“Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria.”
José Sobral de Almada Negreiros (1893-1970), artista plástico e escritor
modernista português, está bem vivo na estação Saldanha do metrô de Lisboa,
graças à bonita intervenção criada pelo filho dele, arquiteto José Almada
Negreiros. Impossível não parar para ler as frases e ser conquistada pelo
autor, nascido em São Tomé e Príncipe, um país formado por duas ilhas e que, atualmente,
tem cerca de 204 mil habitantes.
Os olhos da nossa memória veem melhor do que os nossos.
•Belo não é o «gosto pessoal», é todos os gostos
pessoais.
•Arte não é uma opinião, é um conhecimento.
•Pintar é falar consigo-mesmo para que alguém nos
entenda.
•O idioma é a maior fortuna de um povo.
•O idioma é a instrução dum povo. A Arte a sua
educação.
•Os olhos são para ver e o que os olhos veem só o desenho o
sabe.
•O desenho é o nosso entendimento a fixar o
instante.
•A geometria é a medição da natureza com o
entendimento humano.
•O cânone não é obra do homem, é a captação que o
homem pode da imanência.
•A perfeição contém e corrige a exactidão.
•Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já
estavam todas escritas, só faltava uma coisa – salvar a humanidade.
•Há sistemas para todas as coisas que nos ajudam a
saber amar, só não há sistemas para saber amar!
5 comentários:
As estações do metro de Lisboa estão a espalhar cultura por td o caminho.
Hildinha sempre dando show de observação. Parabéns cronista de ruas.
Adorei
Essa é minha amiga: caçadora de belezas
Obrigada a esses amigos anônimos, que desconfio quem sejam. Um forte abraço.
Muito interessante Hilda. Você é verdadeira caçadora de relíquias. Desconhecidas... curiosas..
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