Luís Vaz de Camões (c. 1524-10/6/1580).
Sonetos
Mudam-se os tempos, mudam-se as
vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E,
afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
LUSÍADAS
CANTO PRIMEIRO
(106)
No mar, tanta tormenta e
tanto dano,
Tantas vezes a morte
apercebida!
Na terra, tanta guerra,
tanto engano,
Tanta necessidade
aborrecida!
Onde pode acolher-se um
fraco humano,
Onde terá segura a curta
vida,
Que não se arme e se indigne
o céu sereno
Contra um bicho da terra tão
pequeno?
Camões morreu no dia 10 de junho.
No mundo, 260 milhões de pessoas falam Português que vivem em nove países. Angola: 25,02 milhões de habitantes; Brasil: 207.435 milhões de habitantes; Cabo Verde: 531.725 mil habitantes; Guiné-Bissau: 1,926 milhão de habitantes; Moçambique; 29.425: milhões de habitantes; Portugal: 10,5 milhões de habitantes; São Tomé e Príncipe: 198 mil habitantes; Timor Leste: 1,230 mil habitantes; Guiné Equatorial: 890 mil habitantes.
2 comentários:
Alô Hilda, bom dia.
estou curtindo as redondilhas, nesses contos camonianos, sorvendo a poção mágica de nosso idioma... continue enviando fragmentos poéticos, para arejar os nossos pensamentos.
Um grande abraço Luso-Brasileiro !!!!!
Alô, José Carlos. Bom dia! Adoro Camões, que conheci na boa e tradicional Escola Portuguesa (Santos) onde tivemos a felicidade de ser alfabetizados. Infelizmente, não pude comparecer às comemorações dos cem anos da Escola. Um forte abraço.
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