DIA DE BRINCAR
"What I
do every day and for many hours a day is not simply a job, but a passion. The
creation of every new article excites me just as it did the first time, and
just like a child I cannot wait to have it finished; I like to think that my
items, carved with my own hands, will go into people’s homes and be
loved." Francesco Bartolucci, o artesão.
Para as crianças todo dia
é dia de brincar. Brincar é assunto sério, porque brincar é aprendizado. Ente
3000 e 2000 a.C. os egípcios já faziam bonecas de argila ou entalhadas em
madeira, usadas tanto como brinquedo como objeto funerário (acompanhando
criança ou adulto em seu sepultamento). Contudo, o costume de enterrar o corpo
da criança com a sua boneca era também comum entre etruscos, gregos, romanos e
astecas e acabou incorporado pelo cristianismo. O chocalho, que se sacode para
as crianças ainda no berço, tem origem em tempos remotos, quando era usado para
afastar os maus espíritos dos recém-nascidos. Mas com o tempo os brinquedos
evoluíram; eram confeccionados por artesãos ou membros da família criativos e
habilidosos. Um mundo em miniatura que encantava crianças e adultos.
Brincar inclui o jogo que
tanto ajuda o raciocínio lógico da criança como desenvolve as habilidades
físicas e promove a interação social. As histórias infantis ou as fábulas
contadas pelos mais velhos junto à fogueira ou à lareira nas noites frias ajudavam
a passar o tempo em que os folguedos ao ar livre se restringiam. Estimulavam a
imaginação da criança enquanto ministravam lições de moral e do papel de cada
um na sociedade.
O filósofo alemão Walter
Benjamin (1892-1940) acreditava que existe uma lei que rege a brincadeira: a
lei da repetição. “Sabemos que a repetição é para a criança a essência da
brincadeira, que nada lhe dá tanto prazer como ‘brincar outra vez’.” Para ele é
da brincadeira que nasce o hábito. “Os hábitos são formas petrificadas,
irreconhecíveis, de nossa primeira felicidade e de nosso primeiro terror. E
mesmo o pedante mais árido brinca, sem o saber – não de modo infantil, mas
simplesmente pueril -, e o faz tanto mais intensamente quanto mais se comporta
como um pedante.”
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