sábado, 30 de agosto de 2025

PARQUE PRINCESA ISABEL

Achei que o sol ia aparecer à tarde, como ontem, e fui à antiga Praça Princesa Isabel lá pelos lados dos Campos Elíseos; porém, o tempo fechou e esfriou, mas fui em frente. O ônibus entra na Avenida São João e depois desvia pela Alameda Barão de Limeira. Passamos pela Folha, nº 425. Que tristeza! Dois ou três homens fumando na rua (é proibido fumar em prédios). Lembrei-me das dezenas de carros amarelinhos na porta, das pessoas que se aglomeravam na calçada, querendo saber das novidades ou simplesmente fazendo fofoca; gente entrando e saindo do prédio a qualquer hora do dia; as máquinas que ficavam na entrada... Do lado, uma construção de portas cerradas para uma história de sucesso até o triste fim – a famosa casa Zacharias de pneus da Barão de Limeira, 477. Tudo se foi.

A Praça Princesa Isabel, de princesa só tem o nome. Agora é Parque! Um imenso parque, quase vinte mil metros quadrados, muito bem cuidado. Tive que contornar o parque todo para entrar e no caminho a Guarda Metropolitana enquadrava dois pilantras. Comigo havia oito pessoas, dois passeando com seus cachorros, um casal de namorados e dois solitários resistentes ao frio. Alguns garis varriam as folhas que o vento insistia em espalhar. Tudo impecável. O Duque continua impávido, erguendo a espada: ontem o monumento completou sessenta anos. A obra que ao todo tem 48 metros de altura é de Victor Brecheret (1894-1955) e estava destinada, inicialmente, para ser colocada no Vale do Anhangabaú, mas mudaram de ideia e o Duque até hoje mantém-se sobranceiro na Praça Princesa Isabel.

 

O Duque em dia cinzento. (27/08/2025)


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