O CÉU QUE NOS PROTEGE
Há duas semanas
assisti a uma palestra sobre acidentes aéreos e meteorologia. Programa nada
aconselhável para quem acredita que voar é com os pássaros. Não é o meu caso. Aviões
são um meio de locomoção eficiente mas, naturalmente, alguns caem e pessoas
morrem, mas é possível morrer ao cair de uma bicicleta, atravessar a rua ou
numa simples viagem de ônibus.
Nada é 100% seguro.
Muito menos o sacrossanto lar. No início dos anos de 1950, a vida transcorria
tranquila em Sylacauga, no Alabama (USA), cidade conhecida nos Estados Unidos
pela qualidade do mármore que produz. Em 1954 tornou-se notícia no mundo por um
fato insólito. Ann Hodges, uma simpática dona de casa, lia um livro em sua
poltrona preferida, no conforto e segurança do lar, quando um meteorito pesando
quase 20 kg caiu sobre a casa dela e, depois de atravessar o telhado e o forro,
atingiu-a no abdômen. Felizmente, ela escapou do incidente como mostram as
fotos de jornais.
Ann Hodges
tornou-se a primeira pessoa conhecida atingida por um dos muitos meteoritos que
caem na Terra todos os anos. Em média 100 de acordo com os astrônomos e a maioria
deles, muito pequena. Mas há exceções, naturalmente. O maior meteorito
conhecido é o de Hoba que caiu na Namíbia. Peso estimado: 100 toneladas de
ferro reduzidas a 66 toneladas porque ele enferrujou com o tempo. No Brasil, no
século XIX, achou-se meteorito de 5,5 toneladas em Bendengó (BA) e que se
encontra no Museu Nacional no Rio de Janeiro.
Em fevereiro de
2013 a queda de um meteorito, na região de Chelyabinsk (Rússia), nos Montes
Urais, causou, além do susto, muitos feridos e enormes prejuízos. O meteorito
entrou na atmosfera terrestre a uma velocidade aproximada de 80 km por hora,
lançando bolas de fogo e causando uma onda de choque que balançou prédios e destruiu
vidros.
Ah! Na palestra sobre acidentes aéreos e meteorologia,
um ponto ficou claro: as chances de uma pessoa
morrer durante um voo é de uma em 90 milhões. Isso quer dizer que você pode
voar pelos próximos 250 mil anos sem sofrer um acidente. Essa é a
conclusão de uma pesquisa do professor Arnold Barnett, do MIT (EUA). (Foto: Hilda Araújo)
Smithsonian National Air and Space Museum, Washington D.C., 2013.
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