MATANDO SAUDADE
Quarta-feira.
Dia azul e dourado. Primeiro um pulinho ali para rever o Bonde 42 (de boas
lembranças). Em direção oeste encontro o velho leão. Não tenho fotos da
infância nele, afinal, máquinas fotográficas eram artigos de luxo e a família
não tinha uma. Mais adiante, o tigre – único felino de que gosto. Na areia, um
movimento intenso do pessoal da limpeza. Algumas pessoas aproveitam o sol da
manhã. Na calçada, uns poucos corredores matinais. Ah! Enfim, o canal 2. Um
homem dá água ao cãozinho simpático que prefere beber de um saco plástico que o
dono usa para pegar água. Ali, no posto, suspiro por um banho na fonte junto ao
surfista dourado. Acho que vou me inscrever nas aulas de formação de surfistas,
que vejo em pleno curso. Adiante, um navegador (perdido) parece gritas “Terra à
vista”. Não me lembrava dele. Os jardins impecáveis me encantam. Aproximo-me do
canal 1 – lá está a Ilha de Urubuqueçaba, à distância enfeitada com aquela
garça vermelha da Tomie Ohtake, e mais atrás a (ex) ilha Porchat. Bela paisagem.
Muitas recordações boas. Mudo de rumo.
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