O
Macaulay Culkin, o garotinho que estrelou “Esqueceram de mim” em 1990, fará 45 anos
este mês. É, o tempo passa, e os atores infantis de sucesso crescem. Muitos têm
talento suficiente para prosseguir na carreira; outros mudam de profissão como Pablo
Calvo Hidalgo (1948), garoto espanhol que ficou famoso ao estrelar Marcelino, Pão e Vinho, em 1953. Aos 16 anos, deixou o
cinema e formou-se em engenharia. Ao chegar à adolescência John
Leslie Coogan Jr. (1914-1984) já havia faturado US$ 4 milhões. Ele estrelou O Garoto (1921),
dirigido por Charles Chaplin; teve problemas com a família por causa do
dinheiro, mas revelou-se na maturidade um bom ator. Um dos seus últimos papéis
foi Tio Chico na
série Família Adams (1964).
A garotinha Shirley Temple (1928-2014)) manteve uma carreira
regular até 1949 – só em 1932 ela fez nove filmes. Afastou-se do mundo
artístico para concorrer ao Senado dos Estados Unidos – perdeu, mas tornou-se
delegada das Nações Unidas e depois embaixadora americana em Gana e na
Tchecoslováquia (atual República Tcheca). Em 1985, reapareceu nas telas.
Mickey Rooney (1920-2014)) é um exemplo de sucesso. Começou aos 7
anos e foi considerado pelo livro Guiness dos Recordes como o ator com a mais
longa carreira no palco e nas telas. Aliás, por causa da baixa estatura e seu
rosto juvenil continuou interpretando adolescentes por muito tempo (o que não o
agradava). Foi premiado com Oscar, Globo de Ouro e Emmy. Contracenou com as garotinhas Elizabeth Taylor (1932-2011) e
Judy Garland (1922-1969). As pequenas atrizes conseguiram um grande sucesso
profissional, mas tiveram vidas bem diferentes – Taylor uma vida sentimental
atribulada e Garland lutando contra as drogas.
William Aaker (1943) ninguém conhece, mas ficou famoso como o
pequeno Cabo Rusty, parceiro do cão pastor alemão na série Rin tin tin. Ele se manteve em atividade entre 1951 e 1963,
período em que atuou em 18 filmes e 22 séries de TV. Charles William Mumy Jr. (1954), o Will da série Perdidos
no Espaço, é ator e músico. Lucas Daniel Haas (1976)
também mantém uma carreira sólida depois de ter estreado aos 9 anos em A Testemunha (1985)
ao lado de Harrison Ford. Baldes de lágrimas garantiram a fama a Rick Schroder
(1970), o garoto escolhido para o papel de T.J. em O Campeão (1979).
Schroder continua no ramo, também dirigindo filmes. Angus T. Jones (1993) começou cedo a
carreira de ator, mas o sucesso surgiu com a série Two and a Half Man, quando
estava com dez anos. O papel valeu-lhe prêmios e em 2010 era o ator mirim mais
bem pago da tv americana. Por questões religiosas, abandonou a série e pouco
tem atuado desde então.
No Brasil, lembro da turma do Sítio
do Pica-pau Amarelo na década de 1970 cujo elenco era formado
por Júlio César Vieira da Cunha e Silva (1964) no papel
de Pedrinho. Só Rosana Garcia (1964), como Narizinho, e Suzana Abranches (1961),
como Emília, continuam no meio artístico. Outros atores mirins: Samuel
Melo (1990), Xande Valois (2004), André Luís Franbach (1997); Sérgio Malheiros
(1993), Felipe Bragança (2001), José Victor Pires (1999) e João Vitor Silva
(1996).
Não é possível
esquecer o menino de rua Fernando Ramos da Silva (1967-1987), que atuou em Pixote – A Lei do Mais Fraco (Hector Babenco, 1981). Depois de algumas
participações em outros trabalhos, ele voltou para as ruas e foi assassinado.
Lee Aaker com Rin-tin-tin.
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