ROBERTO SIMONSEN
O professor Luiz Felipe Bruzzi Curi lançará no próximo dia 26 de
fevereiro às 14 horas o livro “Entre a história e a economia: o pensamento
econômico de Roberto Simonsen”, Editora Alameda. O evento será na sala Delfim
Netto da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). A obra é o resultado da dissertação de
mestrado do professor Curi, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP) para a pesquisa e publicação do livro.
O empresário, economista e historiador santista Roberto Simonsen
(1889-1948) também foi professor na Escola Livre de Sociologia e Política, em
São Paulo. Roberto Cochrane Simonsen nasceu no Rio de Janeiro, mas sua família
era de Santos, onde foi criado. Ele estudou no Colégio Tarquínio Silva de onde
saiu para frequentar o curso secundário no Colégio Anglo-Brasileiro em São
Paulo. Aos 15 anos matriculou-se na Escola Politécnica de São Paulo,
formando-se em engenharia civil aos 21 anos.
O diploma obtido com distinção dava a Simonsen o direito à
escolha de um cargo público, mas ele recusou os dois que lhe foram oferecidos,
preferindo ir trabalhar como engenheiro da Southern
Brazil Railway, onde permaneceu de 1909 a 1910. Entre 1911 e 1912,
trabalhou na Prefeitura de Santos como diretor geral e, posteriormente, como
engenheiro-chefe da comissão de Melhoramentos do Município de Santos. Deixou a
Prefeitura para fundar com amigos a Companhia Construtora de Santos, que
dirigiu até 1940. A empresa tinha concepção avançada para uma época em que as
construções residenciais eram atribuição de empreiteiras. A empresa de Simonsen
reformava e construía casas, simples ou de luxo, erguia vilas operárias,
armazéns, teatros, matadouro, frigorífico, igrejas, campos de esportes, bancos
entre muitas outras coisas.
A Bolsa de Café de Santos, inaugurada em 1922, é a sua
obra-prima e orgulho da cidade; entretanto, o assunto do livro de Bruzzi, que
foi orientado pelo professor Alexandre Saes, é a visão de Simonsen, um defensor
do planejamento e incentivo à industrialização pelo Estado.
É no período em que a industrialização do Brasil começa a se
intensificar (entre 1920 e 1940) que Simonsen desenvolve suas ideias
econômicas. “Avanços nas indústrias de transformação, como a têxtil e a
metalúrgica, levaram
gradativamente a uma defesa radical da industrialização
para aumentar a diversidade produtiva e reduzir a dependência das receitas da
produção de café”, de acordo com o pesquisador.
Fonte:
Agência USP de Notícias.
FEA/USP: Av. Prof.
Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitária, São Paulo.
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