quinta-feira, 19 de setembro de 2024

CAMINHOS

Abro a janela da varanda e vejo uma enorme nuvem negra no céu. Imagino chuva; volto pensando no que vestir. Perda de tempo porque logo depois está tudo azul; mais tarde podem até cair alguns pingos. Nada demais. Aqui na Sicília o tempo é assim.
Destino: Giardini Naxos. Um lugar gracioso à beira do mar em Taormina. A beleza da paisagem compensa a simplicidade urbanística. Na avenida costeira, calçada é um luxo. Pedestres convivem bem com todo tipo de transporte. Alguns monumentos atraem atenção dos visitantes, como a homenagem aos jovens locais que morreram na Primeira Guerra Mundial ou da garota que se exercita. Na Passagem dos Pescadores, uma parede forrada de pratos e peixes de porcelana colorida dá uma certa graça a um lugar sem atrativo algum.
Que tal Isola Bella? Fica na subida para Taormina e para ir à praia é preciso descer uma escadaria enorme cujas laterais são usadas pelos camelôs como vitrine de seus produtos - vestidos e mais vestidos, óculos e lembrancinhas.
Praia de pedregulho, o que não importa para a multidão que toma sol. Não há quase espaço para caminhar até a Isola, que fica numa das extremidades da praia e, além de tudo, o chão é de cascalho que serve para evitar a formação de poças que causem tombos. Se isso acontecer, não se preocupe: há vários ortopedistas na ilha. 
Não fui até a Isola. As pedras podem ser traiçoeiras. A Isola lembra muito a ilha Porchat em São Vicente, que perdeu o status de ilha quando foi feito o aterro para os carros poderem subir. Nos idos de 1975,  as praias do José Menino e Itararé à noite eram dos namorados, elas eram o famoso motel das estrelas, como população denominou as áreas. Só lembranças...

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