Baixada Santista vista do Caminho do Mar. |
sexta-feira, 28 de abril de 2017
domingo, 23 de abril de 2017
sábado, 22 de abril de 2017
terça-feira, 18 de abril de 2017

domingo, 16 de abril de 2017
sábado, 15 de abril de 2017
sexta-feira, 14 de abril de 2017
quinta-feira, 13 de abril de 2017
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A um passo da eternidade... |
quarta-feira, 12 de abril de 2017
PÁSCOA E OVOS

terça-feira, 11 de abril de 2017
AO LONGO DE UM RIO: 1975
A primeira cidade da rota do
barco Benjamim Guimarães é SÃO ROMÃO, que surgiu em 1668 com o nome de Santo
Antonio da Manga, depois tornou-se Vila Risonha de Santo Antônio da Manga
de São Romão e quando foi elevada à categoria de cidade em 1923 teve o nome
reduzido para S. Romão. Vamos em frente.
"E a formosa cidade de SÃO FRANCISCO, a quem o rio olha com tanto
amor", nos dizeres do escritor Guimarães Rosa. São Francisco foi fundada
em 1887. É famosa pelo pôr do sol, mas o que não falta é um belo entardecer ao
longo do rio. O espetáculo do nascer do sol também se renova diariamente.
Chegamos a PEDRAS DE MARIA DA CRUZ, na época distrito de Januária (cidade desde
1992). O nome da cidade é homenagem a Maria da Cruz, educadora e benemérita do
século XVII. Quem nasce em Pedras de Maria da Cruz? Pedrenses.
Chegamos a JANUÁRIA. Boa
parte dos passageiros se abastece com o principal produto da cidade: cachaça. A
malvada é essencial para ajudar a enfrentar a comida de bordo. A cidade foi
fundada no século XVII. A Igreja da Nossa Senhora do Rosário, construída em 1688,
é uma das mais antigas de Minas.
O barco toma o rumo de ITACARAMBI
– (rio das pedras arranhadas), famosa pela Gruta Olhos d’água; Matias Cardoso –
distrito na época, elevada á cidade em 1993. O nome é homenagem ao bandeirante.
Passamos por MANGA cuja origem também é o bandeirantismo. O lugar teve vários
nomes até a instalação do município em 1923.
Chegamos à Bahia. Porta de passagem é CARINHANHA, que se tornou vila em
1832 e cidade em 1909. Numa curva do rio surge uma torre medieval. Visão estranha
naquele sertão. Chegamos a BOM JESUS DA LAPA, cidade santuário que atrai dois
milhões de turistas/ano. O lugar tem origem com a chegada por volta de 1680 do
português Mendonça Mar, que se instalou na gruta onde viveu em isolamento até
que garimpeiros o encontraram e espalharam a notícia do homem santo. Mendonça
Mar (ironia do destino sua vida à beira-rio) tinha uma bela visão do São
Francisco a partir da gruta.
Navegar é preciso como diz o poeta.
Passamos por PARATINGA (rio branco em tupi) e IBOTIRAMA (flor promissora) ambas
formadas no século XVIII; MORPARÁ e COPIXABA. Chegamos à BARRA – antiga Vila de
São Francisco de Chagas da Barra Grande do Rio (ufa!). A história do lugar
remonta a um arraial do século XVII, mas só se tornou cidade em 1873 e mais
tarde parte do seu território foi desmembrada para formar outras cidades entre
as quais Pilão Arcado e Carinhanha à margem do rio. Anotação: “cidade das casas
rebuscadas, tres igrejas e três praças – as árvores ficam na rua ao redor da
praça. Pessoas se oferecem para guiar os turistas”.
Depois de Ibiraba
chegamos a XIQUE-XIQUE – o nome provém de um cacto comum na região. Quase
meia-noite. Cidadezinha agitada. Nos barzinhos ou botecos, o rock corre solto.
Grande decepção. Nada de música regional. Enfim,os xiquexiquenses têm direito de apreciar um
bom rock.
A viagem prossegue
para SALDANHA – nenhuma anotação. No dia 29 de janeiro chegamos a PILÃO ARCADO,
que já estava em processo de abandono – atracadouro quebrado, porcos soltos
pelas ruas, nenhum armazém funcionando. Chama atenção as pedras cor-de-rosa.
Essa cidade não existe mais. A população foi transferida no final daquele ano
para a nova Pilão Arcado, planejada e construída pelo Governo Federal, por meio
da CHEFS. A antiga cidade com origem no século XVII foi inundada por causa da
construção da barragem de Sobradinho.
Destino igual
tiveram REMANSO, SENTO SÉ, CASA NOVA e SOBRADINHO. Muito estranho saber que
estava vendo pela última vez aquelas cidades – as cidades originais.
Angustiante para os moradores que veriam suas histórias de vida desaparecerem
completamente sob as aguas do rio... E o futuro como seria? Espero que tenha
sido melhor.
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Pôr do sol na cidade de São Francisco (MG). Foto: Prefeitura. |
segunda-feira, 10 de abril de 2017
NAS ÁGUAS VERMELHAS DO SÃO FRANCISCO
Em 1819, o botânico e
naturalista francês Auguste Saint-Hilaire (1779-1853) fez uma viagem até a
nascente do rio São Francisco a partir do Rio de Janeiro. A aventura, por assim
dizer, originou o livro “Viagem às
nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás”, publicado em 1848 em
Paris. O rio São Francisco nasce na serra da Canastra em Minas Gerais e
percorre 2.863 km até o Oceano Atlântico depois de atravessar a Bahia, fazendo
a divisa desse estado com Pernambuco e mais adiante faz a divisão entre os
estados de Alagoas e Sergipe. O velho Chico, o chamado rio de integração
nacional, tem 36 afluentes, sua bacia hidrográfica, a terceira maior do Brasil,
banha 503 municípios e abrange sete estados. O rio é navegável em dois trechos:
o médio entre Pirapora (MG) e as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) tem
1.371 km; e o baixo, com 208 km, vai de
Piranhas (AL) ao Atlântico.
Em janeiro de 1974
empreendi a aventura de Pirapora a Petrolina a bordo da gaiola Benjamim Guimarães, barco a vapor movido
a rodas de pás, fabricado em 1913 pelo estaleiro James Rees, de
Pittisburgh, Pensilvânia (EUA). Barco lotado – populações ribeirinhas,
estudantes do eixo Rio/São Paulo/Minas e alguns turistas estrangeiros dormindo
em redes no convés por Cr$ 94. Uma cabine de primeira classe custava Cr$ 1. 000,00, mas não era tão animada.
Duração da viagem: seis ou sete dias. A passagem incluia três refeições por dia
e o passageiro da geral tinha que levar o próprio prato, talher e copo na
bagagem. (Lembro de um operário que fazia as refeições no capacete). Uma
multidão aguardava a hora do embarque e assim que se alcançava o convés era
preciso pendurar a rede para garantir a pousada. Aos retardatários, o chão! E o
chão logo estava repleto de mochilas.
Partimos no dia 25 de
janeiro. Para quem não sabe a gaiola é um barco dotado de uma caldeira que
produz o vapor para mover as rodas de pás que funcionam como mecanismo de
propulsão. O primeiro vapor a navegar pelo São Francisco foi o “Saldanha
Marinho”, importado dos Estados Unidos em 1871 e montado em Barbacena (MG). Benjamim Guimarães singrava bravamente
pelas águas barrentas do rio parando rapidamente aqui e ali para pegar ou
deixar passageiros ou em estadas mais demoradas para se prover de lenha para
abastecer a caldeira voraz.
O São Francisco ofereceu-me
uma gama de paisagens inesquecíveis e algumas irrecuperáveis porque desapareceram
com a construção da barragem de Sobradinho. Foram vinte e três localidades aos
longo dos 1.371 km até Petrolina.
O Benjamim Guimaraes é tombado pelo patrimônio histórico local e estadual, atualmente, passa por reformas. O nome é homenagem a Benjamim Ferreira Guimarães (1861-1948), industrial, banqueiro e filantropo mineiro.
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Foto: Prefeitura de Pirapora (MG). |
sábado, 8 de abril de 2017
sexta-feira, 7 de abril de 2017
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David McCallum, Jr. (1933): NCSI. |
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Tamara Taylor. |