domingo, 11 de setembro de 2016

AS FEITICEIRAS



      Escolher, comprar, preparar, cozer e servir...
      O cotidiano visto pelos pintores:

Jean-Baptiste Chardin (1699- 1779) – francês.  
O retorno do mercado.

DEPOIS DA FEIRA*
Vão vagos pela estrada, 
Cantando sem razão
À última esperança dada
À última ilusão.
Não significam nada.
Mimos e bobos são.


Vão juntos e diversos
Sob um luar de ver,
Em que sonhos imersos
Nem saberão dizer,
E cantam aqueles versos
Que lembram sem querer.
Pajens de um morto mito,
Tão líricos!, tão sós!,
Não têm na voz um grito,
Mal têm a própria voz;
E ignora-os o infinito
Que nos ignora a nós.*
Fernando Pessoa


.Chardin Jean-Baptiste Chardin.   
Natureza morta com pera e perdiz.

Arrenego da perdiz
Depois que passa das dez.
(“Arrenegos”, de Gregório Afonso, um escudeiro português do século XV 
que, parece, vivia de mau humor). 

 Albert Anker (1831-1910) – suíço. 
Descascando batatas.

Morgan Weistling (1964) – americano.
Tradições de família.

Pehr Hilleström (1732-1816) – sueco. 
Mulher ao fogão.



 Anna Anker (1859-1935)  dinamarquesa. 
Moça na cozinha.


Diego Rodriguez Velásquez (1599-1560) - espanhol. 
Idosa fritando ovos.



 Almeida Jr. (1850- 1899) – brasileiro.
Cozinha da roça.

Vincent Van Gogh (1853-1890).
Os comedores de batata.




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