Depois da caminhada pelo Viaduto João Goulart, vulgo Minhocão, decidi que era hora de explorar o entorno dele e nada melhor do que começar pela Rua Sebastião Pereira. Motivo da escolha foi a feira que observei do alto do viaduto. Dizem que é a melhor feira do Centro da cidade, é enorme e costuma ir até as 16 horas.
Aproveitei o domingo de sol e de
temperatura amena para ir até lá via Praça da República. Para variar peguei o ônibus
errado e tive que descer na Praça Júlio de Mesquita, que separa a Avenida São
João da Rua Barão de Limeira. Na Avenida São João, lembrei-me de uma foto de Claude
Levi Strauss, tirada no Carnaval de 1934, de um grupo de foliões. Que diferença!
Dela sobrou apenas o prédio do Banespa/Santander. Entro na Rua Pedro Américo e
saio na Praça da República, de onde sigo pela Rua do Arouche porque a Avenida Vieira
de Carvalho estava fechada para um show.
Gostaria muito que algum estudioso
me informasse qual o polígono que se aplica à configuração do Largo do Arouche.
Enfim, lá estão a Academia Paulista de Letras e o restaurante La Casserole; o
mercado das flores continua uma atração agradável à vista e ao olfato. Há uma
feira de alimentos onde algumas pessoas tomam o café da manhã. Passo pelo restaurante
O Gato Que Ri. Lá o que restou do antigo
Cine Arouche, agora dirigido a público adulto – entenda-se programação pornô. Há
várias famílias, casais e idosos passeando pelos jardins, mas o pessoal da
cracolândia também está presente, dormindo ou alheio à realidade.
Enfim, passo sob o elevado e estou na
Rua Sebastião Pereira e na feira. O público é heterogêneo – vai de donas de
casa fazendo as compras da semana, regateando preços, até pessoas como eu,
curiosas e mais tentada a consumir um pastel com caldo de cana (que eu não gosto)
ou água de coco. Frutas da época em alta – morango e jabuticaba (que eu adoro).
Bananas nanicas bonitas com bom preço. Escolho uma barraca simpática e peço o
pastel de queijo (que estava bom).
Das feiras gosto do colorido, do
alarido e da única coisa fiada disponível – as conversas entreouvidas nas barracas.
Terminei a visita e me dirigi à Alameda Glete, segui até o Terminal Princesa
Isabel para pegar o ônibus para casa. O pé dói e o estômago reclama – hora do
almoço.
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