Fundação Maria Luísa e Oscar
Americano
Se
nos anos 1930 o bairro do Sumaré ainda era isolado, em 1948 o Morumbi devia ser
ainda um subúrbio de São Paulo, quando o engenheiro Oscar Americano de Caldas Filho
(1908-1974) resolveu implantar um parque com vegetação nativa para em 1953
construir sua casa. O autor do projeto da residência foi o arquiteto Oswaldo
Arthur Bratke (1907-1997). Ele criou uma casa de 1.500 metros de perímetro em
estilo modernista, integrada à paisagem como era desejo do proprietário. Oscar Americano e a esposa Maria Luísa Ferraz Americano de Caldas viveram
na residência até o falecimento dela em 1972. Em 1974 Oscar Americano criou a
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, doando à cidade de São Paulo, a casa com o parque, além do acervo de
obras de arte que o casal colecionou ao longo da vida.
(Foto: catálogo.) |
Ao entrar o visitante é
envolvido pelo bosque, caminha por uma alameda que sobe suavemente até revelar
a casa de linhas sóbrias que parece repousar sobre a elevação. O vidro é um dos
principais elementos da construção, o que permite que as pessoas no interior da
moradia desfrutem da beleza do parque, uma das principais áreas verdes de São
Paulo.
A residência de dois pavimentos é
dividida em blocos: íntimo, social e de serviços. No térreo, ficam a área
social e a área de serviços; no pavimento superior, a área íntima. Um pequeno jardim
proporciona ventilação e iluminação ao interior da casa. Para a implantação do
museu houve necessidade de fazer adaptações na residência, aberta ao público em
1980 e desde então a família ampliou gradualmente o acervo.
Tapeçaria, mobiliário, pinturas,
esculturas, porcelanas e prataria compõem o conjunto de peças
dividido em três núcleos: Brasil
Colônia (mobiliário, prataria, exemplares de arte sacra brasileira e
pinturas do holandês Frans Post); Brasil Império (esculturas, pinturas, gravuras, louças, móveis,
pratas, comendas e adereços que retratam usos e costumes do período) e Mestres do Século XX, com obras
de Victor Brecheret, Lasar Segall, Alberto da Veiga Guignard, Di Cavalcante e
Cândido Portinari.
"Engenho com capela", Frans Post. |
Uma vez por mês há concertos aos domingos às 11h30. Os próximos
serão dia 3 de novembro e no dia 8 de dezembro (Concerto de Natal). Outra
atração da Fundação é o Salão de Chá, que se destaca pela elegância do serviço.
O parque demonstra que na primeira metade do século passado já
havia uma preocupação com a questão ecológica. Oscar Americano contratou o engenheiro e arquiteto Otávio Augusto Teixeira Mendes (1907-1988)
para transformar uma área coberta de pinheiros em um
bosque típico brasileiro. São 75 m² revestidos de vegetação nativa como pau-ferro, pau-brasil,
sibipiruna, jacarandá-da-bahia e angico-vemelho em ter outras. Nesse paraíso
vivem 51 espécies de aves. Em 2006, a Fundação lançou o “Guia das Aves” (edição
bilíngue), do professor Luís Fábio Silveira, do Departamento de Zoologia do
Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, em parceria com as
alunas Camila Sobreira e Marina Oppenheimer, e fotos de Edson Endrigo.
FUNDAÇÃO MARIA LUÍSA E OSCAR
AMERICANO: Avenida Morumbi, 4077. Funciona de terça a domingo das 10 às 17h30.
Ingresso: R$ 10,00 e R$5,00 (meia). Só aceita cartão de débito.
Para pedestres como eu, há duas opções.
Estação Brigadeiro do Metrô e na avenida Brigadeiro Luís Antônio
pegar o ônibus 5119-10 Terminal Capelinha e descer no ponto da avenida Morumbi
4076..
Linha Amarela 4 do metrô - terminal São Paulo-Morumbi e tomar o ônibus
756A-10 na avenida e descer no ponto do Hospital Albert Einstein.
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