CARNAVAL
A VITÓRIA DOS VELHINHOS
No longínquo ano de 1952 os velhinhos
sonhavam em prolongar a força da juventude como os idosos que os precederam
pelo mundo afora. No Carnaval de 1950 fez sucesso a composição de Haroldo Lobo
e Milton de Oliveira “O soro e os velhinhos”, na voz de Linda Batista.
Quá, quá, quá, quá
O soro, vai ser um maná
Os velhos, velhinhos
Vão ser outra vez brotinhos.
(Bis)
Tem velhos assim na fila
Doidinhos pro soro chegar
Cansados e aposentados
Querendo outra vez brilhar
O soro, vai ser um maná
Os velhos, velhinhos
Vão ser outra vez brotinhos.
(Bis)
Tem velhos assim na fila
Doidinhos pro soro chegar
Cansados e aposentados
Querendo outra vez brilhar
Quarenta e oito anos depois os velhinhos do
mundo viram o sonho realizado e estão se esbaldando – não com um soro, mas com
a pílula azul (sildenafila). Sem fila!
Um dos grandes sucessos musicais do
carnaval de 1952 (e de muitos outros) foi a marchinha “Saçaricando”, de Luis
Antonio, Oldemar Magalhães e Zé Mário, gravação de Virgínia Lane (1920-2014).
Saçaricando,
Todo mundo leva a vida no arame
Saçaricando,
A viúva o brotinho e a madame.
O velho na porta da Colombo
É um assombro
Saçaricando
Quem não tem seu saçarico
Saçarica mesmo só
Porque sem saçaricar
Essa vida é um nó.
Saçaricando,
A viúva o brotinho e a madame.
O velho na porta da Colombo
É um assombro
Saçaricando
Quem não tem seu saçarico
Saçarica mesmo só
Porque sem saçaricar
Essa vida é um nó.
Vale
lembrar que a vedete Virginia Lane era amante do velhinho mais poderoso do
Brasil – Getúlio Vargas.
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