Embora cansada
do Facebook, reconheço que ele funciona bem para encontrar pessoas, avivar
lembranças, recuperar momentos e experiências que a vida vai colocando nos
escaninhos da memória. Caso do Ateneu Progresso Brasileiro, que formou muitas gerações
de jovens de Santos. Nunca quis ser professora, mas a convite insistente de uma
amiga que lecionava lá, acabei aceitando e por um semestre dei aula para uma
classe do segundo ano primário (hoje ensino fundamental). Foi uma daquelas
experiências ruins, porque algo de que não gostei de fazer, e ao mesmo tempo
importante pois tive certeza de que jamais voltaria para uma sala de aula a não
ser como aluna. Na época, fazia o Clássico no Canadá. De bom mesmo só o carinho
dos alunos no dia dos professores e no final do ano. Guardei dois nomes apenas:
Guilherme Navarro, que soube que se formou em Medicina, e Pedro, que me deu uma
lembrança com um cartão que guardo até hoje. Graças à formação do grupo de ex-alunos na rede social lembrei da
diretora Dilza Oliveira Zylberman, uma senhora que falava baixinho, era tão
magrinha que parecia planar ao sabor de brisas. Faltou a foto de Jandira, creio
que vice-diretora ou secretária da Instituição. O Ateneu funcionava num casarão
da avenida Ana Costa que foi demolido na década de 1970 para a abertura de uma
via de acesso à rua Bahia, no Gonzaga: rua Cláudio Doneux de Moura. No ano
seguinte, fui convidada a continuar, agradeci e me despedi para sempre do
ensino. Na lista de ex-alunos, vi vários amigos e conhecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário