Toda cidade oferece surpresas, boas ou más, aos seus moradores
e visitantes. São Paulo não é diferente. Hoje, por exemplo, fui resolver um
problema lá pelos lados da Várzea do Carmo e na volta peguei um ônibus até a
Estação D. Pedro II do metrô. Quando subi as escadas notei que a passarinhada
estava toda alvoroçada cantando. É primavera. Ainda dei uma espiada para tentar
localizar os cantores, mas como tinha outro compromisso subi as escadas e no
saguão, apesar de haver pouca gente, notei uma agitação incomum e uma
funcionária parecia perturbada. Os mais tranquilos eram a dupla de PMs junto à
murada de uma abertura. Então baixou a jornalista adormecida e fui perguntar à
funcionária se havia acontecido algo. Ela me contou rapidamente que “a ave
atacou o pombo que está ferido”.
Que ave? Onde?
Ali.
A ave era um falcão, creio eu, que estava empoleirado calmamente
na beira da murada. Pareceu-me um pouco exibido. Virou para um lado, virou para
o outro como se posasse para as inúmeras câmeras focalizadas em sua elegante
figura. Ou simplesmente, avaliasse o ambiente para ver o melhor caminho de
fuga. Quando perguntei como iam tirá-lo de lá, a funcionária disse,
sinceramente, um “não sei” e seguiu em busca de ajuda.
Resolvi pegar o trem para meu compromisso, antes de virar
alvo do falcão. Espero que o final tenha sido feliz para o caçador frustrado.




2 comentários:
São Paulo toda hora apresenta uma novidade.
Por aqui o que não faltam são novidades inusitadas numa grande metrópole. Um abraço.
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