SEMANA DO MEIO AMBIENTE
Minha
avó Maria (1894-1978) costumava contar que em seu tempo de criança havia
jacarés para os lados da Ponta da Praia, ainda um espaço coberto de vegetação. Uma
história fantástica para quem percorria de bonde a orla santista em plenos anos
sessenta. Provavelmente tratava-se do jacaré-de-papo-amarelo, uma espécie típica
da América do Sul, que vive em pântanos, charcos e pode ser encontrada em água
salgada; mais tarde soube eram comuns nos mangues de ilhas costeiras.
Parece
que os jacarés desapareceram de Santos com a implantação da rede de saneamento
da cidade, que cobriu rios e abriu canais para o bem-estar da população que
vivia entre surtos de epidemias. Entretanto, eles sobrevivem em na Lagoa da Saudade
no Morro da Nova Cintra e no incêndio ocorrido recentemente no Porto, apareceram
no Valongo.
Há
alguns anos, fazendo uma reportagem sobre o Parque Estadual da Ilha do Cardoso
(Cananeia), tive a oportunidade de ver alguns jacarés-de-papo-amarelo com
alguns dias de vida e cabiam na palma da mão. Felizmente, a lagoa não secou. (Foto: Chuvisco)
Visita ao ninho de jacarés-de-papo-amarelo na Ilha do Cardoso.
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