sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

CARNAVAL E ARTE


Di Cavalcanti: Carnaval no Morro, 1963.

brasil

O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
— Sois cristão?
— Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê Tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
— Sim pela graça de Deus
Canhém Babá Canhém Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval.


Oswald de Andrade.
Poema da primeira fase do Modernismo e trata da formação étnica brasileira. O título é mesmo em letra minúscula. 

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