domingo, 6 de agosto de 2017

TRÊS LOIRAS INESQUECÍVEIS

Os homens, realmente, preferem as loiras? Não importa qual seja a preferência mundial, o fato é que, no século passado, um punhado de atrizes louras (falsas ou verdadeiras) incendiaram as telas do cinema norte-americano. Uma das mais famosas foi Mae West (1893-1980), que se notabilizou também pelas frases maliciosas (para a época) tanto em roteiros de cinema e textos teatrais e como em entrevistas. O sucesso só aconteceu em 1932, quando ela estava com 39 anos! Era baixinha (1m56) e gordinha, mas nada disso impediu que ela se tornasse o maior sucesso de Hollywood. Ou melhor, uma lenda sexual. Lenda porque na vida privada era recatada. As fantasias sexuais que alimentava o público eram baseadas numa aparência falsa: o busto e os quadris de 110 cm eram à base de enchimentos. O jornalista Ruy Castro conta, na biografia da atriz, que o segundo filme  dela (“Uma loira para três”) salvou a Paramount Pictures da falência e no terceiro (“Uma dama do outro mundo”), o furacão Mae West escreveu o roteiro, escalou o galã e dirigiu o diretor nas sequências em que aparecia. Deixou o cinema aos 50 anos, mas continuou trabalhando até que em 1970 participou de “Homem e mulher até certo ponto”, com Raquel Welch, Farrah Fawcett e John Houston. 
Jean Harlow (1901-1936) foi outra loira que fez a cabeça das audiências mundo afora. Começou no cinema em 1930 (“Anjos do Inferno”), mas o sucesso só começou em 1932, quando filmou “Terra das Paixões”, dirigido por Victor Fleming. Logo, tornou-se uma estrela reconhecida mundialmente; entretanto, na vida pessoal não teve tanta sorte: teve escarlatina na adolescência, casou-se cedo com um empresário, mas logo divorciou-se. O segundo casamento, em 1932, não se consumou porque o marido, Paul Bern (1889-1932), produtor da MGM, era impotente e se suicidou dois meses depois. O terceiro casamento em 1933 também não deu certo e a atriz se divorciou oito meses depois. Em 1937, Jean Harlow adoeceu durante as filmagens de “Saratoga” e faleceu dias depois vítima de nefrite aguda. Apesar da morte prematura, Jean Harlow fez cerca de 40 filmes e ainda escreveu um livro (“Today is tonight) que só foi publicado em 1965.
        A terceira bombshell blond norte-americana é Norma Jean (1926-1962), que, aliás, era morena. Para quem não lembra ou não sabe, trata-se de Marilyn Monroe. Cresceu em lares adotivos e orfanatos; casou-se aos 16 anos e aos vinte já estava divorciada. Durante a II Guerra Mundial trabalhava em uma fábrica, quando conheceu um fotógrafo, se tornou modelo e logo conseguiu pequenos papeis em filmes até que no inicio da década de 1950 alcançou o estrelato. Se nas telas os personagens de Marylin sempre (ou quase) encontravam o príncipe encantado, na vida real a beleza e a sensualidade não lhe garantiram felicidade. Casou-se com Joe Dimaggio (1914-1999) e depois com Arthur Miller (1915-2005) – o primeiro, uma lenda do basebol, e o segundo, premiado dramaturgo. Morreu aos 36 anos, quando era amante do presidente John Kennedy (1917-1963), vítima de uma overdose de barbitúricos – um assunto que não se esgota. Gosto de me lembrar dela em “Quanto mais quente melhor”, “Bus stop”, “Os desajustados” ou “O Pecado mora ao lado”.
Um fato curioso é que a carreira destas três louras durou uma década, mas elas prosseguem bem vivas na memória dos fãs de cinema. 

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