sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES

Pode-se dizer que a esquina da Praça Marechal Floriano com a Avenida Rio Branco, na Cinelândia, é privilegiada em matéria cultural: de um lado há o Teatro Municipal, do outro o Museu Nacional de Belas Artes e, em frente, a Fundação Biblioteca Nacional. O belo prédio em estilo eclético projetado por Adolfo Morales de los Rios (1858-1928) foi construído em 1908 para sediar a Escola Nacional de Belas Artes. Em 1937, o presidente Getúlio Vargas (1882-1954) criou o museu, que se instalou na Escola de Belas Artes que em 1976 foi transferida para a Ilha do Fundão; mas a vaga foi ocupada pela Funarte até 2003, quando Museu Nacional de Belas Artes passou a ocupar integralmente o prédio.
O acervo do Museu Nacional de Belas Artes, que tem a maior e a mais importante coleção de arte brasileira do século XIX, compõe-se de setenta mil itens – pinturas, gravuras, desenhos, esculturas, objetos, documentos e livros. O acervo do museu se formou com peças da coleção de D. João VI deixadas por ele quando partiu do Brasil; pinturas trazidas pelo chefe da Missão Artística Francesa, Joaquim Lebreton (1760-1819), e os trabalhos pertencentes ou produzidos no Brasil pelos membros da Missão. Ao longo de sua história foi crescendo com aquisições e doações. A peça mais antiga da coleção, por exemplo, é um busto em mármore de Antínoo, favorito do Imperador Adriano. A peça, doada pela imperatriz Tereza Cristina à Academia Imperial, é de 130/138 d.C.
A coleção está subdividida em Pintura Brasileira e Estrangeira, Desenho Brasileiro e Estrangeiro, Escultura e Arte Africana, Gravura Brasileira e Estrangeira, Coleções Especiais (Arte decorativa, Arte Popular, Mobiliário, Medalhística, Numismática, Arte Indígena), Fotografia e Novas Linguagens. A coleção de pintura brasileira tem mais de três mil obras que abrangem a segunda metade do século XVII até a atualidade. Entre os pintores brasileiros do século XIX e início do XX destacam-se Eliseu Visconti – um dos precursores do Impressionismo no Brasil; Vítor Meireles, Pedro Américo, José Correia de Lima, Rodolfo Amoedo, Belmiro de Almeida, Modesto Brocos, Henrique Bernardelli, Antonio Parreiras e Almeida Júnior.
Em 1816 D. João criou a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios para estabelecer o ensino artístico no Brasil. No mesmo ano chegou ao Brasil a Missão Artística Francesa, chefiada por Joaquim Lebreton e formada pelos pintores Jean-Baptiste Debret (1768-1848) e Antoine Taunay (1755-1830), o escultor Auguste-Marie Taunay (1768-1824), o gravador Charles-Simon Pradier (1783-1847) e o arquiteto Grandjean de Montigny (1776-1850) entre outros. Um dos objetivos da Missão era criar a Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), o que só se concretizou em 1826. Com o advento da República, a Academia se transformou na Escola Nacional de Belas Artes.
Visitas de terça-feira a sexta-feira das 10 h às 18 h; sábados, domingos e feriados, das 12 às 17 horas. Ingressos: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia). Grátis aos domingos.
Endereço: Avenida Rio Branco, 199. Metrô Candelária.

Nenhum comentário: