PLANETA DAS GALINHAS
A população da Terra já
ultrapassou os sete bilhões de pessoas e chegamos a tal número graças à
agropecuária, a atividade mais antiga da humanidade. Quando o homem domesticou
as plantas e os animais há mais de dez mil anos, conseguiu prolongar a vida da
espécie e criar condições para construir um mundo novo cheio de ferramentas,
signos e valores. Se esse mundo é bom ou mau, não vem ao caso.
O
homem espalhou-se pelo planeta levando em sua jornada porcos, ovelhas, galinhas
entre outros animais que foi domesticando, aprimorando a criação e ao longo dos
séculos inventando tecnologias para comercialização das carnes de forma que
pudesse atender um número de consumidores cada vez maior. Se isso deu certo?
Alguns números atuais bastam: em 2016 contabilizavam-se no mundo um bilhão de
ovelhas, um bilhão de porcos e mais de um bilhão de cabeças de gado. O que surpreende mesmo é a quantidade de galinhas:
25 bilhões! O que representa mais de três aves para cada ser humano do planeta.
A
galinha (Gallus gallus domesticus) tem origem asiática.
Já era domesticada na China em 1.400 a.C. A ave é uma das fontes mais baratas de
proteína; ela é onívora (come sementes e pequenos invertebrados) e a criação é
simples, o que explica o fato de que na África 90% das casas têm galinheiros. Uma
galinha selvagem vive em torno de 7 a 12 anos; quanto às domesticadas, depende
da fome do dono, mas no caso dos frigoríficos, elas vivem bem pouco.
Se alguém acha que galinha é pouco inteligente, engana-se. Um estudo sobre os galináceos,
realizado pelas cientistas comportamentais Lori Marino e Christina M. Colvin, indicou
que “as capacidades cognitivas e emocionais das aves lhes permitiriam perceber
tanto quanto crianças pequenas, primatas ou certos pássaros geralmente
considerados muito mais inteligentes”, segundo reportagem da DeutscheWelle, de
janeiro deste ano, divulgada pelo UOL Notícias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário