quinta-feira, 30 de novembro de 2017

CINE SÃO JOSÉ
O CINE SÃO JOSÉ foi demolido em 2012.



A Empresa Santista de Cinemas almejava não apenas proporcionar aos santistas o melhor em matéria de salas de cinema, como também dar oportunidade de diversão para o maior número de pessoas. Assim, contratou a LINDENBERG, ALVEZ E ASSUMPÇÃO, empresa especializada no assunto, para a construção de um cinema na Rua Campos Melo, 179 (Vila Macuco), com capacidade para 2.500 pessoas em plateia dupla. A nova sala exibidora, “equipada com aparelhamento de primeira ordem”, recebeu o nome de Cine São José, em homenagem ao padroeiro do bairro. Finalmente, o maior cinema da cidade abriu suas portas em 7 de setembro de 1937.  
No anúncio publicado na imprensa, a empresa de cinemas dizia que o novo espaço iria “exhibir programmas organizados especialmente para elle, mudando frequentemente o cartaz”. Para a inauguração “foi escolhido um optimo programma, elaborado com o maior capricho: ‘A fuga de Tarzan’, e ‘Idylio cigano’, a grande synphonia em cores vivas e naturaes”.
Quem chegou cedo, pôde aguardar numa ampla sala de espera mobiliada com poltronas de couro platinado.


“A fuga de Tarzan”, com menos de noventa minutos de duração, teve cinco diretores. Um deles Richard Thorpe (1896-1991). Este foi o terceiro filme de Johnny Weissmuller (1904-1984) no papel de Tarzan, personagem criado por Edgar Rice Burroughs (1875-1950). Jane foi interpretada por Maureen O’Sullivan (1911-1998).

                


"Idílio cigano” é um romance cheio de drama, dirigido por Harold D. Schuster (1902-1986) e estrelado por Henry Fonda (1905-1982) e Annabella (1907-1996), atriz francesa famosa que viveu alguns anos nos Estados Unidos.









          Um amigo lembra que já na fase decadente às quintas-feiras eram exibidos filmes japoneses no velho e bom CINE SÃO JOSÉ.
        
FOTO: site salasdecinemadesp. 

2 comentários:

jose carlos disse...

Alô Hilda,
Que grata surpresa, rever essa imagem do cine São José, localizado em frente a minha casa (Rua Campos Mello, 188) nos idos dos anos 50.
Frequentador assíduo das matinês dominicais, tinha verdadeira obsessão pelos seriados do Zorro, Tarzan/Jane/Chita (macaca), filmes de terror do macabro Frankenstein.
Também, na outra quadra da rua Campos Mello, entre as ruas Lowndes e Xavier Pinheiro, ficava o icônico cine D.Pedro, onde eram exibidos filmes de comédia da Atlântida (Oscarito/Grande Otelo/Ankito).
Estou tentando me lembrar(como é difícil), de alguns amigos da nossa turma, que, imitando o Gregory Peck, fumavam incessantemente o maravilhoso cigarro Chesterfield, com sua fumaça perfumada, na esperança de encontrar uma Deborah Keer (do macuco).
Old Times que não voltam mais !!!!!
Um grande abraço

Hilda Araújo disse...

Alô, José Carlos. Que bom saber que a pequena matéria lhe trouxe à lembrança aqueles tempos de Santos. Ah! a macaca dos filmes de Tarzan! Eu gostava demais de Oscarito e Grande Otelo. Bom você ter falado de Gregory Peck, pois a tal da francesa Annabella foi casada com ele. Old Times mesmo! Somos privilegiados por termos visto toda a evolução tecnológica do século XX e deste novo século maluco. Qual século não foi maluco? Semana que vem vou ver se escrevo sobre o D. Pedro. Forte abraço, meu amigo.

Hilda