domingo, 8 de dezembro de 2024

SÃO SILVESTRE

 

Hoje comecei a estudar o percurso da Corrida São Silvestre, que ocorre (hum!) no último dia do ano. Os atletas percorrem 15 km atravessando bairros tradicionais da cidade como Bela Vista, Vila Buarque, Santa Cecília, Campos Elíseos, Pacaembu ... Já caminhei por quase todas as ruas do trajeto. Só não me lembro da rua Norma Pieruccini. Uma pena que os corredores não possam desfrutar de alguns lugares muito especiais ou com grandes histórias!              

Os corredores – esperam-se pouco mais de 37 mil participantes – partem da avenida Paulista com rua Augusta, em direção à avenida Dr. Arnaldo. Uma avenida peculiar, com dois lados bem distintos – um concentra as principais unidades da USP dedicadas ao ensino e pesquisa na área da saúde e atendimento médico à população, e do outro, o Cemitério do Araçá que se estende em direção à avenida Pacaembu, enfeitada com o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho. Dr. Paulo foi o comandante da vitória da seleção brasileira de 1958 na Suécia, quando o mundo conheceu Pelé. Seguimos pelas ruas Major Natanael e Desembargador Paulo Passaláqua; passamos pela avenida Mário de Andrade – o poeta da Pauliceia Desvairada–, continua pela Av. Abraão Ribeiro, Viaduto Pacaembu até a desconhecida (para mim) rua Norma Pieruccini. A avenida Rudge conheci logo que mudei para São Paulo; depois temos o Viaduto Orlando Murgel e já estamos na Av. Rio Branco, antes da rua Helvetia (onde ficava a agência do Banco Antônio de Queirós onde recebíamos o pagamento da Folha da Manhã). Quem não conhece a Av. Ipiranga “não é bom da cabeça ou doente do pé”. Chegamos à rua Barão de Limeira, endereço da Folha de S. Paulo. A Av. Duque de Caxias me remete aos tempos do Terminal Rodoviário da Luz, um monstrengo por onde passavam mais de três mil ônibus por dia conforme o anúncio do empreendimento nos anos 1960. Agora, rua Rego Freitas do famoso “Som de Cristal”, onde o pessoal da boemia se divertia dançando, mas que o tempo levou; das ruas Marquês de Itu e Bento Freitas chegamos ao Largo do Arouche do “Gato que Ri” e da feira de flores. Eis a rua Vieira de Carvalho, que tem como guardião o “Índio Caçador”, obra do escultor João Batista Ferri; agora é a vez da Praça da República, uma das mais bonitas de São Paulo, com lagos cercados por prédios históricos e modernos de arquitetura marcante. Avenidas Ipiranga e São João – a mais famosa esquina paulistana; o Largo do Paissandu com a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, o tradicional Ponto Chic – não dá tempo para saborear um delicioso “bauru” –, e o prédio do antigo cine Paissandu; hora e vez da rua Conselheiro Crispiniano, endereço que todos os fotógrafos conheciam, pois ali se concentrava o comércio de equipamentos fotográficos. A Praça Ramos de Azevedo é o ponto de encontro dos amantes de ópera e ballet; passamos rapidamente pela rua Cel. Xavier de Toledo, Viaduto Nove de Julho, Rua Maria Paula – onde fica a Câmara Municipal de São Paulo. Enfim, a Av. Brigadeiro Luís Antônio com seus teatros tradicionais: Brigadeiro-Jardel Filho, Renault, Bibi Ferreira e Bandeirantes; após o Viaduto 13 de Maio chegada à Av. Paulista.

Ah! Não participarei da corrida. Detesto correr.😊

                  Vista da avenida Paulista a partir do Túnel José Roberto Fanganiello Melhem, que a liga à rua  Consolação e av. Dr. Arnaldo.


Largo do Arouche.





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