Meu interesse por Los Angeles (EUA) é nenhum, mas a rota para o
Havaí é obrigatoriamente por lá e pensei no que poderia me interessar. A cidade
foi fundada em 4 de setembro de 1781 com o nome de Pueblo
de Nuestra Señora la Reina de los Angeles del Río de Porciúncula, sob
o reinado de Carlos III (1716-1788) da Espanha e o governador da colônia era
Felipe de Neve. O México conquistou a independência em 1821. Aos poucos o lugar
foi atraindo os americanos e não demorou a ocorrer a guerra ente os dois países
(1846-1848) e que terminou com um tratado que garantiu aos americanos a
Califórnia, que foi incorporada à União em 1857.
Com quase três milhões e oitocentos mil habitantes, Los
Angeles é a segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos depois de Nova
York. É sem dúvida um importante polo cultural. Um passeio por downtown,
Santa Monica, Hollywood (por que não?)... Para quem não dirige é importante
saber que o sistema de transporte público é muito bom. A passagem de ônibus
custa USD 1,75 (preferenciais pagam USD 0,75), mas a máquina não dá troco,
portanto, o ideal é comprar o cartão e abastecer com créditos. A boa notícia é
que no metrô, o equipamento dá troco. O valor da passagem é o mesmo.
Que tal começar pelo início?
Sobrou pouca coisa do Pueblo original que nos dias atuais se estende por Olvera
Street, perto da praça dominada pela Pacific
Station (Amtrack e metrô). Num sábado à tarde, o clima é de festa e pode-se
facilmente pensar que se está em algum lugarejo do México – feira, comida,
música e muitos imigrantes saudosos de suas origens, além de descendentes que
mantêm as raízes, se misturam pelo “pueblo” que também atrai turistas.
No início de outubro já podia se observar os preparativos para a celebração do
dia dos mortos. Na praça, as atividades giram em torno do coreto muito bem
conservado e o entorno tem algumas casas históricas. A mais antiga é a Villa
Adobe, onde funciona um museu.
O Centro Histórico nas imediações da Spring Street tem belos prédios , com uma arquitetura simples e elegante do século
passado. No final, encontra-se o Central Market com várias
opções de comida – desde hambúrguer até comida vegetariana e mexicana;
salsichas alemãs e pasta. Servem bebida alcoólica. Numa das entradas, um ótimo
sanduíche de filé com um molho especial e chope. Entretanto, para quem
frequenta o Mercado da Cantareira em São Paulo, o de Los Angeles é de uma
pobreza franciscana, especialmente, em variedade de frutas e legumes!
Downtown passa por um processo de recuperação. Há por exemplo, uma
área dedicada à venda de diamantes e joias em geral. As vitrines faíscam ao sol.
O Performing Arts Center of
Los Angeles County merece uma visita e os programas culturais são de alta
qualidade. Ali encontram-se o Walt Disney Concert Hall, Dorothy Chandler Pavilion (1964), Ahmanson Theater (completando cinquenta
anos de atividade), que recebem cerca de dois milhões de pessoas
anualmente.
Sem dúvida o que chama atenção é a arquitetura do Walt Disney
Concert Hall, um babado que acho de grande mau gosto. Foram necessários 16 anos
e USD 274 milhões para construir Walt Disney
Concert Hall, obra do arquiteto canadense Frank Gehry. A casa de espetáculos
foi ideia de Lillian Marie Bounds Disney (1899-1997) para
homenagear o marido, falecido em 1966. Ela iniciou a campanha com a doação de
USD 50 milhões. De todo jeito vale conferir. A obra causou problemas para os
vizinhos e teve que ser ajustada. Há quem ame.
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