Perguntei
à bibliotecária se ela poderia recomendar algum livro gênero policial moderno e
recebi três indicações. Nas estantes, distraidamente, dei uma folheada em dois
ou três livros e escolhi um escocês de quem nunca ouvira falar – Ian Rankin
(1960). Depois do almoço comecei a leitura. A trama parecia interessante e fui
me embrenhando por delegacias, pubs, problemas familiares do investigador até
que cansei, pois o autor se estende em fatos irrelevantes e já estava na página
100 sem que nada acontecesse, embora o detetive já tivesse ouvido dezenas de
pessoas. (Que falta fazem Raymond Chandler, Dashiell Hammett, Rex Stout, Andrea
Camilleri!) Fui espiar quantas páginas tinha o livro e, se não estivesse
sentada, cairia de costas: 538! Tratei de ler o final e dispensei Rankin. Na
quarta capa, a apresentação diz que ele entra na “história profunda de Edimburgo”,
mas a cereja do bolo, entretanto, foi descobrir que ele é “mestre do moderno romance
policial climático”. Nem sabia que havia o antigo...
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