LITTLE GIDDING
Não cessaremos nunca de explorar
E o fim
de toda nossa exploração
Será
chegar ao ponto de partida
E o lugar
reconhecer ainda
Como da
vez primeira que o vimos.
Pela
desconhecida, relembrada porta
Quando o
último palmo de terra
Deixado a
nós por descobrir
Aquilo
for que era o princípio.
Nas
vertentes do mais longo rio
A voz da
cascata escondida
E as
crianças na macieira
Não
percebidas, porque não buscadas
Mas
ouvidas, semi-ouvidas, na quietude
Entre
duas ondas do mar.
Depressa
agora, aqui, agora, sempre
– Uma
condição de absoluta simplicidade
(Cujo
custo é nada menos que tudo)
E tudo
irá bem e toda
Sorte de
coisa irá bem.
Quando as
línguas de chama estiveram
Enrodilhadas
no coroado nó de fogo.
E o fogo e a rosa se tornarem um.
Little Gidding – Quarto e último poema
dos “Quatro Quartetos” de T. S. Elio (1888-1965). Tradução:
Ivan Junqueira.
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