.
São João só dá cartão
Com direito a batizado.
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão,
Que eu levava a Santo Antônio.
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio!

São João não me atendendo,
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso.
Disse o velho num sorriso:
"Minha gente, eu sou chaveiro,
Nunca fui casamenteiro!"
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso.
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio!



quinta-feira, 22 de junho de 2017

RUA DO COMÉRCIO

No passeio pela Rua do Comércio (Santos, SP), surgem várias perguntas. Quem seria esse singelo José Ricardo? Trata-se do santista José Ricardo da Costa Aguiar de Andrada (1787-1846), sobrinho do Patriarca José Bonifácio; formou-se em Ciências Jurídicas pela Universidade de Coimbra e combateu as forças napoleônicas em Portugal. Ao retornar ao Brasil, atuou como juiz em várias regiões do país. Trabalhou arduamente pela independência do Brasil e foi deputado geral por São Paulo na primeira legislatura (1826 a 1829). Morreu no Rio de Janeiro, onde foi sepultado.
Conde D’Eu
A próxima pergunta é fácil. Qualquer criança que frequentou escola sabe (ou deveria saber) quem foi o Conde D’Eu. Nem é preciso saber o nome dele completo que é um exagero: Louis Philippe Marie Ferdinand Gaston (1842-1922). Luís Filipe era sobrinho do rei da França e renunciou aos direitos sucessórios para casar-se com a princesa Isabel em 1864. Os seus feitos estão relacionados à participação do Brasil na Guerra do Paraguai e os historiadores, para variar, têm interpretações diversas sobre a atuação dele nesse evento.  
Manuel Joaquim Ferreira Neto, o Comendador Neto, é o menos ilustre dos homenageados. Foi comerciante bem sucedido, filantropo e vereador contra vontade. Explica-se. Ele era suplente quando em 1865 foi convocado para assumir o cargo. Ele se recusou, informando que estava mudando para Campinas e em seguida faria uma viagem para a Europa. O presidente da Câmara, Inácio Wallace da Gama Cochrane (1836-1912), informou-o de que ele não tinha direito à licença porque não era vereador efetivo. O comendador, enfim, assumiu o posto e exerceu a vereança em 1866, 1867 e 1888. Ele era o proprietário do prédio do Largo Marques de Monte Alegre, onde no início do século XX por alguns anos funcionaram a Câmara e a Prefeitura de Santos. Incendiados, restaurados, sediam desde 2014 o Museu Pelé. 

Quando será que os ilustres vereadores tão ligeiros para fazer homenagens irão fazer seu trabalho adequadamente? Placa de rua apenas com o nome de uma pessoa ou data não significa nada. É preciso dar alguma indicação para que o cidadão se oriente e aprenda a história do município e se lembre de quem fez diferença. Rua Fulano de Tal. Fulano de Tal, médico (sambista, dentista, professor, operário etc.) e data de nascimento e morte. 

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Quando Está Frio no Tempo do Frio
Neve é um exagero por aqui, mas a paisagem é muito bonita.
Quando está frio no tempo do frio
Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável,
Porque para o meu ser adequado à existência das cousas
O natural é o agradável só por ser natural.

Aceito as dificuldades da vida porque são o destino,
Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno —
Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,
E encontra uma alegria no fato de aceitar —
No fato sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.

Que são para mim as doenças que tenho e o mal que me acontece
Senão o Inverno da minha pessoa e da minha vida?
O Inverno irregular, cujas leis de aparecimento desconheço,
Mas que existe para mim em virtude da mesma fatalidade sublime,
Da mesma inevitável exterioridade a mim,
Que o calor da terra no alto do Verão
E o frio da terra no cimo do Inverno.

Aceito por personalidade.
Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos,
Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
Nunca ao erro de querer compreender só corri a inteligência,
Nunca ao defeito de exigir do Mundo
Que fosse qualquer cousa que não fosse o Mundo. 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterônimo de Fernando Pessoa 


terça-feira, 20 de junho de 2017

RUA SANTO ANTÔNIO

A Rua do Comércio é uma das mais antigas da cidade de Santos (SP), fundada em 1546 junto ao Outeiro de Santa Catarina. A ocupação da vila ocorreu, lentamente, se espraiando para Oeste no início. Ao longo desses anos, ela teve quatro nomes. O primeiro foi Rua de São Francisco por causa do convento que se erguia próximo ao mar. Era essa a denominação em 1765. Parece que em 1822 ela já era conhecida como Rua de Santo Antônio, mas em 1899 passou a se denominar Rua Quintino Bocaiuva. A população, contudo, continuou a chamá-la pelo antigo nome até que a Câmara, na sessão de 13 de janeiro de 1919, aprovou uma homenagem à Associação Comercial de Santos, desbancou o santo casamenteiro e a denominou Rua do Comércio. A oficialização, entretanto, só aconteceu em 1921.
            Ela é pequena e estreita. Começa numa praça e termina num largo. Tem como transversais as ruas XV de Novembro, Conde D’Eu, Gonçalves Dias, José Ricardo e a Comendador Neto. Nem é preciso dizer que é cheia de história e de histórias. A praça é a Rui Barbosa (antiga Praça do Rosário) e o largo, Marquês de Monte Alegre, onde se destacam a Igreja de Santo Antonio do Valongo (século XVII) e a antiga Estação Ferroviária da São Paulo Railway. Com a inauguração da Estação Ferroviária em 1867, a região foi tomada pelos exportadores, tornando-se o centro mercantil mais importante da cidade, com todos os tipos de estabelecimentos comerciais. Ela era a rua do café.
Hoje um passeio por ela mostra o belo prédio onde funciona o Camiseiro, uma construção de 1927, bem conservada. Do lado oposto o centenário Café Paulista, ponto de encontro de políticos, jornalistas, exportadores e corretores de café. Ali, sabia-se de tudo. E de todos. Os destaques da quadra são os edifícios Pedro dos Santos e Barão de Carvalhaes, que ficam frente à frente na esquina com a Rua XV de Novembro. O edifício Pedro dos Santos foi inaugurado na primeira década do século XX. Infelizmente, uma parte foi demolida e o terreno virou estacionamento.
Em 1939, quando se comemorava o centenário da elevação de Santos à categoria de cidade, a Sul América Capitalização (SULACAP) anunciou a construção de um moderno edifício com fachadas para as ruas do Comércio, Conde D’Eu e XV de Novembro. A SULACAP, fundada em 1929, foi a primeira empresa de capitalização do Brasil e a terceira do mundo.  Para a realização da obra, foram necessárias várias demolições – entre os quais o prédio da Repartição de Saneamento, abrindo a Rua Conde D’Eu até a Rua do Comércio.
Na segunda quadra, há uma simpática mistura de prédios antigos e modernos. Alguns restaurados, outros deteriorados. O destaque é o belo edifício de tijolos vermelhos da empresa Hamburg Sud. Na esquina da Rua José Ricardo, outro prédio histórico bem conservado e que abriga a Delegacia da Receita Federal. A estrela da quadra, entretanto, é a Casa Azulejada em estilo neoclássico. O comendador português Manoel Joaquim Ferreira Neto encomendou o imóvel para usa-lo como residência e armazém; entretanto, alguns historiadores acreditam que serviu apenas de moradia. Os azulejos da fachada teriam sido colocados após a morte do comendador pelo sócio dele, Luis Guimarães.
Com a revitalização do centro histórico (lenta, mas contínua), ressurgiu um velho e amado personagem da cidade: o bonde. Ele trilha com galhardia várias vezes por dia a rua de paralelepípedos para delícia dos saudosistas e espanto dos mais jovens. (Foto: Novo Milênio, acervo Waldir Rueda.) 

R. do Comércio: placa indica local do futuro prédio da SULACAP*.

domingo, 18 de junho de 2017

HISTÓRIAS DO BRASIL



O noticiário nacional nos entristece e, frequentemente, nos provoca suspiros enquanto imaginamos como tudo isso começou... Lamartine Babo (1904-1963) fez um esboço da construção da nacionalidade para o Carnaval de 1934. Na marchinha “História do Brasil”, ele atribui a Cabral a invenção do Brasil no dia 21 de abril dois meses depois do Carnaval.  Se você está pronto para apontar erros, esqueça. É carnaval e nada é oficial. É a festa da desconstrução; de Momo, personificação do sarcasmo e da crítica. Assim, Cabral não descobriu, inventou o Brasil e, portanto, por que não em 21 de abril?
O compositor carioca junta os personagens do romance de José de Alencar (1829-1877), Ceci e o índio Peri, transpostos para a ópera “O Guarani” por Carlos Gomes (1836-1896), tempera tudo com feijoada numa referência à contribuição do negro para a cultura brasileira, sem deixar de mencionar a questão da escravatura.


Enfim, Lamartine salta para 1933 e afirma que tudo mudou. “Passou-se o tempo da vovó/ Quem manda é a Severa/ E o cavalo Mossoró”. Severa? Pois é. Severa foi a mascote da Portuguesa de Desportos desde 1920 até 1994. A imagem da portuguesinha em trajes típicos teria sido inspirada na vedete portuguesa Dina Teresa (1902-1984), que protagonizou o filme “A Severa”, baseado na obra de Júlio Dantas e com direção de Leitão de Barros em 1931. Dina Teresa visitou o Brasil em 1933.





O cavalo Mossoró, por sua vez, tornou-se a paixão nacional ao vencer o primeiro Grande Prêmio Brasil, realizado em 6 de agosto de 1933, no Hipódromo Brasileiro (hoje Hipódromo da Gávea), no Distrito Federal. Mossoró era um tordilho puro sangue inglês, propriedade de Frederico Lundgren, fundador das Casas Pernambucanas. A vitória do cavalo pernambucano tornou-se um acontecimento nacional – ele venceu outras competições importantes naquele ano.
Tudo mudou?


HISTÓRIA DO BRASIL
Lamartine Babo

Quem foi que inventou o Brasil?
Foi seu Cabral!
Foi seu Cabral!

No dia vinte e um de abril
Dois meses depois do carnaval

Depois
Ceci amou Peri
Peri beijou Ceci
Ao som...
Ao som do Guarani!

Do Guarani ao guaraná
Surgiu a feijoada
E mais tarde o Paraty 

Depois
Ceci virou Iaiá
Peri virou Ioiô

De lá...
Pra cá tudo mudou!
Passou-se o tempo da vovó
Quem manda é a Severa
E o cavalo Mossoró


segunda-feira, 12 de junho de 2017

AOS AMANTES
Para marcar a data (comercial) nada como o soneto de Luis de Camões e a obra de Auguste Rodin (O Beijo).

Amor é um Fogo que Arde sem se Ver
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

domingo, 11 de junho de 2017

VIAGEM NO TEMPO

O dia dos namorados pode ser uma boa ocasião para se lembrar de personagens que povoaram a imaginação da turma que nasceu no século passado (e ainda sobrevive, claro!).

Mandrake, por exemplo, foi um personagem criado por Lee Falk (1911-1937) em 1934. O desenhista foi Phil Davis (1906-1964), que conheceu pessoalmente o verdadeiro Leon Mandraque. Chamava-se Leon Giglio (1911-1993) e era ítalo-americano. Começou muito jovem e ficou famoso como mágico, ventríloquo, mentalista e ilusionista. Apresentava em teatros canadenses nos anos de 1920 usando uma cartola, capa, bengala e um fino bigodinho. O personagem de Lee Falk namora a princesa Narda e a primeira esposa de Leon Giglio chamava-se Narda. O mágico da ficção mora em um castelo no alto de um morro em Xanadu de onde sai para combater o crime com a ajuda de Lothar – um príncipe africano. A princesa Narda é proveniente da Europa Oriental. Onde é Xanadu? Talvez Shangdu, na China, citada por Marco Polo.  

Lee Falk foi o criador de outro casal famoso no mundo das histórias em quadrinhos: Fantasma e Diana Palmer. As tiras começaram a ser publicadas em 1936. Tudo começa em 1536, quando piratas mataram o pai do marinheiro britânico Christopher Walker. Inconformado, Walker jura vingança e, depois de cumprir a promessa, resolve combater o mal, criando um legado que passa de geração a geração, o que confere ao personagem uma espécie de imortalidade. Fantasma vive na caverna do Crânio em Bangalla, um país africano fictício; tem um lobo chamado Capeto, um cavalo que atende por Herói. Nos tempos em que lia a revista o Fantasma namorava Diana Palmer, mas depois casaram o “espírito que anda” e eles têm dois filhos. Phil Davis também foi o autor do desenho original que trouxe duas características importantes ao personagem: a roupa justa e a máscara que não revela os olhos.
   


    Super-homem é uma criação de Jerry Siegel e Joe Shuster e apareceu pela primeira vez em 1938. Foi um grande sucesso. O danado do extraterrestre, nascido no planeta Krypton, conquistou logo o planeta terra. Nem é preciso contar a saga de Clark Kent e sua vida dupla. Quando não sai voando para combater o crime e as injustiças nas suas roupas colantes, ele é um tímido jornalista do Planeta Diário, apaixonado pela dinâmica colega Lois Lane, repórter.
      











sábado, 10 de junho de 2017

DIA DE CAMÕES
Luis de Camões, considerado um dos maiores poetas de Portugal e do Ocidente, morreu no dia 10 de junho de 1580 em Lisboa. A data marca também o Dia de Portugal e das comunidades portuguesas. Camões narra a epopeia portuguesa que ampliou o mundo, se lançando “por mares nunca dantes navegados”.



Já no largo Oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
 Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
 Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas [...]. (“Os Lusíadas”,1572.)


O Português é a língua oficial de oito países, além de Portugal. Cerca de 250 milhões de pessoas se expressam nesse idioma – só no Brasil, são 207 milhões. O Português é a língua oficial também em Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.


sexta-feira, 9 de junho de 2017

MÊS DE FESTANÇAS

As festas juninas pipocam pelo país. Muitas lojas oferecem chapéus de palha, roupas coloridas, cheias de fitas e rendinhas. Nos supermercados, não faltam balcões com produtos típicos da época: canjica, paçoca de amendoim, pamonha, doces de abóbora e de batata doce e, claro, pipoca. Cabe às mães cozinhar a batata doce, fazer o cuscuz e o arroz doce e preparar o bolo de fubá. Paróquias, condomínios, clubes e escolas montam seus arraiais com bandeirinhas e balões (que ficam apenas pendurados) e a garotada se diverte dançando quadrilha. Para os adultos quase sempre sobra o vinho quente e o quentão... E, naturalmente, o pagamento da conta. 
Festas Juninas. Alfredo Volpi (189601988). 

segunda-feira, 5 de junho de 2017


DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

Mais uma obra do fotógrafo e jornalista Silvestre Silva.
O meio ambiente agradece.



quinta-feira, 1 de junho de 2017




               Outono chegando ao fim. Os almanaques agrícolas informam que é tempo de plantar pereiras e macieiras. Os alimentos da época são laranja pera, melão, morango, tangerinas cravo e ponkan, maçã red, pera Williams, chuchu, ervilha, batata doce, cará, cebola, gengibre, mandioca, mandioquinha, rabanete, acelga, agrião, alface, almeirão, brócolis, cebolinha, couve, couve-flor, chicória, espinafre, repolho, rúcula, salsa e salsão. Embora atualmente todos sejam encontrados nos mercados durante o ano, os preços devem ser melhores neste período. 
                É o momento em que também se começa a preparar o arraial para as festas do solstício de inverno (a noite mais longa do ano) que homenageiam Santo Antônio (13), São João (24) e São Pedro (29). O solstício ocorre este ano a 1h24 do dia 21 de junho. 
                Em Sampa, nem sinal de frio.
As Riquíssimas Horas do duque de Berry foram pintadas 
pelos irmãos Limbourg — Paul, Hermann e Jean, artistas flamengos 
contratados pelo duque por volta de 1405. 
No hemisfério norte, começa a colheita.