domingo, 28 de setembro de 2025

FEIRA EM SANTA CECÍLIA

 


Depois da caminhada pelo Viaduto João Goulart, vulgo Minhocão, decidi que era hora de explorar o entorno dele e nada melhor do que começar pela Rua Sebastião Pereira. Motivo da escolha foi a feira que observei do alto do viaduto. Dizem que é a melhor feira do Centro da cidade, é enorme e costuma ir até as 16 horas.

            Aproveitei o domingo de sol e de temperatura amena para ir até lá via Praça da República. Para variar peguei o ônibus errado e tive que descer na Praça Júlio de Mesquita, que separa a Avenida São João da Rua Barão de Limeira. Na Avenida São João, lembrei-me de uma foto de Claude Levi Strauss, tirada no Carnaval de 1934, de um grupo de foliões. Que diferença! Dela sobrou apenas o prédio do Banespa/Santander. Entro na Rua Pedro Américo e saio na Praça da República, de onde sigo pela Rua do Arouche porque a Avenida Vieira de Carvalho estava fechada para um show.

            Gostaria muito que algum estudioso me informasse qual o polígono que se aplica à configuração do Largo do Arouche. Enfim, lá estão a Academia Paulista de Letras e o restaurante La Casserole; o mercado das flores continua uma atração agradável à vista e ao olfato. Há uma feira de alimentos onde algumas pessoas tomam o café da manhã. Passo pelo restaurante O Gato Que Ri.  Lá o que restou do antigo Cine Arouche, agora dirigido a público adulto – entenda-se programação pornô. Há várias famílias, casais e idosos passeando pelos jardins, mas o pessoal da cracolândia também está presente, dormindo ou alheio à realidade.

            Enfim, passo sob o elevado e estou na Rua Sebastião Pereira e na feira. O público é heterogêneo – vai de donas de casa fazendo as compras da semana, regateando preços, até pessoas como eu, curiosas e mais tentada a consumir um pastel com caldo de cana (que eu não gosto) ou água de coco. Frutas da época em alta – morango e jabuticaba (que eu adoro). Bananas nanicas bonitas com bom preço. Escolho uma barraca simpática e peço o pastel de queijo (que estava bom).

            Das feiras gosto do colorido, do alarido e da única coisa fiada disponível – as conversas entreouvidas nas barracas. Terminei a visita e me dirigi à Alameda Glete, segui até o Terminal Princesa Isabel para pegar o ônibus para casa. O pé dói e o estômago reclama – hora do almoço.




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