O crescimento de São Paulo começou, quando um francês, dono
de uma loja de litografias, colocou na vitrine o desenho de um viaduto ligando
a colina histórica ao Morro do Chá sobre o vale do ribeirão Anhangabaú. O morro
ganhou esse nome por obra do marechal José Arouche de Toledo Rendon
(1756-1834). Ele começou a plantação de chá em sua chácara, que abrangia a área
compreendida entre atual Rua Santa Isabel até o Largo do Arouche. Os vizinhos
gostaram da ideia e também passaram a cultivar a planta. Um deles foi Joaquim
José dos Santos Silva, o Barão de Itapetininga, dono da área que compreendia
todo vale do Anhangabaú.
O francês era
Jules Martin (1832-1906). Mais tarde ele substituiu o viaduto por um aterro da área e encaminhou
à Câmara o projeto, que foi devidamente arquivado; mas por insistir na ideia,
Martin acabou conseguindo a exclusividade para o empreendimento. Demorou e só em
1885 assinou contrato com o governo provincial para construir o viaduto, ou
seja, retomando sua ideia inicial.
No dia 6 de novembro de 1890, o Viaduto do Anhangabaú foi inaugurado com toda pompa e circunstância. E se você pergunta, como Mário de Andrade, “Onde o teu rio frio encanecido/ Pelos nevoeiros,/Contando historias aos sacis?”*, fique sabendo que foi canalizado.
No dia 6 de novembro de 1890, o Viaduto do Anhangabaú foi inaugurado com toda pompa e circunstância. E se você pergunta, como Mário de Andrade, “Onde o teu rio frio encanecido/ Pelos nevoeiros,/Contando historias aos sacis?”*, fique sabendo que foi canalizado.
Com o viaduto, o
antigo Morro do Chá ganhou ares de modernidade. Um passeio pela nova área
começa do lado histórico pela Praça do Patriarca, onde se destaca a graciosa
Igreja de Santo Antônio, século XVI, a mais antiga da cidade.
Edifício Matarazzo ou Palácio Matarazzo é a sede da Prefeitura de São Paulo. Projeto do arquiteto italiano Marcello Piacentini para o empresário Francisco Matarazzo Júnior, década de 1930. Visitas monitoradas, gratuitas de segunda a sábado, 10h30, 14h30 e 16h30. Chegar com uma hora de antecedência, munido de RG ou habilitação.
Viaduto
Anhangabaú, 15.
Edifício Alexandre Mackenzie (Prédio da
Light), concluído em 1929. Projeto executado pelo escritório Severo, Villares e
Cia. por encomenda da empresa inglesa de energia e transportes São Paulo
Tramway, Light and Power. Atualmente, Shopping Light.
Rua Coronel Xavier
de Toledo,23.
Edifício João Brícola ou Prédio do Mappin
– foi construído para ser a sede do Banespa, mas por ficar longe do centro
financeiro da época, realizou-se uma troca de propriedades entre o banco e a
Santa Casa de Misericórdia. O Banespa ficou com a área da Rua João Brícola e a
Santa Casa com o da Praça Ramos, 131.
Theatro Municipal de São Paulo – inaugurado em 1911, projeto de Ramos de Azevedo é um dos mais belos edifícios da cidade. Visitas guiadas gratuitas.
Praça Ramos de Azevedo.
Biblioteca Mário de Andrade – é a maior biblioteca pública da
cidade e a segunda biblioteca pública do país. (A maior é Biblioteca Nacional,
no Rio de Janeiro.) Foi inaugurada em 1926 e em 1942 mudou para o prédio da
Consolação. Visitas monitoradas às terças e
quintas-feiras, às 10h e às 15h. Rua da Consolação, 94.
Edifício Itália é o segundo maior
prédio da cidade com 46 andares e 168 m de altura. Inaugurado em 1965. No andar
térreo há um teatro e uma galeria de arte. Na parte externa destaca-se o Cavalo
Rampante do artista italiano Pericle Fazzini. Visita paga ao terraço panorâmico
no 41º andar ocorre diariamente das 15h às 19h. Avenida
Ipiranga, 344 (esquina com Avenida São Luís). Telefone: 11-32565574.
Instituto Caetano de Campos – antiga Escola
Normal de São Paulo, 1894. Projeto de Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi,
início do século passado.
Praça da
República, 54.
Como chegar: Linha 3, Vermelha, Estação Anhangabaú
ou República do Metrô
Fotos: Hilda Prado Araújo.
Fotos: Hilda Prado Araújo.
*Mário de Andrade “Anhangabaú”, em
Pauliceia Desvairada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário