quarta-feira, 16 de março de 2022

DIA DO CONSUMIDOR

Ontem, foi dia do consumidor e, por acaso, fui ao Shopping Light, no Anhangabaú. Não sou uma consumidora contumaz, daquelas que não perdem uma liquidação ou uma oferta de ocasião. Não gosto de shoppings, prefiro as lojas de rua. Nos últimos dois anos, além de alimentos, comprei dezenas de livros, ou seja, fui a supermercados ‒ confesso que adoro supermercados ‒ e frequentei o site da livraria Martins Fontes. Ao sair ontem vi as nuvens negras pairando pelos lados do Centro, mas não voltei para pegar o guarda-chuva, pois o shopping fica a alguns metros da Estação Anhangabaú. Ao chegar à rua Xavier de Toledo, gotículas de chuva começavam a salpicar a calçada. Enfim, uma tarde surpresas. O shopping mudou muito desde a última vez que fui lá. A loja procurada fechou e como a tempestade prometida já era uma realidade o jeito foi passear pelos corredores do belo Edifício Alexandre Mackenzie, concluído em 1929.

Poucas pessoas e raras fazendo compras. Uma novidade: o espaço da Polícia Federal (setor de passaportes) agora é ocupado pela Receita, que só cuida de casos relacionados ao CPF de acordo com o papel pregado na porta de vidro. E só atende por meio de agendamento. Mais adiante um idoso relaxava em uma das muitas cadeiras de massagem. Em isolamento social completo. Notei que havia mais gente pelos corredores; claro, a chuva... Fui até o subsolo, visitei duas lojas. Um tédio. Na volta, as escadas rolantes estavam desligadas por causa da enxurrada que invadiu o prédio e um rapaz me indicou o elevador. No térreo, funcionários munidos de rodos e vassouras lutavam contra a água que teimava em entrar. O saguão cheio de gente. Aproveitei para fazer uma foto da claraboia do saguão. Linda. Que tal um cafezinho? Com sorte consegui uma mesa e fiquei observando a distinta clientela que passava sem pressa. Como eu, a maioria não trazia guarda-chuva. Alguns conversavam animadamente. Do meu lado estacionou uma família ‒ mãe, pai, uma criança e a sogra de um deles. Falam espanhol e estão carregados de pacotes ‒ são a exceção.

Fui até a entrada, analisei a situação e resolvi sair e caminhar até a estação protegida pelos toldos que acabam formando uma espécie de corredor. Que bom que não carreguei guarda-chuva!


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