No Brasil, ele chegou por meio dos portugueses, mas é encontrado em outros países europeus. Apreciado por pobres e ricos, em Portugal tem o nome de mão-de-vaca. Por aqui com o correr do tempo ganhou o nome de mocotó ‒ uma palavra de origem controversa ‒, pois para uns estudiosos vem do tupi e para outros da África. Esse caldo substancioso é feito com pata de bovino e há séculos faz parte do cardápio nacional. No Rio Imperial, final do século XIX, segundo cronistas da época, os artistas de rua (cantores e músicos) costumavam se apresentar de madrugada nos restaurantes populares em troca de um prato de mocotó no final da jornada.
Como a pata de bovino, além de ser agradável ao paladar, custa barato, o caldo é bastante popular. Ao sabor, o folclore acrescentou a lenda de que caldo de mocotó é um santo remédio para cavalheiros que, na hora H não dão conta do recado. Em 1985, o cantor paraibano Genival Lacerda (1931-2021) compôs com Niceas Drumont (1912-1951) a música “Caldinho de Mocotó”.
Como no inverno caldos são sempre bem-vindos, aqui vão a receita e e Genival Lacerda, que se foi este ano levado pelo Covid19.
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