quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

BANHO, RITUAL DIÁRIO.

 E não é que o professor James Hamblin, 37 anos, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, especialista em medicina preventiva, encontrou um meio de se sobressair na multidão? Há cinco anos parou de tomar banho, mas acha imprescindível lavar as mãos com sabão. Ah! E também escova os dentes. Oh! Céus! Hamblin, que garante não cheirar mal, calcula que passamos dois anos inteiros de nossas vidas tomando banho e que isso é desperdício, além de tempo, de dinheiro e água. O professor já escreveu dois livros sobre a pesquisa que faz e, até agora, concluiu que banho não faz falta. Eu não entendo a vida sem pelo menos o banho diário, hábito maravilhoso que herdamos dos nativos brasileiros ‒ antropólogos contam que as mulheres chegavam a se banhar seis vezes por dia!

"O banho" (1867), do belga Alfred Stevens.

Lembrei uma notícia antiga sobre um incidente no aeroporto de Guarulhos. A segurança ou polícia foi requisitada pelos passageiros da fila do check-in por causa de um cidadão que pretendia embarcar no voo para Alemanha e cheirava muito mal, tão mal que o funcionário que atendeu ao chamado teve ânsia de vômito. Enfim, o fedido era um alemão que viera ao Brasil para conhecer a Amazônia, onde passou três meses, período em que não tomou banho porque, relatou, tinha medo de pegar alguma doença por meio da água. Só embarcou no dia seguinte após se apresentar para inspeção sanitária de banho tomado e roupa limpa. Não me perguntem como ele chegou a Guarulhos...

2 comentários:

Unknown disse...

Será que franceses andam lendo James?

Hilda Araújo disse...

Há muito brasileiro que economiza água, sabonete e toalha...