quinta-feira, 16 de março de 2017

EM BUSCA DA FELICIDADE
Por desejo o homem é capaz de cometer as maiores loucuras. Foi por desejo que Eva aceitou a maçã, causadora da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, segundo o mito da criação. Zeus, deus dos deuses da mitologia grega idealizados à imagem e semelhança dos homens, não poupava esforços para realizar seus desejos: transformou-se em forasteiro, camponês e nos mais variados animais (cuco, águia, cisne entre muitos outros) e até em chuva de ouro e labaredas. O mais sábio dos homens, Salomão, não resistiu à beleza da rainha de Sabá. Herodes desejava Salomé, que desejava João que amava a Deus sobre todas as coisas, mas nesse jogo de desejos, foi ele quem perdeu a cabeça. Literalmente.
Da antiguidade até os tempos atuais quase nada mudou. A indústria do cinema, consolidada no século XX, tornou-se uma fábrica de desejos. Homens e mulheres ansiando por fama e fortuna na mesma medida em que se tornam objeto do desejo dos simples mortais do planeta. Marilyn Monroe – que os homens queriam – desejava ser uma intelectual; antes de se tornar princesa, Grace Kelly que era objeto do desejo dos homens, sempre fez dos homens o objeto de seus desejos...
Freud, então, não deixou pedra sobre pedra quando proclamou que parte da humanidade desejava a mãe e a outra, o pai. E assim foi todo mundo para o divã tentar curar as taras, que Nelson Rodrigues, com enorme talento, expôs em sua obra.
Mas o que é o desejo? O desejo é a força motriz da civilização.
A Fontana di Trevi (Roma), mais conhecida como Fonte dos Desejos, é prova disso. Não há turista que resista ao impulso de jogar uma moedinha na esperança de ter seus desejos realizados (certamente voltar a Roma é o principal).
 “Sem desejo não há frustração” – já dizia filósofo e político romano Marco Túlio Cícero (106-42 a. C.).  Voilà!
(Fotos: Hilda Araújo, 2011.)

Multidão admira a Fontana de Trevi, na foto ao lado.
      

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