sábado, 8 de novembro de 2025

BASTIDORES

Ontem, aproveitei o sol para refazer as fotos das esculturas das Praças Clóvis e Sé. Fazer fotos por lá é bem complicado. Sem querer flagrei um homem tomando banho. Os espelhos d’água se tornaram local de banho, lavagem de roupas e descarte de lixo
Na Sé, o monumento do Anchieta é um dos lugares preferidos para descanso (?) e observação do movimento do entorno - que não é pouco; ou dormir sossegado.



CONDOR – peça de Bruno Giorgi (1905-1993).

 
Atrás da escultura de Vlavianos há uma pessoa dormindo.


Obra de Heitor Usai (1889-1989), artista ítalo-brasileiro. Material: bronze.


A vida continua...





quinta-feira, 6 de novembro de 2025

ARTE NA SÉ E NA CLÓVIS

Se você quer conhecer obras de alguns dos mais importantes artistas brasileiros contemporâneos, alguns de renome internacional, precisa ir à Praça Clóvis Beviláqua, no Centro Histórico. Ali, espalhadas pelo jardim, há dezesseis esculturas realizadas em aço, bronze e concreto – a “Garatuja”, de Marcello Nistche (1942-2017), pode ser vista na estação do metrô.

Emblema de São Paulo: Rubem Valentim. Material: concreto armado.


Sem título, de Sérgio Camargo Material: mármore.

Nuvem sobre a cidade, de Nicolas Vlavianos (1929-2022). Material: aço inoxidável.



Obra de Joaquim Pinto de Oliveira (1711-1821), o Tebas, escravo alforriado.

AS OUTRAS ESCULTURAS

ABERTURA – obra de Amilcar de Castro (1920-2002). Material: ferro. Antes de se voltar para a arte, Amilcar de Castro foi quem introduziu a reforma gráfica do Jornal do Brasil nos anos de 1950 e em seguida reformulou a diagramação dos jornais Correio da Manhã, Última Hora, Estado de Minas e Jornal da Tarde.

CONDOR – peça de Bruno Giorgi (1905-1993). Ele nasceu em Mococa, filho de italianos, estudou em Roma e retornou ao Brasil em 1939 e integrou-se ao Modernismo. Material: bronze.

DIÁLOGO – escultura de Franz Weissmann (1911-2005). Nasceu na Áustria e chegou ao Brasil com onze anos. Formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Material: aço.

EMBLEMA DE SÃO PAULO – Rubem Valentim (1922-1991), baiano, autodidata, referência no construtivismo brasileiro. Material: betão e concreto armado.

ESPAÇO CÓSMICO – Yutaka Toyota (1931). Japonês naturalizado brasileiro em 1971. Material: aço inoxidável, granito e aço.

IMPACTO – Mário Cravo Junior 1923-2018, baiano de Salvador. Material: aço inoxidável e granito.

NUVEM SOBRE A CIDADE – Nicolas Vlavianos (1929-2022). Grego naturalizado brasileiro, estabeleceu-se em São Paulo em 1960 e lecionou na FAAP.

OS PÁSSAROS – Felícia Leirner (1904-1996), artista plástica polonesa, naturalizada brasileira. Iniciou seus estudos com Brecheret aos 44 anos de idade. Em 1957 o MASP já havia incorporado obra de Leirner no acervo. Material: bronze e granito.

QUADRO NEGRO – José Resende (1945). Paulistano é um dos fundadores do Centro de Experimentação Artística Escola Brasil, foi professor da Escola de Comunicações e Artes da USP e participou de várias bienais e da Documenta Kassel 1992. Material: betão e ferro.

SATÉLITE – Francisco Stockinger (1919-2009). Artista plástico austríaco naturalizado brasileiro e que manteve intensa atividade. Material: granito e betão.

TOTEM DA SÉ – Doménico Calabrone (1928-2000) nasceu na Itália e veio para o Brasil em 1954. Material: granito, betão e mármore.

Voo – de Caciporé Torres (1935). Paulista de Araçatuba. Peça em aço inoxidável, betão e aço.


Na Praça da Sé, os destaques são o Marco Zero de São Paulo (1934), criação de Jean G Villin. Material: mármore, bronze e granito. As estátuas de São Paulo, autor desconhecido, e de José de Anchieta (1954), de Heitor Usai (1899-1989).

Marco Zero da Cidade (1934), Autor Jean G. Villin (1906-1979). Material: mármore, bronze e granito 

Apóstolo São Paulo, autor desconhecido.


1.                             Um homem dormia aos pés do monumento de José de Anchieta, então o jeito foi fotografar este lado da obra do artista Heitor Usai (1899-1989), japonês naturalizado brasileiro.


 



terça-feira, 4 de novembro de 2025

CAMINHOS FLORIDOS

Dizem que São Paulo é uma cidade cinza, entretanto, as árvores dão vida e um colorido especial às ruas e praças da metrópole - às vezes cobrem as calçadas e caminhos com tapetes floridos.

Praça da Sé.

Rua Nicolau de Sousa Queirós.

Avenida Ricardo Jafet.

Eu a encontrei em um dos meus muitos caminhos.


Aclimação: Praça Manuk Koumerian.

A Aclimação é privilegiada.


A sibipiruna que enfeita minhas janelas.

Mesmo à noite, as árvores dão um toque especial à paisagem urbana.
Praça da República.



domingo, 2 de novembro de 2025

"SÃO PAULO, SINFONIA DA METRÓPOLE"


Este é um documentário precioso e que deve ser preservado cuidadosamente para as futuras gerações, pois a geração baby-boom a qual pertenço tem muita dificuldade para se localizar nesse filme, porque em menos de cem anos a cidade se desfez de um belo patrimônio para crescer. Crescer alucinadamente. Dirigido pelos húngaros radicados no Brasil Adalberto Kemeny (1901-1969) e Rudolf Rex Lustig (1901-1970), o filme foi inspirado em “Berlim, Sinfonia da Metrópole” (1927), obra do alemão Walter Ruttmann.

Como era São Paulo no final da década de 1920?

Lá estão o Pátio do Colégio, identificável apenas  pela obra de Ramos de Azevedo e pelo monumento “Glória imortal dos fundadores de São Paulo”; o antigo Viaduto do Chá, os palacetes trigêmeos do Anhangabaú (demolidos anos depois), o prédio do Banco do Brasil (CCBB), a Rua Boa Vista, o prédio dos Correios e Telégrafos, o Palácio das Indústrias; na Rua XV, endereço da famosa Casa Garraux e do Estadão; o Colégio Caetano de Campos. Fora do centro Histórico, uma visão do Instituto Butantã, do Horto Florestal e do Hipódromo da Mooca. Bem interessante é a reportagem sobre a Penitenciária do Estado, inaugurada em 1920 e tinha como lema “os mais avançados conceitos de regeneração dos condenados”. Quase impossível reconhecer a praça da Sé, sem a catedral neogótica. Mais importante do que prédios e ruas são as pessoas – anônimos que davam animo à metrópole que se forjava. A despeito das legendas ufanistas as imagens já mostram as diferenças sociais.

 https://www.youtube.com/watch?v=3XR0YQMkPX8&t=864s


Pátio do Colégio, versão 1974.





sexta-feira, 31 de outubro de 2025

ABRACADABRA!!!

HOJE É DIA DE SACI


Ilustração do Saci por André Le Blanc, para o livro de Monteiro Lobato em 1967.


André Le Blanc (1921-1998) foi um ótimo desenhista e professor. Era haitiano (filho de mãe francesa e pai hondurenho), trabalhou nos Estados Unidos e em 1944 mudou para o Brasil, onde se destacou por sua produção de histórias em quadrinhos tanto em tiras como em revistas e, posteriormente, ilustrou livros de Monteiro Lobato, na Editora Brasiliense, e adaptações de clássicos da literatura em outras editoras. Ele retornou aos Estados Unidos, onde faleceu.

O Saci no traço de Ziraldo Alves Pinto (1932-2024).




O livro de Monteiro Lobato, além de aventuras de Pedrinho com sacis, reúne histórias de personagens do folclore brasileiro, como a Cuca, o Boitatá e a Mula Sem Cabeça entre outros. Ganhei esse livro em 1967, provavelmente, na Páscoa.


Pensaram que eu havia me rendido à mitologia celta? Não!

ABRACADABRA – Há várias versões para a etimologia da palavra abracadabra, que tem origem do grego abrakadábra de acordo com o Dicionário Michaelis. É uma “palavra cabalística de supostas virtudes mágicas que teria o poder de curar certas doenças. Suas letras deviam ser escritas em um triângulo, para que a palavra pudesse ser lida em todos os sentidos”. 





quinta-feira, 30 de outubro de 2025

MANUAL DAS BRUXAS

 PREPARANDO-ME PARA O EVENTO DE AMANHÃ COM O MANUAL DA MAGA & MIN.


O Manuel foi lançado em 1973 (Abril Cultural) e recentemente foi reeditado com capa dura, uma edição de colecionador. Além de histórias com as bruxas Maga e Min, duas personagens encantadoras (😊), o manual reúne informações sobre mitos e lendas do Brasil e do mundo, sobre a carreira de pessoas famosas ligadas à magia e ao ilusionismo. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

MINHAS BRUXAS PREFERIDAS

 


Ontem, a Aclimação estava infestada de bruxas – bruxas bruxas (já sei – não é politicamente correto), bruxas bonitas, bruxas de todas as idades, sozinhas, em grupos ou bem ou mal acompanhadas (sabe-se lá). Lamento não ter encontrado algum mago no caminho, pois esse mundo misterioso e sombrio não é privilégio feminino. O Mago Merlin, personagem da saga arturiana, que o diga; porém, muito antes os três reis magos Gaspar, Belchior e Baltazar seguiram uma estrela desde o Oriente para visitar o recém-nascido Rei dos Judeus.

            O dia das bruxas – 30 de outubro, que tem origem da mitologia celta –, marca o final do verão no Hemisfério Norte e celebra os mortos. A homenagem aos mortos foi incorporada pelo cristianismo e acontece no dia 2 de novembro. As bruxas estão presentes na dramaturgia de Shakespeare: em “Macbeth” são três, que desencadeiam a maldade do protagonista da peça. Em “Hamlet” é o fantasma do rei que revela ao príncipe os autores do seu assassinato.  

A realidade supera a mitologia e a literatura. A História registra um dos casos mais famosos e trágicos envolvendo bruxas que aconteceu no século XVII em Salem, Massachusetts (EUA). Cerca de duzentas pessoas foram acusadas de bruxaria e processadas, trinta acabaram sendo consideradas culpadas e vinte executadas – quinze mulheres e cinco homens. O evento gerou inúmeras obras literárias, peças teatrais e filmes. 

 “¡No creo en brujas, pero que las hay, las hay¡” – diz o ditado espanhol, de origem galega.

            A primeira bruxa que me encantou foi aquela que deu a maçã para a Branca de Neve e mais tarde Maga e Madame Min me conquistaram – um trio criado por Walt Disney.