Achei que o sol ia aparecer à tarde,
como ontem, e fui à antiga Praça Princesa Isabel lá pelos lados dos Campos
Elíseos; porém, o tempo fechou e esfriou, mas fui em frente. O ônibus entra na
Avenida São João e depois desvia pela Alameda Barão de Limeira. Passamos pela
Folha, nº 425. Que tristeza! Dois ou três homens fumando na rua (é proibido
fumar em prédios). Lembrei-me das dezenas de carros amarelinhos na porta, das
pessoas que se aglomeravam na calçada, querendo saber das novidades ou
simplesmente fazendo fofoca; gente entrando e saindo do prédio a qualquer hora
do dia; as máquinas que ficavam na entrada... Do lado, uma construção de portas
cerradas para uma história de sucesso até o triste fim – a famosa casa
Zacharias de pneus da Barão de Limeira, 477. Tudo se foi.
A Praça Princesa Isabel, de princesa
só tem o nome. Agora é Parque! Um imenso parque, quase vinte mil metros
quadrados, muito bem cuidado. Tive que contornar o parque todo para entrar e no
caminho a Guarda Metropolitana enquadrava dois pilantras. Comigo havia oito
pessoas, dois passeando com seus cachorros, um casal de namorados e dois
solitários resistentes ao frio. Alguns garis varriam as folhas que o vento
insistia em espalhar. Tudo impecável. O Duque continua impávido, erguendo a
espada: ontem o monumento completou sessenta anos. A obra que ao todo tem 48
metros de altura é de Victor Brecheret (1894-1955) e estava destinada,
inicialmente, para ser colocada no Vale do Anhangabaú, mas mudaram de ideia e o
Duque até hoje mantém-se sobranceiro na Praça Princesa Isabel.
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