Oswald de Andrade foi um homem à
frente do seu tempo, não só como escritor, mas na forma de viver a vida. Nos
dias de hoje nem extravagante seria. Oswald morreu no ano do quarto centenário de
São Paulo, cidade em que nasceu e protagonizou a Semana de Arte Moderna,
sacudindo os alicerces acadêmicos em busca da identidade nacional nas artes – literatura,
pintura e escultura, música e teatro – com o seu Manifesto Antropófago. Nasceu
em 11 de janeiro de 1890.
canto de regresso à pátria
Minha terra tem
palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos
daqui
Não cantam como os
de lá
Minha terra tem
mais rosas
E quase que mais
amores
Minha terra tem
mais ouro
Minha terra tem
mais terra
Ouro terra amor e
rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus
que eu morra
Sem que volte para
lá
Não permita Deus
que eu morra
Sem que volte pra
São Paulo
Sem que veja a Rua
115
E o progresso de
São Paulo
Poesia Pau Brasil, 1925.
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