A DONZELA DE ORLEANS
Caen, França, 2015. |
No dia 31 de maio de 1431, Joana D’Arc foi queimada viva na fogueira,
vítima da Inquisição e dos interesses políticos da época. Filha de camponeses e
extremamente religiosa, aos 17 anos não hesitou em sair de casa para encontrar
o delfim de França e anunciar que ele reinaria. Carlos custou a se decidir (e
nisso teve participação a igreja), mas entregou-lhe, um estandarte, uma espada
e deu-lhe autorização para acompanhar o exército para lutar pela libertação de
Orleans, já sob domínio inglês. Eles chegaram à cidade em 29 de abril de 1429 e
em dez dias derrotaram os ingleses, que apoiavam os inimigos do futuro monarca.
Joana estava muito à frente do seu tempo, levada ou não pelas vozes que dizia
ouvir.
Somente no século XIX seu papel ganha reconhecimento, inclusive em outros
países, até que em 1909 foi beatificada e em 9 de maio de 1920, canonizada pelo
Papa Bento XV. Enfim, em 1922, é declarada padroeira da França.
No teatro, um belo
trabalho é do escritor irlandês Bernard Shaw, que escreveu “Santa Joana”. A
peça dá uma boa ideia de como se desenvolveu o processo contra a jovem. O
cinema francês registrou a vida de Joana em várias ocasiões: a primeira em 1899
– “Jeanne D’Arc”, por George Meliès, e um século depois Luc Bresson dirigiu “The Messenger”. Nos Estados Unidos, a
atriz Ingrid Bergman interpretou duas vezes o papel da donzela: em 1948 sob a direção
de Victor Fleming e em 1954, dirigida por Roberto Rossellini. Três anos depois
foi a vez de Otto Preminger também abordar a vida de Joana, interpretada por
Jean Seberg.
Flores para Joana, Paris, monumento junto à rue de Rivoli, Dia da Vitória (II Guerra), 2015. |
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